Pode não parecer lógico, coerente, possível, mas para algumas pessoas as coisas realmente aconteceram assim. É o que vamos ver nesta entrevista que fizemos na cidade de Capão Bonito, interior de São Paulo.
Por volta das oito horas da manhã chegávamos ao centro da cidade. Moto estacionada, aguardávamos para atravessar a rua para tomar o café da manhã, já que o nosso próximo passo seria começar o percurso pela Serra do Rastro da Serpente.
BREVE TOUR NA CIDADE
O que chamou nossa atenção foi um “sujeitinho mirrado” numa pequena Bros 150cc, fazendo acenos extravagantes para nossa equipe. Que queria aquele tipo que mais parecia um motoboy de seus vinte e poucos anos?
A resposta não demorou muito e, retirando o capacete, o “rapaz” se transformou num “tiozinho”, na verdade quase um “vovozinho” em duas rodas. “Prá onde vão?” foi sua pergunta inicial. A conversa começou e ali mesmo e terminou na praça, tempos depois, já com o gostoso café da manhã tomado e prontos para o retorno à pista.
O nome de nosso entrevistado é Jorge Rombi. Segundo Jorge está completando 70 anos de idade e pilota motocicleta desde fins de 2002, quando estava pronto para ser um sexagenário de carteirinha, daqueles que dispensam filas nos bancos, não pagam mais ônibus e coisas assim.
Evidentemente isso não seria para nosso entrevistado. Ainda morando na cidade de Hortolândia, região de Campinas, foi um dos fundadores do motoclube Sol&Mar daquela cidade. Parece que gostou mesmo da ideia.
Conta que viajou muito com sua motocicleta, pois logo descobriu que sempre fora motociclista, embora não sabia. Fez muitos percursos pela Serra do Rastro da Serpente e por alguns outros estados nessa curta “carreira” de motociclista.
Hoje mora nos arredores de Capão Redondo, na cidade chamada Ribeirão Grande, onde tem um sítio. Tem sua pequena bros para se locomover para todo o canto e para suas viagens mais distantes hoje usa de um triciclo.
Em suas palavras: “Como não sou mais criança, o triciclo é mais seguro. Viajamos eu e minha esposa nele em pleno conforto”. E complementa: “Vá fizemos várias viagens muito boas com essa máquina, só que para andar no dia-a-dia é meio complicado, prefiro a bros”.
Jorge confirma que nesse tempo que pilota sempre usou toda a proteção possível, pois não deseja ser surpreendido com algum machucado que poderia ser evitado com o uso de jaqueta, luvas, botas e calças reforçadas.
Segundo Jorge tanto ele quanto sua esposa estão sempre equipados em suas viagens e nunca tiveram problema algum com acidentes. De nossa parte esperamos que continuem assim, proteção nunca é demais.
Agora morando na “Cabeça da Serpente”, já que é aqui uma das extremidades dessa magnífica rodovia toda serpenteada que liga Capão Bonito à Curitiba, Jorge fundou um outro motoclube, com o mesmo nome daquele que deixou em Hortolândia: Sol & Mar.
É impressionante verificar a disposição desse jovem senhor de quase 70 anos no guidão de sua moto e no raciocínio rápido e eficiente, tanto que acabou levando-nos conhecer parte da cidade e seu lugar de predileção, bem no Portal da Serpente. É isso aí Jorge, continue assim, sempre respeitando as estradas, os limites e dentro da segurança necessária.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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Ah que massa meu vó lindão!!!
E não parou por aí, ele e minha vó Terezinha já viajaram para diversos estados desse nosso Brasilzão e desse amor por motos, todos os seus 7 netos se apaixonaram pela mesmas aventuras.
Tenho maior amor por eles e ver que eles inspiram pessoas!!
Bom saber isso Renata. Por onde anda seu avô ultimamente?