2015 termina, mas não sem antes apresentarmos um “rolê” de despedida. Em meio das grandes festas de final de ano, a dica é não se aventurar longe, já que as estradas estão apinhadas de veículos de todos os tipos. O pior? Seus condutores nem sempre estão no seu melhor momento físico/emocional, muitas vezes prejudicados pelos excessos em geral.
O destino estava encravado a 116 km da capital, entre as cidades de Indaiatuba e Elias Fausto. Embora existam muitas formas de se chegar lá, essa cifra informada é o caminho mais curto, tanto pela Rodovia dos Bandeirantes, quanto pela Via Anhanguera.
Nos dois casos devemos seguir sempre em direção da cidade de Campinas, atento às placas indicativas para o Aeroporto de Viracopos e para a cidade de Indaiatuba, na qual passaremos exatamente pelo seu centro.
Uma vez lá siga em direção ao Parque Ecológico, que corre paralelamente com o centro da cidade e preste a atenção nas placas indicativas para a cidade de Elias Fausto, (Rod. João Ceccon) que inicia-se justamente numa das rotatórias do Parque.
Em Indaiatuba, jamais chame seus habitantes de “indaiatubaianos”: É briga na certa. Os indaiatubanos são pessoas extremamente educadas, e com certeza você não terá o maior problemas de transitar em suas espaçosas ruas e avenidas. A cidade é um deleite a parte.
Desse trecho faltam apenas 12 km para você chegar em Cardeal, um recanto até pouco tempo esquecido, mas que está em pleno desenvolvimento. É possível que, entre as imagens desta matéria e sua ida até lá, muita coisa já tenha mudado, mesmo.
Já conhecíamos a localidade de outros tempos, quando íamos constantemente para lá de cavalos. Há mais de 15 anos cavalgávamos quase 20km a partir da cocheira, e outro tanto de volta, gastando um dia inteiro nessa empreitada.
Evidente que também fazíamos esse trecho com motos, e várias foram as que nos levaram por esses caminhos empoeirados, até aquela localidade, que mais não era que uma pequena vila com menos de uma centena de casas e uma “Estação de trem abandonada”.
fotos em 1999, 2005 e 2015 (no mesmo lugar)
A Praça da Estação era o lugar de “estacionamento” dos animais, e o próprio lugarejo dispunha de estruturas para tanto, inclusive com um imenso bebedouro, bem embaixo da antiga caixa d´água da estrada de ferro desativada.
Buscamos relembrar todo esse passado, mas a surpresa foi muito grande. Cadê a pequena Vila? Cadê aquelas poucas casinhas? Para nosso espanto, o pasto por onde transitávamos estava recheado de …. prédios de apartamentos!!!
Quer mais? As duas ou três ruazinhas, com a “vendinha” e o “Bar do Luiz”, agora contava com vários supermercados, lojas, imobiliárias, etc. Sentimos falta da antiga sorveteria, mas, de bom, percebemos uma pequena loja de doces se destacando na Praça.
Por outro lado temos que o progresso veio mesmo para beneficiar a todos. Afinal, não esperávamos poder escrever esta matéria, pois viajamos só pelo prazer da de curtir as estradas. No entanto, o leitor vai poder perceber que Cardeal merece ser visitada.
As ruazinhas empoeiradas, hoje estão mais limpas e harmônicas; a Pracinha suja e cheirando a cavalo, hoje é uma Praça arborizada e bela; a antiga Estação, que era refúgio de desocupados, hoje é parte da administração pública e está restaurada.
Muita coisa está ainda para ser feita, mas vale a pena uma passagem pelo lugar, entre uma viagem ou outra, ou mesmo para curtir “uma vidinha do interior”, com direito a música sertaneja e tudo mais. Vai fundo, não mata ouvir um “Chitãozinho e Xororó” de vez em quando.
Almoçar? No “Boteco do Márião”, com certeza. É exatamente no centro da localidade e tem música ao vivo aos finais de semana. Não só cavaleiros se reúnem lá, mas motociclistas, motoristas, tratoristas e tudo mais. A música modifica, com o gosto do público.
Ficamos algum tempo em doces lembranças e, no final da tarde, resolvemos voltar “por terra”, pelo mesmo trecho que fazíamos no tempo da “cavalaria”. Contornamos a Estação, passamos pela única “mansão” do lugarejo e percebemos que as mudanças eram só, “do outro lado da cidade”.
Uma rua atrás da Estação e tudo era exatamente como no passado. Não foi difícil refazer os trajetos antigos, só deixando de lado as rédeas para dominar o guidão, já que em ambos os casos, o estribo é acessório comum.
Com esse misto de novidade e nostalgia, concluímos mais um passeio curto, do tipo “bate e volta”, que nos causou bastante surpresa e alegria.
A CAMINHO
Feliz 2016 à todos os nossos leitores, esperando merecer vosso prestígio no ano vindouro.
A Equipe do Portal D Moto.
Gostou da matéria? Faça um comentário e envie-a aos seus amigos.
Não gostou? Envie-nos então suas críticas ou sugestões.
FGALERIA DE TODAS AS FOTOS DESTA MATÉRIAE
CRÉDITOS
FOTOS/VÍDEO/EDIÇÃO: Marcos Duarte
Como pode? Me lembro que me aventurei a poetizar sobre a pressa do tempo esses dias atras, mas nem sequer vi 2015 passar. Esse foi o ano mais curto da minha vida.
É isso aí meu amigo, o tempo voa ligeiro. Precisamos, as vezes, dar uma parada para olharmos em nossa volta e vermos onde estamos, o que estamos fazendo e onde pretendemos chegar. Boa caminhada em busca da eternidade.