Até quando vamos assistir nossos amigos saírem para viajar de moto, no sábado, e acompanhar seus enterros no domingo ou segunda feira?
O pior que essa situação tem se tornado constante no nosso dia a dia, e a palavra “defuntoqueiro” está começando fazer parte de nosso vocabulário.
Se na sexta feira ouvimos os amigos animados falando em “rolê” aqui, “esticadinha” ali, “enrolar o cabo” acolá, nas segundas feiras as frases tem sido uníssonas e carregadas de melancolias: meus pêsames, meus sentimentos, que horas sai o enterro? Era um bom rapaz, que Deus o tenha, e por aí vai.
Nas mídias sociais o mesmo dilema nas segundas: foto do amigo com mensagens de força à família; desejos que o amigo esteja no seio de Deus (mesmo que sejam ateus ou não praticantes de qualquer religião); mas quase nunca mostram a realidade do óbito, muitas vezes por imprudência, imperícia ou negligência.
E o que estamos fazendo para não fazermos parte dessas estatísticas? E não venham com essa que a culpa sempre é do ônibus que cruzou o caminho, do caminhão que derrubou óleo na pista, do motorista que não deu seta, etc.
Com o mínimo de bom senso sabemos que isso é natural nas estradas, ainda que não devesse ser, e que cabe a nós nos precavermos de tudo isso. Como? Com atenção redobrada, velocidade compatível e… sóbrios em todos os sentidos.
O jornal da cidade de Itu, a 100 km de São Paulo e conhecida como terra dos exageros, com apenas dez páginas publicou, só hoje, nada menos que quatro acidentes envolvendo motocicletas: dois deles violentos e com vítimas fatais. E não houve nenhum exagero nas notícias, a não ser no número cada vez maior de vítimas. Se continuarmos assim, precisarão aumentar o número de folhas do periódico.
As motos envolvidas nesses acidentes fatais foram uma BMW 1000 e uma CG 125, para mostrar quão frágil nos tornamos num acidente de motos, independente do veículo que pilotamos. Mas se quiserem confirmar esse triste contingente, basta uma pequena especulada no Facebook. Não vamos precisar mais que alguns minutos.
Se mesmo com todos esses exemplos, ainda gostamos de nos aventurar por aí ao ultrapassado, perigoso e politicamente incorreto estilo “Easy Rider”, lembremos dos entes queridos que nos esperam, e que os demais ocupantes das estradas podem não desejar brincar conosco, nessa “tocada morticida”.
Se cobramos tanto dos outros atitudes, cadê a nossa?
Portal D Moto: Desejando à todos boas estradas, bons passeios, mas, principalmente, BOM REGRESSO.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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