04/09/2017
O trecho da BR 116 entre as cidades de Santa Cecília e Papanduva, no norte de Santa Catarina, continua em sérias reformas e não tem data certa para sua conclusão, o que mantém o alerta vermelho para todos.
O alerta não é só para os motociclistas, mas para todos os motoristas em geral e mais especificamente aos caminhoneiros: A subida (ou descida) da Serra do Espigão tem sido um tormento e fonte de preocupação, não só pelos acidentes que podem ocorrer a qualquer momento, mas com a segurança pessoal de cada usuário.
A intensão das obras é duplicar mais esse trecho da maior rodovia do Brasil, que conta com mais de 4,5mil kms de extensão toda oficialmente pavimentada, e promover a contenção de barreiras especialmente nesse ponto crítico da serra, na altura da cidade de Monte Castelo.
No entanto parece que a natureza tem dado um temendo baile nos engenheiros da empresa responsável pela obra, que obriga a permanecer paralisada por excesso (ou falta) de chuvas, queda de barreiras, vendavais, temporais, etc.
Atualmente há vários semáforos em plena rodovia com a finalidade de controlar o fluxo de veículos que teimam ou precisam passar por lá, dispensando o típico funcionário com a bandeirinha vermelha e o rádio para esse controle, já que tal pessoa poderá ser aproveitada em outras tarefas da obra.
No trecho mais perigoso há paralisação do trânsito por até 60 minutos alternados para cada lado, o que promove filas verdadeiramente quilométricas, principalmente na “subida” onde a tendência dos caminhões é irem bem mais devagar.
Para os aventureiros de plantão é bom lembrar que esse trecho é muito utilizado pelos visitantes da famosa “Serra do Rio do Rastro”, quer partindo de São Paulo, Paraná, etc, ou mesmo do sul do país, que encontram na cidade vizinha de Lajes/SC o ponto comum para a empreitada.
Em nossa viagem pelo local fizemos o percurso seguindo em direção de Curitiba. O tempo se mostrava instável e o frio era intenso nesse período do inverno.
Fizemos uma parada em Santa Cecília para o almoço e aproveitamos para colocarmos a capa de chuva por precaução, providencia mais que acertada, nem tanto pela chuva que não tomamos, mas pela neblina e garoa que molhava tudo, além do frio que castigava.
Alguns quilómetros depois da cidade percebemos pequenas paradas do tipo “siga/pare”, controlada por semáforos, mas com pouco tempo de espera. Numa dessas paradas encontramos um grupo de mototuristas que retornavam à Curitiba depois de dois dias na Serra do Rio do Rastro.
Seguimos juntos até o fim das obras mas logo eles sumiram estrada afora, enquanto nós parávamos, momento a momento, para colhermos imagens e informações para esta matéria.
Pelo que apuramos, várias associações tem lutado há anos para a duplicação desse trecho da BR116, e já tem em mãos a liberação de estudo de viabilidade e projeto pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
O próprio estudo de viabilidade aponta como trecho mais perigoso da rodovia o gargalo da Serra do Espigão, em Monte Castelo, e é lá que as obras estão concentradas com maior rigor, mas nada indicando que fiquem prontas até abril de 2018 como se espera.
Para quem deseja aventurar-se por essa região é bom não ter pressa e estar preparado para o inesperado, quem sabe até pernoitando em algum lugar da região se não puder cruzar a serra com segurança.
O caso de uma interdição sem data e hora para encerrar também deve ser considerado e, nesses casos, o trecho em questão compreende aproximadamente do km 99 ao 111.
Nessas hipóteses a Autopista Planalto Sul tem sugerido ao usuário:
ALTERNATIVAS SENTIDO NORTE
1)Acessar Km 245 (em Lages) para seguir até a BR 101 via BR 282
2)Acessar Km 184 (em São Cristóvão do Sul) para seguir via BR 470
ALTERNATIVAS SENTIDO SUL
1) Acessar a BR-280 no km 12 (em Mafra) e seguir até Porto União, desviando para a SC-350 e retornando no km 133
2) Acessar a SC-477 no km 60 (em Papanduva) e seguir até Canoinhas, desviando para a BR-280 até Porto União e posteriormente para a SC-350 e retornando no km 133.
Trajeto pela Serra do Espigão
Se for viajar, consulte antes um mapa para saber as alternativas possíveis e contate a concessionária responsável para mais informações. Boas estradas a todos.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
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