16/05/2021
Carambeí, um pedaço da Holanda em terras paranaenses, é a cidade da vez nesta edição do City Tour. Vamos acompanhar?
HISTÓRIA
A história recente de Carambeí se dá no começo do século 18, com a formação da Fazenda Carambehy, administrada por portugueses, que serviu mais tarde como pouso para tropeiros que iam e vinham pela região.
Na transição dos séculos 19 e 20 a fazenda passou a pertencer a Empresa Ferroviária “Brazil Raikway Company”, que promoveu sua divisão em lotes visando a colonização europeia.
Nesse contexto, já no início do século 20 as primeiras levas de imigrantes holandeses se fixaram na região, formando o povoado que era chamado de Vilarejo Carambehy, tendo como primeiras atividades o fornecimento de leite e comida para os trabalhadores da construção da Ferrovia São Paulo/Rio Grande.
Nesse mesmo tempo esses imigrantes fundaram uma colônia agropecuária, com o objetivo de produzir leite e queijo, esse último dirigido ao mercado paulista, vindo a se fundir com a Cooperativa Mista Batavo, por volta do ano de 1925.
A mecanização da produção leiteira só deu um salto em meados do século 20, vindo a localidade se transformar numa das maiores bacias leiteiras do Brasil.
Como cidade, devidamente emancipada e desmembrada dos municípios de Castro e Ponta Grossa, Carambeí existe desde dezembro de 1995.
Sua população atual é estimada em pouco menos de 25mil habitantes, distribuídos entre as áreas urbana e rural da cidade.
Embora colonizada prioritariamente por holandeses, o nome da cidade é de origem tupi-guarani, que significa algo como “rio das tartarugas”.
A CIDADE
Carambeí e cortada pela Rod. Perigot de Souza (PR-151), que a divide em dois flancos distintos.Atualmente há obras de duplicação e melhoramentos em toda extensão da rodovia que faceia a cidade, o que vai deixa-la mais bonita, ainda.
Na alça de acesso ao município o visitante já pode verificar sua vocação holandesa, vez que algumas réplicas de moinhos de vento nos recepcionam ali mesmo, na rotatória de entrada para a cidade.
Além da originalidade dessa recepção e do bonito pórtico oficial, no início da Avenida dos Pioneiros, temos como diferencial na cidade a localização de sua Igreja Matriz, dedicada a N. S. da Conceição, voltada para a estrada e com acesso bem restrito.
A praça mais importante e point especial de seus moradores fica em frente ao centro de Saúde, na Avenida Ouro.
Rodar pelas ruas de Carambeí é bem agradável, já que todas são bem sinalizadas e com boa pavimentação. Como a cidade é praticamente plana, poucos aclives e declives encontramos nas ruas principais.
A receita econômica está calcada no cooperativismo no setor agropecuário, com farta produção de leite e seus derivados, o que não a impede de ter um centro comercial bastante diversificado.
TURISMO
A busca na cidade é prioritariamente pelo turismo cultural, especificamente nas casas em estilo holandês do Parque Histórico, tido por lá como “o maior museu histórico a céu aberto do Brasil”.
Nele se busca a preservação da memória dos imigrantes na cidade e a difusão de sua cultura, para tanto utilizando um terreno de 100.000m2, localizado junto do centro urbano, na Avenida dos Pioneiros, 4050.
O turismo rural, gastronômico, de eventos e negócios também movimentam a receita do município, com a estimativa de mais de 200mil visitantes por ano.
RODANDO EM CARAMBEÍ
Os principais pontos turísticos são: a Cachoeira do Tamanduá; a Capela Imaculada Conceição; o Moinho do Artesão; o Monumento à Bíblia; Orquidário e Cactário Taman Batoe; o Parque Histórico de Carambeí; o Parque Nacional dos Campos Gerais; e a Represa dos Alagados.
Carambeí tem sido para nós rota constante em nossas viagens para o sul do país e é lá que costumamos dar a parada para almoço, jantar ou mesmo um lanche fora de hora, em todas essas oportunidades.
O ponto preferido é o restaurante Niemeyer, que fica no km 305 da PR-151, a 2km da entrada da cidade, formando um bonito visual com um moinho de vento sobre a entrada principal.
COMO CHEGAR
Os aventureiros que partirem de Curitiba terão um trajeto de pouco menos de 140km, iniciados pela BR-376, até Ponta Grossa, seguindo então no rumo norte pela PR-151.
O paulista da capital, por sua vez, rodará cerca de 500km para chegar em Carambeí, tendo como percurso mais prático a Rod. Raposo Tavares, até Capão Bonito, seguindo então pela SP-258, até Itararé/Sengés, passando a rodar pela PR-151, até a cidade.
Para aventureiros de outras localidades o ideal é consultar um bom guia rodoviário, já que são muitos os caminhos que nos levam até Carambeí.
Se você já conhece a região, tem alguma crítica ou sugestão para fazer, envie-nos um comentário a respeito. Será muito útil para nós.
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EDITORIAL
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