15/09/2017
Neste City Tour apresentamos a cidade de Angatuba, que fica a 215km da capital paulista, podendo ser acessada diretamente pela Rodovia Raposo Tavares ou indiretamente pela Castelo Branco, com acesso pela SP157 na altura de Quadra/SP
Angatuba tem 145 anos de existência e uma população que beira aos 25mil habitantes, divididos equilibradamente entre as áreas urbana e a rural, uma vez que a vocação econômica principal da cidade é a agropecuária, com duas grandes empresas sediadas em seus limites.
O auge da economia local que confunde-se com sua fundação, na mobilização agrícola ocorrida com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana até a cidade vizinha de Itapetininga.
Segundo o site oficial do município, há ainda controvérsia sobre a origem de seu nome, uns entendendo tratar-se de tradução de nome indígena que significa “mansão dos espíritos”, outros que a tradução correta seria “fruto doce”.
Embora o forte da cidade seja a agropecuária, vale lembrar que a cidade também conta com um comercio bastante atuante e começa a se destacar no ramo das confecções de roupas.
O meio ambiente é um assunto que é tratado com bastante carinho pelas autoridades locais, o que tem repercutido em todo o país, gerando nota máxima da CETESB no quesito e matérias especiais da imprensa.
Conta a história que a cidade acabou participando na Revolução de 32, pois foi ocupada pelas tropas gaúchas. Entretanto na época, com a má-fama espalhada sobre o “exército do sul”, os moradores esconderam suas mulheres, filhas e filhos pequenos antes da invasão mas, com a demora da chegada dos milicianos foram retornando gradativamente para suas casas.
Porém, assim que os angatubenses se recompuseram em suas moradias os soldados sulistas chegaram e, felizmente, nenhum incidente foi registrado nos dias de ocupação militar.
Estivemos na cidade num domingo de muito sol quando voltávamos do Estado do Paraná. Como o nome da cidade é muito citado, resolvemos conhece-la e lá fomos nós com a Transalp por suas ruas.
Era dia de procissão e a Igreja da Matriz estava lotada de fiéis. Pelo que percebemos logo deveria sair a procissão e acabamos almoçando meio as pressas no centro da cidade, antes que tudo ficasse movimentado demais.
Aproveitamos para descansar um pouco na praça enquanto os rituais católicos ainda eram oficiados no interior da Igreja e, logo depois, fomos conhecer a cachoeira dos Mineiros, na área rural da cidade.
Do centro da cidade até a cachoeira são apenas 6kms pela SP268, uma estradinha estreita e bem conservada; e mais um km de terra batida, sem problemas para ser transposta por qualquer tipo de motocicleta, até mesmo as pesadas e baixas custom.
Chegamos na cachoeira por volta das 14h e de pronto fomos orientados por outros motociclistas que lá estavam, para que guardássemos nossa motocicleta num lugar apropriado e não a deixasse rente a estradinha de terra, por precaução. Segundo eles há tráfego de caminhões mesmo nos finais de semana.
Muitos outros veículos também usavam desse mesmo “estacionamento” ao ar livre e, ao redor, pudemos ver algumas correntes de água que formavam pequenos dicks, os quais tínhamos que atravessá-los para chegarmos a cachoeira.
Sem medo de nos molhar atravessamos o riozinho e seguimos por uma trilha de pouco mais de 200 metros até o pé da cachoeira, nos impressionando com a quantidade de pessoas que ali estavam.
De pronto vimos várias crianças brincando com seus responsáveis nos pequenos laguinhos formados e os adultos, já mais atrevidos, aventurando-se sob as águas da cachoeira e pelas pedras escorregadias, com sérios riscos de acidentes. Pelo menos dava para perceber, também, que o ambiente era bastante tranquilo, com todo mundo somente curtindo a natureza.
O lugar realmente é magnífico, mas nos preocupamos com falta de uma pessoa responsável pelo bem estar dos banhistas no caso de alguma emergência que eventualmente fosse necessária, tais como fraturas, picadas de aranhas ou cobras, etc.
Ficamos por lá algum tempo e, com a tarde já se findando, resolvemos deixar a cachoeira e rumando de volta para casa, mas deixando aqui a nossa dica para um bate e volta nessa cidadezinha interiorana.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
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