21/12/2017
A cidade da vez em nosso City Tour é Mostardas, uma “tripinha” de terra de quase 2 milhões de km2 no istmo entre o Oceano Atlântico e o nordeste da Laguna dos Patos. Vamos ver?
Chegamos em Mostardas no finalzinho da tarde e de pronto fomos nos hospedar na Pousada Pouso Alegre, na avenida central da cidade, que nos aguardava. Ali seria nossa base para as aventuras no dia seguinte.
Tralha guardada e equipamentos sendo carregados, antes do jantar aproveitamos para curtir as ruas calmas do centro histórico, com seus casarões e histórias encravavas em cada tijolo.
Olhando pelas frestas do vidro do ICMBio (Parna da Lagoa do Peixe), na Praça central de Mostardas, tivemos uma surpresa realmente inesperada. Um vigilante que estava dentro do estabelecimento já fechado, pois já se passavam das 21h, resmungou qualquer coisa, abriu as portas e nos convidou para entrar.
“Entre, está frio aí fora e aqui vocês poderão ver e fotografar melhor. Querem saber alguma coisa do nosso Instituto?”…” Confessamos que jamais passamos por um “bom constrangimento” desses e aceitamos, obviamente.
Grandes lições tiramos daquele segurança armado, que fez questão de nos atender fora do horário de expediente e com tudo já fechado, mostrando que com seriedade e foco no bem, ainda poderemos ter o país que tanto sonhamos.
De volta à pousada, ainda perplexo pelo excelente atendimento daquele funcionário, pedimos nosso jantar em meio daquele friozinho gaúcho característico e que não demorou a chegar: Peixe ao forno com arroz, purê e uma cerveja gelada. Tudo veio a calhar melhor ainda, tendo como companheiro de mesa o gerente do hotel que ouvia nossas histórias, enquanto ouvíamos as dele.
Como de praxe naquela região, a colonização também lá se deu com imigrantes açorianos. Mas a história não tem uma resposta certa para a origem do nome, se por causa do vegetal abundante naquelas plagas, ou se o nome faz referência as trincheiras de taquara e junco usados nas guerras que lá ocorreram. Mas também há outras alternativas para esse nome.
RODANDO EM MOSTARDAS
São mais de 50km de praias pelo lado marinho e um pouco mais que isso na orla da Lagoa dos Patos, já que mais entrecortada que a primeira. No entanto, se as praias de água salgadas são bastante requisitadas, a costa de água doce são quase esquecidas, salvo alguns poucos pontos de pescadores.
A infraestrutura da cidade permite bastante atividades para os visitantes, pois conta até com um pequeno aeroporto em suas adjacências, assim como uma boa rede hoteleira, já que são aproximadamente 15mil habitantes no município.
Com tanta área litorânea, Mostardas tem quatro praias distintas: Solidão, Mostardense, São Simão e Pai João. Na primeira delas fica o Farol do mesmo nome e, no ponto extremo da margem doce da Lagoa dos Patos, fica o Farol Cristóvão Pereira.
A praia mais popular de lá fica no Balneário Mostardense, também chamada de Praia Nova e que conta até com linha de ônibus para que a população possa desfrutar dela. É a mais próxima da cidade (12km). A Praia do Pai João dizem ser a mais recatada e tranquila.
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe tem um pequenino quinhão em terras mostardenses, mas é aqui a sede oficial do Parque e é também aqui que se preparam as maiores expedições de turistas para se aventurarem em suas belezas.
Como o clima frio predomina na região, a criação de ovelhas fornece a matéria prima necessária aos produtos de lã, muito comum na cidade que tem sua marca registrada na confecção do “cobertor mostardeiro”, de densa lã cardada e colorida.
O dia seguinte amanheceu ensolarado, apesar do frio. Tratamos de seguir nossa viagem “Abraçando a Lagoa dos Patos”, mas não sem antes darmos uma paradinha na Casa da Cultura de Mostardas para colhermos algumas informações, principalmente sobre o evento do “Acendimento da Chama Crioula” que aconteceria naqueles dias.
Ao contrário do funcionário do “Parna”, que sabia o que fazia ali mesmo não sendo sua função, ninguém na sede administrativa do Turismo soube sequer do que falávamos e até desconversavam entre si, entregando-nos um monte de panfletos, até de eventos passados. Despedimo-nos desanimados e seguimos para frente.
Acompanhe todo o percurso em volta da Grande Lagoa e nas cidades que por ela são banhadas, nos links abaixo relacionados.
Gostou da matéria? faça um comentário e envie-a aos seus amigos; Não gostou? envie-nos suas críticas ou sugestões, estaremos prontos para atende-los.
VEJA TODAS AS MATÉRIAS RELACIONADAS COM ESTA
CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
TODAS sa fotos deste projeto = AQUI
conheça também: