09/12/2017
Nosso City Tour desta vez se deu em terras mineiras, bem próxima de São Paulo e ao lado da Rodovia Fernão Dias. É um pecado não conhecê-la e mais ainda se revitalizar em suas terras, afinal, lá são produzidos os famosos Cogumelos do Sol.
Situada ao lado de Pouso Alegre, São Sebastião dista 230km de São Paulo e 370km de Belo Horizonte ou do Rio de Janeiro. Para as duas primeiras capitais a estrada é a mesma: Rod. Fernão Dias.
Já para o Rio de Janeiro o trajeto é mais complicado, pois os primeiros 130km são mais estreitos e passam por várias cidades até Lorena, nas margens da BR-116. Daí em diante fica fácil.
RODANDO EM SÃO SEBASTIÃO DA BELA VISTA
A população é bem pequena, contando atualmente com aproximadamente 6mil habitantes, boa parte deles residindo em área rural, que ainda é o carro chefe na economia local.
Por falar em carro chefe, é lá que a famosa empresa dos Cogumelos do Sol tem a maior “plantação” dos referidos fungos, que é distribuído em todo o Brasil, mas com ênfase no mercado japonês, seus principais compradores.
Segundo consta no site oficial da empresa, em Bela Vista são processados cerca de 10t de matéria prima por dia. É pouco ou quer mais?
Poucas são as vezes que passamos nesse trecho da Fernão Dias e não damos uma esticadinha de 4km, para desfrutar de sua pracinha graciosa. Estando em Minas Gerais, fica até difícil acreditar que realmente da estrada à cidade é mesmo um “tirinho de espingarda”.
Neste passeio especial que fizemos, mal passamos a estátua do “santo” que dá as boas vindas aos visitantes e já topamos com o Rogério Cicílio, com sua Transalp 700 “tinindo de belezura”, “trocando umas prosa” com a esposa e um amigo com sua XT 660cc.
Coisa linda de se ver um papo descontraído daqueles, mas Cecílio avisa que só faz isso lá, pois a cidade é pacata, todo mundo se conhece, são poucas as ruas e o movimento. Jamais faria algo parecido na cidade onde mora: Guarulhos/SP.
Como não podia deixar de ser, também paramos para tirar “um dedo de prosa” com eles e, “prosiando”, fomos convidados a visitar outro ilustre morador, comerciante famoso de São Sebastião e… “motociclista dus bão”.
O tempo passou depressa e poderíamos ficar lá por muitas horas, já que as conversas sobre viagens não terminariam nunca. Nosso anfitrião, atualmente com uma Shadow 750cc, é outro aventureiro que viaja o Brasil todo com sua máquina.
A prosa “tava das boa” mas precisávamos seguir em frente, pois nosso destino daquele dia era a vizinha cidade de Santa Rita do Sapucaí. Despedimos de todos, deixando o adesivo do nosso Portal com o novo amigo e ainda arrumamos um tempinho extra para contornar quase todas as ruas da pequena cidade, antes de deixa-la definitivamente.
Das cidadezinhas pequenas que pululam em todo canto das Minas Gerais, Bela Vista ostenta uma das maiores praças públicas já vista, que ocupa cinco quadras num retângulo de aproximadamente 400m por uns 50m de largura, com a Igreja Matriz ao centro.
Demos uma parada na grande praça para tomarmos um sorvete e aproveitamos para trocar mais “algumas ideias” com as pessoas que curtiam amplo jardim. Já de volta a São Paulo fomos perceber que fizemos uma foto igual a de outra vez que lá estivemos, no projeto Sob o céu da inconfidência e, comparando bem os retratos, deu até para notar gente que estava na foto antiga. Será?
Até o Santo fixado na entrada da cidade deu uma “enxugada”. Antes São Sebastião parecia mais o super-homem, de tantos músculos e porte altivo, apesar das flechas fincadas ao corpo. Hoje outra imagem substitui a antiga, menor e mais tradicional.
Mas uma pergunta não quer calar e souberam responder: Onde foi parar o São Sebastião antigo?
Talvez o leitor amigo, numa viagem por aquelas bandas, possa ter mais sorte que a nossa e consiga resolver esse mistério para nós.
Com tais dúvidas na cabeça contornamos derradeiramente a praça principal de Bela Vista, deixando-a pela porta dos fundos e seguindo em direção de Santa Rita pelo atalho de terra, subindo o Morro do Paredão.
Mas essa será uma outra história que ficamos devendo por enquanto.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
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