05/05/2018
Nosso City Tour da vez aconteceu na pequenina cidade gaúcha de Westfália, nome derivado do alemão Westphalen, que fica na região da cidade de Lajeado, no centro do Estado. Não confundir com outra cidade gaúcha chamada Frederico Westphalen, localizada no extremo norte, divisa com Santa Catarina.
A cidadela, com população inferior a 3mil habitantes, tem em seu nome uma homenagem aos imigrantes alemães ali radicados, em sua maioria originários da região de Westgalen.
Para o visitante que parte de Porto Alegre serão cerca de 120km de estradas, seguindo para Canoas e de lá pela BR-386, derivando depois à direita pela RS-128 até a cidade de Teotônia. Dali serão mais 5km até Westfália. Não há como se perder.
Já para os aventureiros dos outros Estados da Federação a referencia é a BR-116 e a cidade de Caxias do Sul, que está a menos de 85km de distancia, seguindo-se dali por Farroupilha, Garibaldi e Teotônia.
Estivemos em Westfália numa manhã bastante fria com a finalidade de conhece-la. A tarefa não foi difícil pois poucas ruas constituem o centro urbano da cidade. Paramos numa padaria para um pequeno lanche e deu para perceber que o sotaque de todos tem fortes raízes no alemão.
Mas há por lá também o “Dialeto Sapato de Pau”, trazido pelos imigrantes alemães e que tem estudiosos locais registrando mais de três mil palavras para que não se percam nos tempos futuros e possam ser patrimônio cultural das futuras gerações.
O “sapato de pau”, por assim dizer, faz parte da cultura westefaliana. Trata-se de um calçado de madeira feito pelos descendentes alemães que vieram para a região em 1858. Há moradores que ainda usam o acessório para se protegerem do frio e da umidade do lugar.
Numa das praças da cidade é possível ver um monumento todo dedicado a esse item do vestuário germânico, que também é confeccionado artesanalmente como recordações em tamanho minúsculo, ou para ornamentação de jardins, em tamanho gigante.
Mas a contar pelo tamanho e quantidade de habitantes, não espere de Westfália uma cidade das antigas, muito pelo contrário. A cidade ostenta ruas amplas e bem sinalizadas, edificações modernas e de bom gosto e até conta até com alguns pequenos edifícios com quatro pavimentos.
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Os westfalianos são bastante receptivo aos visitantes e até curiosos para saberem de onde somos, para onde vamos e o que estamos fazendo por lá. Porém, quando questionamos as mesmas coisas deles apenas dizem que trabalham muito, do sol a sol, sem mais informações.
De qualquer forma ficamos sabendo que a cidade vive mesmo de sua área rural, com grandes plantações de milho, criação de animais de corte e boa produção de ovos e leite.
Até mesmo sua Igreja principal, que fica no ponto mais alto da Rua Henrique Uebel, é Luterana, já que quase 80% da população são protestantes. A Igreja católica mantém a uma baixa representatividade na cidade, mas estão presentes em quase vinte por cento da população. Raros são os adeptos de outras denominações religiosas.
A diversão por lá também está garantida com o FlaFlu gaúcho. Os dois clubes da cidade são respectivamente o Flamengo Futebol Clube e o Fluminense. Durma com um barulho desses!
Percorremos praticamente todas as suas ruas em pouco mais de quinze minutos e o que se pode notar é a extrema ordem e limpeza de toda a via pública, sem necessidade de qualquer fiscalização para tal.
Percebe-se o apego e o carinho que o munícipe tem pela sua terra, mantendo sempre seus jardins aparados, casas organizadas e ordem no trânsito, embora esse último quase inexistente por lá.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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