22/07/2016
O período de frio está aí e os cuidados com a nossa motocicleta devem ser redobrados.
Com a temperatura cada vez mais baixa neste inverno de 2016, surge sempre as perguntas sobre os cuidados com nossa amiga motocicleta, para que ela tenha o desempenho necessário, sem prejuízos à sua construção.
A resposta, como sempre, é termos em mente como funciona cada um dos itens que a compõe e como contornar as temperaturas mais frias num país tropical como o nosso, onde não se espera neve ou frio extremo.
Se os comandos da injeção eletrônica resolvem boa parte dos problemas do combustível do motor de sua motocicleta, a lubrificação inadequada pode ensejar picos de abstinência do óleo que certamente vão danificar o motor, problema esse bem mais grave nas motos maiores e mais sofisticadas, do que nas monocilíndricas de baixa capacidade cúbica, com mais resistência aos maus tratos.
Como a tendência do óleo é decantar na parte mais baixa do motor, quando parado, é preciso ter cuidado extremo para ligar a motocicleta depois de algum tempo inativa. Filtros novos e óleo de acordo com as especificações de fábrica sempre ajudam nesse momento, mas não é só.
Com a partida de um motor frio o óleo depositado no fundo do cárter leva algum tempo para alcançar a temperatura ideal, logo interfere na sua plena viscosidade para percorrer todos os pontos do motor, principalmente nos mais altos, próximos do cabeçote, área bastante delicada do motor.
No entanto os cuidados são bastante simples, se o piloto desejar segui-los a risca, pelo menos nesses tempos de inverno. Ao ligar a moto, deixe-a funcionando por até dois minutos, sem acelerar. Se decidir partir em seguida, acelere suavemente a motocicleta por cerca de cinco minutos, antes de começar a abrir o gás. Seu motor agradecerá.
Não é só o óleo que precisa atingir a temperatura ideal para o melhor desempenho da motocicleta, mas também seus componentes metálicos, líquido de arrefecimento, pneus, etc., que precisam se adequar conjuntamente para o desempenho da moto.
A bateria tem papel fundamental em todo esse processo de ligar a moto nas manhãs frias de inverno, pois é ela que propiciará os primeiros movimentos no motor antes de que ele possa rugir fortemente como sempre faz.
Neste processo de partida nos dias frios a motocicleta exige mais carga da bateria para dar o primeiro giro do motor e nesse particular o mais indicado é a utilização de uma bateria com maior qualidade e de mais capacidade, valendo sempre os mandamentos do manual de proprietário de sua motocicleta.
A manutenção da bateria não requer qualificação específica do piloto, mas deve ser frequente para que a moto não “apague” naquele momento mais importante para nós, levando em conta que normalmente uma bateria selada pode durar até 3 anos, tempo esse que cai para a metade para as baterias tradicionais.
Nesses dias de inverno é bom lembrar que cada equipamento novo instalado na motocicleta pode comprometer a vida útil da bateria, podendo causar “vazamento de corrente elétrica” e prejudicar seu desempenho, principalmente na hora de dar a partida na moto.
Para garantir o bom funcionamento de nossa amiga do peito também nesses tempos de baixa temperatura, o ideal é não deixarmos que ela fique parada por muito tempo e que rodemos pelo menos alguns kms com ela todos os dias. Com isso, além de não perdermos a prática na pilotagem, prolongaremos a vida de nossa companheira de grandes jornadas.
Se realmente você preferir fazer sua máquina hibernar por algum tempo, melhor seguir essas recomendações se quiser ela de volta quando a primavera chegar, desconectando a bateria, soltando e isolando posteriormente os terminais para que não haja fuga de corrente e forme zinabre neles.
Na hora de religar tudo não esqueça: primeiro conecte o polo positivo, para só depois conectar o negativo, exatamente o oposto do realizado na hora de desligar a bateria.
Com as baterias convencionais (não seladas) todos esses cuidados valem também, mas não esqueça de manter sempre a bateria com água exatamente no que manda o manual de instruções. Isso poderá ser a diferença entre ter uma bateria durando o esperado ou detona-la em pouco tempo.
E não se esqueçam, também: Não é só a motocicleta que precisa desses ajustes para este período de inverno. Nós, motociclistas, também devemos cuidar de nos exercitarmos convenientemente a cada dia, de maneira a também “aquecermos nossos motores internos”.
Uma roupa quentinha, onde não haja entrada de vento gelado por vãos mal estancados, pode ser a diferença entre uma pilotagem segura e alegre, para uma pilotagem incômoda e com riscos de sérios acidentes, pela desatenção que pode causar esses incômodos.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
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