07/07/2019
Nesta edição de nosso City Tour apresentaremos a cidade mineira de Curvelo, localizada na região central do Estado. Vamos conhece-la?
COMO CHEGAR
Para o aventureiro que partir de Belo Horizonte o melhor caminho será seguir na direção norte, pela BR-040, até pouco depois da cidade de Paraopeba, derivando daí pela BR-135 até Curvelo. Serão ao todo cerca de 170km.
Já para quem partir do Distrito Federal a melhor opção será seguir na direção sul da BR-040, até a cidade de Felixlândia, e dali em diante pela BR-259. Ao todo o aventureiro rodará 615km.
Os que desejarem ir para Curvelo, partindo de outras localidades, é bom ter como referência as duas cidades mencionadas anteriormente.
HISTÓRIA
A formação da primeira comunidade que deu origem a cidade se deu por volta do ano de 1700, fundada por baianos e paulistas que respectivamente desciam o Rio São Francisco, ou subiam o Rio Guaicuí, em busca das jazidas de ouro e pedras preciosas.
O ponto em comum dessas expedições era uma pequena capela construída nas margens do Ribeirão Santo Antonio, onde paravam para o descanso necessário aos homens e aos animais de carga.
Com essa movimentação no local algumas pessoas foram se fixando por lá, dando início a um Arraial que foi se elevando gradativamente, até se emancipar e se transformar na cidade de Curvelo que hoje conhecemos.
Como a mineração não vingou por lá a contento, outras fontes de renda deram prestígio à localidade, que se destacou por muitos anos na produção do algodão, chamada por lá de “ouro branco”.
Graças à essa atividade econômica Curvelo se destacou internacionalmente, chegando a receber prêmios na Europa no ano de 1911.
Outros setores econômicos foram criados na cidade, que passou a desenvolver a agropecuária e a indústria, sendo também expoente na cutelaria, principalmente na fabricação de uma faca especial, denominada “faca curvelana”.
A CIDADE
Curvelo é uma cidade populosa para os padrões mineiros, com mais de 80mil moradores divididos entre a sede do município e a área rural, e possui uma estrutura muito bem formada, com bons hotéis e restaurantes, além de um comércio ativo e diversificado.
Embora seu nome não prestigie as acentuadas curvas que a ferrovia fazia nas imediações da Estação, mas sim a um dos seus primeiros moradores, o padre Antônio de Ávila Curvelo, tivemos dificuldades de acharmos a saída da cidade em direção de Felixlândia.
As ruas centrais destinadas ao comércio mantém um alto fluxo de pessoas e de veículos, que fazem a cidade estar sempre alegre e bonita.
Por tais ruas trafegamos por bom tempo conhecendo o que há de melhor por lá, como as grandes praças arborizadas, o enorme espaço ao lado da antiga Estação de Trem e as avenidas no entorno da Basílica.
BASÍLICA DE SÃO GERALDO
Segundo se sabe a Basílica de São Geraldo Magela é a segunda dedicada ao santo no mundo todo, sendo que a primeira está na cidade de Muros, na Itália, onde São Geraldo está enterrado.
Sua fundação se deu em 1906 por intermédio de missionários redentoristas radicados na cidade, dois anos depois da canonização de São Geraldo pelo Papa Pio X.
Assim como aconteceu em Materdormini, na Itália, a pequena capela que era usada provisoriamente pelos redentoristas foi demolida e em seu lugar levantada a majestosa Basílica que hoje se vê.
Sua construção é simples, mesclando os estilos da roma moderna e dos padrões nórdicos. Seus vitrais coloridos permitem a luz entrar suavemente em sua nave, impregnando-a moda de arco íris.
A harmonia do conjunto, ostentando cores pasteis, além de torres pontiagudas e oitavadas, parece aos nossos olhos leigos como um castelo medieval, daquele descritos nas fábulas infantis. Uma beleza de se ver.
MATRIZ DE SANTO ANTONIO
A atual Igreja Matriz de Santo Antonio substituiu a antiga igreja que já estava em estado ruinoso.
Essa empreitada foi idealizada em 1840 pelo então pároco da cidade que, assessorado por outros religiosos, promoveram ao longo de nove anos a feitura de planta da nova igreja, orçamentos e busca de local apropriado.
Sua construção teve início em 1849 e, em 1877 já era apta para os ofícios da paróquia, embora não tivesse, ainda, os altares laterais, construído anos depois.
A Matriz tem caracteres tradicionais das igrejas da época, com duas torres frontais com direito a sinos e relógio.
Localizada no centro da cidade, com uma bonita praça em sua frente, destaca-se na paisagem arquitetônica de Curvelo e é um dos seus cartões postais.
CENTRO CULTURAL
O Centro Cultural de Curvelo realmente pode ser chamado como tal. Localizado no prédio da antiga Estação Ferroviária da Estrada de Ferro Central do Brasil, abriga o museu, a biblioteca, salas multimídia e galerias de arte.
Mas não é só isso. Como ocupa além do prédio da Estação, toda a área onde havia o transbordo de cargas ferroviárias, tem um espaço externo imenso, capaz de atender muito bem a cidade em grandes eventos.
TURISMO
O ponto alto do turismo na cidade é o Autódromo Internacional “Circuito dos Cristais”. Mas apesar do nome pomposo e valentia do empreendimento, muito há que se fazer para que a pista possa receber eventos de grande porte.
São ato todo quatro milhões de metros quadrados, 30 metros de desnível, 20 boxes, 17 curvas, uma delas com três raios e uma extensão 3.300 metros aproximadamente. Por enquanto tem recebido provas de Stock Car e motovelocidade.
NOSSA VISITA
Chegamos na cidade por volta da hora do almoço, vindos de Diamantina que fica próximo dali, com destino ao Rio São Francisco, na região da represa de Três Marias.
A ideia era curtirmos um pouco da cidade até o meio da tarde e depois seguirmos viagem.
Assim, seguimos reto pela BR-259 até a frente da Basílica de São Geraldo, cujo empreendimento ocupa todo um quarteirão e seguimos depois para o centro da cidade, para almoçarmos.
Antes, porém, fomos conhecer a Igreja da Matriz e o Centro Cultural, conversando por lá com alguns motociclistas, sempre solícitos com o nosso trabalho.
O almoço foi num elegante restaurante nas proximidades da Praça da Matriz, mas o repasto foi como sempre, bem simples, para não dar sono no resto da viagem.
A refeição só poderia ser mesmo a da tradicional cozinha mineira, mas com moderação, e uma limonada natural gelada para acompanhar a refeição.
CURTA O VÍDEO DA CIDADE
A retomada da rodovia em direção da BR-040 é que foi difícil. Roda daqui, pergunta dali e voltávamos sempre ao mesmo lugar. Demorou um pouco, mas logo encontramos o caminho e fizemos o que mais gostamos de fazer: rodar.
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Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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