Engenheiro Correia: Este é o segundo dos doze Distritos da cidade mineira de Ouro Preto, que estamos apresentando a partir de nossa última edição. Continue conosco conhecendo todos esses lugares maravilhosos, cheios de magia e muita história.
HISTÓRIA
O Distrito surgiu a partir de um antigo povoado denominado Santo Antônio do Monte, onde podemos encontrar ainda nos dias atuais resquícios desses velhos tempos, em muros e construções em pedra hoje em ruínas.
Foi nesse lugarejo que, em 1896, foi construída uma estação ferroviária denominada “Estação Sardinha”, inaugurada com muita festa na região, prenunciando seu futuro, mesma época da construção da Capela de São José, ainda existente por lá.
Já nos primeiros trinta anos de existência a localidade recebeu um Cartório e, em 1940, a igreja de Nossa Senhora da Conceição. Sua elevação a condição de Distrito ocorreu em 1953.

Sua atual denominação (Distrito Engenheiro Correia) foi conferida em homenagem ao engenheiro Manuel Francisco Correia Júnior, que era o supervisor da estação ferroviária local e faleceu num acidente nas suas proximidades. A própria estação ferroviária passou a ter também o seu nome.
O declínio da localidade aconteceu com o aumento da malha rodoviária, em substituição a ferroviária, reduzindo drasticamente o transporte de pessoas e cargas pelos trilhos de ferro.
O DISTRITO
Engenheiro Correia fica a pouco mais de 40 km da sede do município (Ouro Preto), praticamente a mesma distância até as cidades de Ouro Branco ou Congonhas, mas bem mais perto da cidade de Itabirito, da qual dista apenas 16 km.
Pequenino, mas bem estruturado, o Distrito praticamente segue de forma linear em ambos os lados da rodovia MG-030, que na zona urbana tem o nome de Rua Vereador Hélio Ferreira.
Praticamente dá para contarmos nos dedos o número de ruas existentes na localidade, porém, são todas bem pavimentadas e com boa sinalização, orientando com segurança o visitante que por lá se aventura.
A infraestrutura é bem simples e quase toda concentrada na rua principal. No entanto, sua arquitetura predominante é bem interessante e bonita, com um casario de qualidade e alguns pontos comerciais de qualidade, ainda que bem acanhados.
No Distrito o visitante poderá contar com restaurante, lanchonete e até pousadas, simples, mas aconchegantes, mas não vai poder contar com um posto de combustíveis.
Na área urbana a BR-030 (Rua Vereador Hélio Ferreira) segue rente com a antiga linha férrea, hoje desativada.
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

Local de visitação quase obrigatória ao visitante e que não deve ser desdenhada, afinal, pelo estágio de conservação da construção não se espera que ela dure muito em pé, o que é uma pena para a localidade e para a história, já que ela é o ponto chave da existência do Distrito.
Totalmente abandonado e sem cobertura, o prédio só não veio abaixo até esta data pela robusteza de sua construção, mas oferece perigo às crianças que brincam por lá e aos visitantes, como nós, que desejávamos vasculhar suas particularidades.
O perigo pode ser maior nos tempos de chuva, como foi nosso caso, já que a resistência dessas ruínas com certeza estaria mais enfraquecida com a umidade e infiltrações.
CAPELA DE SÃO JOSÉ
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A primeira edificação dedicada para a religião no então povoado continua firme e bonita no alto da colina, apesara de castigada pelo tempo, tendo em volta o pequeno cemitério local.
Em sua frente um pequeno coreto/sanitário/palanque foi construído e nos serviu bem para colhermos imagens impactantes da pequena capela.
Bem que desejamos, mas não conseguimos colocar nosso drone em atividade nessa oportunidade que estivemos lá, dado a chuva fina que não parou um segundo e que certamente danificaria nosso precioso equipamento.
De qualquer forma foi em frente desse pequeno tempo que lhes demos as boas-vindas no vídeo que fizemos no Distrito, e que pode ser conferido aqui abaixo.
RODANDO EM ENGENHEIRO CORRÊA
TURISMO LOCAL
O turismo cultural é o que mais leva pessoas ao Distrito, durante todas as épocas do ano, sendo seguido pelo turismo religioso, com as bonitas festas em louvor a Nossa Senhora e ao Sagrado Coração de Jesus, no mês de agosto, e as festas de São José e São Sebastião, com muitas novenas, missas, barraquinhas e leilões.
Para o aventureiro mais radical a localidade conta com muitas trilhas e algumas cachoeiras de pequeno porte e grande beleza, no entorno do Distrito, que podem ser visitadas até mesmo a pé pelos interessados.
COMO CHEGAR
A partir de Belo horizonte o aventureiro poderá seguir pela BR-356, até a cidade de Ibabirito, e de lá até o destino pela MG-030, num percurso total de 75km, cabendo bem um bate e volta bem legal.
A partir da sede do município (Ouro Preto) o aventureiro percorrerá cerca de 40 km, começando pela BR-356, até o Distrito de Cachoeira do Campo, e seguindo então pela esquerda pela MG-440, até proximidades do Distrito, passando antes por Santo Antônio do Leite e alternando o percurso entre estradas vicinais e de terra batida.
Para visitantes de outras localidades o mais seguro é tomar por referência as cidades de Ouro Preto ou Belo Horizonte.
Se você já conhece a região, tem alguma crítica ou sugestão para fazer, envie-nos um comentário a respeito. Será muito útil para nós.
EDITORIAL
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Jornalista responsável: Marcos Duarte– MTB 77539/SP
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