EXTREMA/MG

HISTÓRIA

Extrema é tida oficialmente como cidade desde 1901, quando foi desmembrada da cidade de Camanducaia.

Disputada entre paulistas e mineiros desde meados do século 18, a disputa só foi decidida na década de 1930.

As primeiras referências que se tem do local onde hoje é a cidade, vem de um registro da Igreja Matriz de Camanducaia, de 26/12/1788, reportando-se a moradores do “Bairro da Extrema”.

A capela instalada nos primórdios da comunidade que então crescia ao lado do Rio Jaguari, foi autorizada em 1832 e dedicada à Santa Rita de Cássia, padroeira essa que continua dando o nome a atual Igreja Matriz da cidade.

Nas décadas finais do século 19, entre o final do Império e o começo da República, Extrema passou a receber imigrantes italianos e portugueses e, nas primeiras décadas do século 20, vieram os japoneses.

Na economia a cidade de pouco mais de 36mil habitantes vai muito bem, tendo o melhor PIB do sul mineiro, ultrapassando até Pouso Alegre, cidade muito mais desenvolvida e com população quatro vezes maior.

Uma das rotas turísticas mais procuradas leva o aventureiro ao trecho mais estreito do Rio Jaguari, onde ocorrem seus saltos e cachoeiras.

É lá que se pode praticar rafting e canoagem, e é nessa região que vamos encontrar o Parque Municipal da Cachoeira do Salto, a cerca de 7km do centro da cidade, com apiário, cachaçaria, doces, queijos e gastronomia mineira.

Seguindo em frente a partir desse Parque, por estrada de terra batida que merece um veículo 4 x4, vamos alcançar o Pico do Lobo Guará, com 1350 metros de altura e com uma vista de 360 graus. O pico está a 15km do centro de Extrema.

O local é utilizado para a pratica de parapente e atrai gente de toda parte para esse esporte radical.

Com alguma cautela e boa disposição é possível seguir indefinidamente pelas estradinhas de terra da região e chegarmos em Camanducaia, Monte Verde e Joanópolis, esta última já no estado de São Paulo.

Outra rota de extrema procura pelos turistas/aventureiros é a que nos leva ao Pico do Lopo, ponto extremo sul da cidade de Extrema e que é, também, marco divisório entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. No passado foi área de conflito por demarcações de terras interestaduais.

É de aproximadamente 8km a distância que separa o centro da cidade com a área de parada obrigatória, antes da subida ao cume do Pico do Lopo, e nesse percurso você estará ora em Minas Gerais e ora em São Paulo.

Embora em região rústica e de tirar o fôlego, o trekking para alcançar o cume é considerado fácil e indicado para todas as idades.

Até mesmo os aventureiros sem muita experiência não passarão vergonha e poderão concluir um dos passeios mais agradáveis do gênero no país.

A caminhada reserva muitas vistas panorâmicas, regiões de mata fechada e mirantes naturais, porém, indiscutível é a recomendação para que se participe desses eventos em grupos, por questões de segurança, ou até mesmo com guias contratados, que podem proporcionar mais conteúdo às nossas observações.

A CIDADE

A cidade é parruda e tem jeitão de cidade grande, com largas avenidas ajardinadas e um glamour todo especial em seu entorno.

Porém, chegando ao seu centro histórico e comercial notamos nela uma cidade tipicamente interiorana, mesclando características paulistas e mineiras. Ruas estreitas e assimétricas, grandes casarões coloniais e o comércio tradicional.

O destaque fica para o imponente Santuário de Santa Rita de Cássia, datado de 1850.

Seu rico interior contém dezenas de obras tombadas do artista italiano Alfredo Mucci, confeccionadas em latão martelado.

Para quem parte de Belo Horizonte ou para quem sai da capital paulista, a rodovia a seguir é uma só: Rod. Fernão Dias (BR-381)

No primeiro caso o mineiro rodará 480 km para chegar em Extrema, enquanto o paulista rodará pouco mais de 100km, motivo pelo qual a cidade tem sido sempre um ótimo roteiro tipo bate-e-volta para os finais de semana dos paulistanos.

Para aventureiros de outras localidades o melhor é consultar seu guia de viagem preferido e boas estradas.

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Marcos Duarte

Jornalista, advogado, motociclista desde 1970 e editor do Portal Aventuras desde agosto de 2014, já foi colaborador da Revista Moto Adventure e do Portal Damas Aladas, trazendo notícias do mundo das aventuras nos mais diversos segmentos.