21/04/2021
Farroupilha, o berço da colonização italiana no Rio Grande do Sul, em plena Serra Gaúcha, é a cidade da vez nesta edição do City Tour que você não pode perder. Vamos lá?
HISTÓRIA
A localidade que deu origem a cidade de Farroupilha já era rota de tropeiros de longa data, porém, a disposição do governo do Segundo Império em colonizar toda a região sul do Brasil, nas décadas finais do século 19, deu azo às imigrações de europeus pela região.
Nesse particular, as primeiras famílias italianas se instalaram em maio de 1875 e, como eram da região de Milão, passaram a chamar a nova morada como “Nova Milano”, título esse que ainda hoje é ostentado por um dos Distritos de Farroupilha.
O lugar teve rápido progresso e em pouco tempo conseguiram instalar uma escola, que ficaria a cargo das freiras da Congregação de São Carlos, e um padre definitivo.
Com a chegada da ferrovia, em 1910, Farroupilha teve construída sua Estação, que ainda hoje ocupa a região central da cidade, despontando definitivamente para o progresso nacional.
Foi justamente ao lado dessa estação que começou a surgir o novo núcleo habitacional, que deu origem a atual demarcação urbana de Farroupilha
A emancipação total da cidade, com a criação oficial do município de Farroupilha, se deu em 11 de dezembro de 1934, tendo seu nome homenageado o centenário da Revolução Farroupilha no sul do Brasil.
A CIDADE
Farroupilha está inserida em plena Serra Gaúcha, a meio caminho entre Caxias do Sul e Bento Gonçalves, das quais dista apenas 20km.
Embora sediada entre essas duas grandes cidades gaúchas, Farroupilha se destaca por sua total independência, mantendo uma infraestrutura capaz de dar a sustentação necessária aos seus habitantes em termos de comércio, escolas, etc.
Por tal motivo e pela qualidade de vida lá encontrada, a população de Farroupilha ultrapassa aos 73mil habitantes, distribuídos entre seu centro urbano bem desenvolvido e a área rural.
A economia local é bem variada. Partindo do setor do couro e dos calçados, a cidade já foi a capital Nacional da Malha, que hoje ainda é forte na cidade.
Na agricultura destaca-se como o maior produtor de kiwi e da uva moscato no país, guardando atualmente o título de Capital Nacional do Vinho Moscatel.
No mais a cidade detém grandes redes de lojas de móveis e eletrodomésticos, industrias metalúrgicas e de papéis, industrias têxteis e malharias, indústrias moveleiras e de ferragens, além das indústrias ligadas a sucos e vinícolas.
IGREJA MATRIZ
O suntuoso templo da Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus e sua praça, ocupam uma quadra inteira no centro da cidade.
Construída na década de 1930 em estilo gótico, tem duas enormes torres laterais que atingem quase aos 50m de altura.
Os detalhes são feitos em mármore e lajotas decoradas, ostentando, ainda, belos vitrais multicoloridos.
A praça, em seu derredor, apresenta o aspecto moderno despojado, com piso em cimento e plantas ornamentais bem cuidadas.
TURISMO
No quesito turismo a cidade também não deixa a desejar. Além dos tradicionais pontos turísticos culturais, que transbordam por lá, tais como o Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, que fica no Distrito de Caravaggio e que atrai milhares de fiéis, há os mais radicais que não se pode perder.
O mais importante deles é o Salto Ventoso, uma cachoeira que despenca sobre uma grande gruta com 200 metros de largura. O Salto se precipita de uma altura de 55metros e fica a 12km da cidade, no distrito de Nova Sardenha.
O mais legal é que o visitante poderá ver o salto por trás, ou seja, de dentro da gruta. Imagens surreais podem ser obtidas lá de dentro.
Fora da cachoeira o visitante poderá, ainda, ver o Parque das Águas, considerado o parque aquático mais moderno da serra gaúcha; o Parque dos Pinheiros, uma grande área verde de lazer quase dentro da cidade; e o Parque temático da Imigração Italiana, que remete o visitante às lembranças da fundação da cidade.
NOSSA VIAGEM
Nesta viagem ficamos sediados na cidade vizinha de Bento Gonçalves, num inverno rigoroso do mês de agosto, onde a temperatura durante as noites variavam abaixo de zero grau.
RODANDO PELAS RUAS DE FARROUPILHA
No entanto, passamos um dia inteiro em Farroupilha, cidade muito bonita e estruturada que nos deu bastante prazer em conhece-la.
O aspecto é de cidade grande, com muitos arranha-céus imponentes, grandes avenidas, centro comercial abastado e gente cortês por todos os lados.
COMO CHEGAR
Para o aventureiro que partir de Porto Alegre o caminho mais curto é pela BR-116, até São Leopoldo, seguindo então rumo norte pela RS-240, até Portão, e ERS-122, até Farroupilha. Serão aproximadamente 130km de boas estradas.
O catarinense de Floripa rodará quase 500 km para chegar em Farroupilha, partindo pela BR-101, até Terra de Areia, e seguindo serra acima pela BR-453, até a cidade.
Para o paulista da capital ou o paranaense de Curitiba o caminho quase total é pela BR-116, até a cidade de Caxias do Sul, e só um restinho de poucos kms pela BR-453. No primeiro caso o paulista rodará 1000km e o curitibano 590km.
Para outros visitantes o melhor é seguir um bom guia rodoviário, pois são muitos os caminhos que nos levam a Serra Gaúcha e a Farroupilha.
Se você já conhece a região, tem alguma crítica ou sugestão para fazer, envie-nos um comentário a respeito. Será muito útil para nós.
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EDITORIAL
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Jornalista responsável: Marcos Duarte – MTB 77539/SP
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