06/10/2019
Nesta edição de nosso City Tour trouxemos à você, leitor amigo, um passeio agradável pela cidade gaúcha de Getúlio Vargas, na região do Alto Uruguai. Vamos conhecer?
COMO CHEGAR
O aventureiro que partir de Porto Alegre rodará aproximadamente 340km para chegar na cidade, tendo como melhor opção seguir em direção das cidades de Lajeado e Passo Fundo.
O catarinense que partir da capital de seu estado terá um percurso maior à percorrer. É de pouco mais de 500km a distância entre Florianópolis e Getúlio Vargas, devendo o viajante seguir inicialmente pela BR-282, até a cidade de Campos Novos, e depois rumar ao sul, na direção de Barracão e Sananduva.
Quem partir de Curitiba rodará também 500km, metade deles pela BR-116, até a cidade de Santa Cecília, seguindo então em direção de Lebon Regis, Fraiburgo, Monte Claro e Campos Novos, concluindo o itinerário como explicado anteriormente.
Para visitantes de outras localidades o melhor mesmo é consultar os guias rodoviários ou tomar como referência as capitais acima.
HISTÓRIA
Os primeiros contingentes de pessoas na região se formaram no século 19, já que por lá se canalizavam vários corredores “trouperistas” que singravam ao sul do país, a partir de cidades paulistas como Sorocaba, Itapetininga, Piracicaba, etc.
A área da atual cidade de Getúlio Vargas, por sua vez, teve seus primórdios por volta do ano de 1908, fomentando o comércio de gado com a participação de tropeiros em suas andanças.
O primeiro “up” de seu progresso ocorreu poucos anos antes da formação da cidade, com a construção de um ramal ferroviário.
A empreitada atraiu mão de obra ainda não qualificada para sua conclusão, principalmente entre os ex-escravos recém libertos pela Lei Áurea, indígenas e peões diversos, vindos de aldeias e povoações até de outros estados.
Boa parte dos ex-trabalhadores negros, lotados na estrada de ferro, permaneceram radicados em Getúlio Vargas, fixando-se em sua maioria no antigo bairro Costaneira e nos atuais bairros Navegantes, Montes Claros, XV de Novembro, etc.
Já os ex-trabalhadores indígenas chegaram a fundar uma pequena comunidade rural às margens da estrada de ferro (atual Ventara), em propriedades da ferrovia, mas posteriormente foram recolocados em terras do Rio Grande do Sul, atual município de Charrua, em decorrência da construção da rodovia RS-135.
A ferrovia trouxe consigo, ainda, muitos imigrantes que ajudaram na rápida expansão populacional e econômica do município, que chegou a se tornar sede da colônia Erexim.
Os imigrantes europeus (italianos, alemães, polacos), assim como os próprios caboclos nativos, introduziram uma agropecuária diversificada implementando a viticultura, além do cultivo do trigo, do milho e do feijão.
A criação oficial do município de Getúlio Vargas se deu em 1934, desmembrado dos municípios de Erechim e Passo Fundo, mas não conseguiram manter-lhe o nome tradicional de “Erexim”.
Com tal negativa, deram-lhe o atual nome de Getúlio Vargas em homenagem ao então presidente da república, Getúlio Dorneles Vargas.
MATRIZ DA CONCEIÇÃO
A Igreja Matriz N. S da Imaculada Conceição tem sua história iniciada em 1911, quando a cidade era ainda denominada Erexim.
Evidentemente a construção evoluiu muito com o passar dos anos e hoje podemos observá-la toda imponente, com suas duas torres principais e outras menores voltadas ao firmamento.
Se a centenária igreja é ponto incontroverso entre os pouco mais de 20mil getulienses, o bonito relógio do frontispício e seus sinos tem seus ferrenhos contestadores, que alegam que o carrilhão e os sinos incomodam os moradores, principalmente durante as noites.
Enquanto moradores, administradores públicos e eclesiásticos discutem os sinos e suas badaladas, a humanidade segue firme, mas lentamente, em busca da perfeição.
IGREJA LUTERANA
Enquanto segue a discussão sobre os sinos da Igreja da Matriz, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil segue intocada e sem problemas congêneres.
Originária a partir da imigração de alemães luteranos no país, essas comunidades tem se formado no Brasil desde o final do século 19, sempre com seu trabalho sério e sem polêmicas, cuidando principalmente das áreas diaconal e missões evangélicas.
A simplicidade elegante do templo já nos transmite paz e harmonia.
A CIDADE
A despeito de seu reduzido número de moradores e da concentração dos bairros, a exceção do Bairro da Estação, um pouco mais distante, a cidade é extremamente moderna e bonita, mantendo preservado parte do patrimônio histórico dos seus primeiros tempos.
São muitas as avenidas bem demarcadas entre os “sobes e os desces” de suas ladeiras íngremes, intercalando, sempre, o novo com o histórico.
Como alternativa de diversão para a cidade temos o Parque das Águas, local acanhado, mas que está ao contento de seus frequentadores.
TOUR PELA CIDADE
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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