07/08/2019
Guarapari, no Espírito Santo, é uma das cidades com as melhores praias do Brasil e assunto especial nesta edição de nosso City Tour. Vamos saber um pouco mais sobre ela?
COMO CHEGAR
Para quem partir de Vitória terá duas opções para chegar na cidade, ambas com distâncias próximas de 63km.
A primeira opção é pela BR-101, devendo o aventureiro atravessar a Segunda Ponte para Cariacica, e seguir depois em direção de Viana.
A segunda opção é pela Rodovia do Sol, que o viajante pode ter acesso também pela Segunda Ponte, mas seguindo direto pela Avenida Brasil e ES-471, em Vila Velha, até chegar na ES-060 (Rod. do Sol); ou direto pela Terceira Ponte, seguindo sem desvios para Guarapari.
Já para aquele que partir do Rio de Janeiro a opção mais prática é seguir no rumo norte da BR-101, passando por Casemiro de Abreu e Campos dos Goytacazes, num trajeto aproximado de 480km.
Para quem partir de outras localidades é bom ter como referência essas duas capitais mencionadas.
HISTÓRIA
As primeiras notícias que se tem do lugar, pós colonização, vem da missão jesuíta criada por José de Anchieta para catequização dos índios, isso no ano de 1585.
Anchieta fundou na aldeia Rio Verde, também chamada de Vila Santa Maria de Guaraparim, Vila dos Jesuítas ou simplesmente Guaraparim (que é a atual Guarapari), um convento e uma capela dedicada a Santa Ana, escrevendo para tanto um auto em língua tupi intitulado “Na aldeia de Guaraparim”.
Com essa primeira vocação de missão jesuíta, a colonização europeia só colocou pés na região no século 19, com os imigrantes italianos se instalando no município e fundando as localidades de “Todos os Santos”, “Rio Calçado” e outras mais.
A principal atividade econômica desses imigrantes era mesmo o café, além do plantio que faziam para a própria subsistência.
Recentemente (anos 60/70) a cidade se tornou famosa em decorrência de supostas propriedades medicinais de suas areias monazíticas, levando uma contingência volumosa de turistas para lá.
O território de Guarapari é todo entrecortado de rochas graníticas, além de contar com muitas enseadas e baías bem protegidas do mar aberto.
Embora a área urbana de Guarapari se fixe ao nível do mar, alguns de seus Distritos da zona serrana chegam a estar a mil metros de altitude.
Seu nome deriva do dialeto indígena onde “Guara” se refere à ave de pelagem vermelha (Guará), e “parim” se refere à arma utilizada por eles para a caça dessa ave.
UM VÍDEO TOUR PELA CIDADE
IGREJA MATRIZ DA CONCEIÇÃO
A igreja guarda o que sobrou do convento fundado em 1585 pelo padre Anchieta, na época como pequena capela dedicada a Santa Ana.
Cerca de 170 anos depois, aproximadamente em 1760, houve a expulsão dos jesuítas do Brasil, tendo a igrejinha ficado relegada ao abandono por cerca de 120 anos, servindo até de cemitério, somente recebendo sua primeira restauração em 1880, quando recebeu os ares barrocos atuais de sua fachada.
Agora dedicada à Nossa Senhora da Conceição e com sua originalidade modificada, a igreja mantém em seu entorno parte das ruínas das primeiras moradias e os restos mortais dos que ali foram sepultados.
Outras reformas e o tombamento oficial vieram ao longo dos tempos.
A NOVA MATRIZ DA CONCEIÇÃO
Anchieta pode dar até seus pulos no sepulcro, mas a cidade substituiu a antiga Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, com rica história desde o período pós descobrimento, por uma obra de arte de arquitetura moderna e requintada.
A igreja está localizada na nova orla de Guarapari, junto com a ponte que cruza o braço de mar que circunda a cidade, e não esconde a imponência de seu projeto moderno e audacioso.
A CIDADE
A cidade, embora com apenas 125mil habitantes, tem ares de grande metrópole, não só pela quantidade de arranha-céus rente ao mar, que lhe confere um status de grandeza, mas também pela boa reputação de suas praias, de sua hospitalidade e de seu requinte, fatos esses que repercutem em todo o território nacional.
Embora em certa parte parecida geograficamente com a cidade de Santos e Guarujá, em São Paulo; ou mesmo com Vitória, no Espírito Santo, o aspecto de ilha é falso, pois o mar adentra a cidade apenas por um lado e nenhum grande rio desemboca na cidade.
Sua área urbana é densamente povoada, situação essa que vai aumentando conforme chegamos a linha do mar.
As ruas centrais lembram bem os grandes centros urbanos das capitais, com maciço afluxo de pessoas e veículos, além de lojas de todos os tipos e tamanhos, sempre convidando o cliente ao melhor negócio.
Guarapari é a principal cidade turística do Espírito Santo, atraindo turistas do mundo inteiro graças às suas belezas naturais e às suas quase 50 praias, muitas delas escondidinhas e aconchegantes.
Seu litoral, com bem mais de 30km de extensão, começa a se formar na divisa com a cidade de Anchieta, ao Sul, e vai até Vila Velha, ao norte, sempre entrecortado por inúmeros acidentes geográficos que conferem mais beleza ainda à sua orla marítima.
A rede hoteleira é magnífica e complementada por uma boa gama de restaurantes e lanchonetes de todos os tipos, além de alguns Shoppings Center de qualidade.
Como era de se esperar não conseguimos conhecer toda a cidade no único dia que ficamos por lá, e já estamos fazendo outros planos para curtir aquela região por alguns dias.
A impossibilidade de ficarmos mais tempo na cidade se deu pelo fato de estarmos com a motocicleta Honda NC750X cedida por um dos integrantes do AMM (Adventist Motorcycle Ministry) , e tendo a obrigação de devolve-la ao seu dono no final do dia.
Felizmente tivemos como companheiro e cicerone o Bruno Martinelli, que nos seguiu todo nosso trajeto em sua motocicleta, dando-nos dicas valiosas para que pudéssemos aproveitar ao máximo nossa estadia em Guarapari.
PRAIA DAS CASTANHEIRAS
O conjunto todo é formado pelas praias “dos Namorados”, “das Castanheiras” e “do Meio”, que são consideradas as melhores praias urbanas do município.
Suas águas são claras e calmas, com formações de algumas piscinas naturais protegidas por recifes e que conferem-lhe beleza inigualável. Dizem que o local é bom para mergulho, mas com certeza é local tranquilo para se descontrair sozinho ou com a família.
PRAIA DO MORRO
Seguramente é a top das praias de Guarapari. É a mais frequentada de lá e não é para menos, já que o mar azul e as areias douradas intercalam mar calmo em alguns trechos, com ondas fortes convidando ao surf, em outros.
Essa praia fica ao norte da cidade e o acesso à ela, para quem está no centro velho, deve ser feito cruzando o braço de mar pela ponte da nova orla de Guarapari.
Dista cerca de 4km da cidade e é uma das maiores de Guarapari, com também quatro quilômetros de extensão.
Essa é a praia urbana mais movimentada no verão e em sua orla o turista pode aproveitar-se do bonito calçadão, com quadras esportivas e quiosques, além de sombra de coqueiros e amendoeiras.
Para aqueles que gostam do regalo do bem/bom, vamos encontrar por lá muitos bares e restaurantes de qualidade, que poderão ser desfrutados não só durante o dia, mas que fazem a diferença durante a noite, nos períodos de alta estação.
A parte mais concorrida dela, com certeza, é no trecho mais ao norte e nas proximidades do morro que dá nome à ela.
Num dos recifes à beira mar está uma escultura de um Marlin Azul, que faz a festa dos turistas, principalmente das crianças que não medem esforços para chegar ao grande peixe para aquela “selfie maneira”.
O cuidado, entretanto, deve sempre existir no caso de mar revolto e certamente é melhor privar-nos da recordação do que da vida, no caso de acidente.
TURISMO
Mas em termos de turismo a cidade tem muito mais a nos oferecer, tanto na imensa orla marítima, quanto nos passeios ecológicos junto aos parques oficiais e as grandes lagoas que costeiam o mar, principalmente na região ao sul.
Nesta viagem ficamos com água na boca e não pudemos explorar todas essas as belezas de Guarapari, já que o Trem para as Minas Gerais nos esperava no dia seguinte.
Assim, no final da tarde deixamos a cidade rumo à Vitória, desta vez seguindo ligeiro pela Rodovia do Sol, que contorna o litoral até a capital capixaba.
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Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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