15/05/2019
Nesta edição de nosso City Tour apresentamos a cidade mineira de Lagoa da Prata, cuja divisa oeste é contornada exatamente pelo Rio São Francisco.
COMO CHEGAR
Da capital mineira até Lagoa da Prata são cerca de 200km, parte deles à serem percorridos pela BR-262, até as proximidades da cidade de Moema, de lá seguindo pela MG-170 (Rod. Chiquito Miranda) até o destino final.
Já o carioca que partir do Rio de Janeiro rodará mais de 570km para chegar na cidade, começando o trajeto pela BR-040, até a cidade de Barbacena, seguindo depois até a cidade de São João del Rei, pela BR-265, e completando o trajeto pelas BR-494, MG-260, MG-164 e MG-429.
O paulista que partir de São Paulo não terá muitos kms a menos para rodar que o carioca. São perto de 535kms à serem percorridos, boa parte pela Rod. Fernão Dias (BR-381), até a cidade de Perdões. Daí em diante seguirá pela BR-354, até a cidade de Arcos, e depois pela MG-170, até Lagoa da Prata.
HISTÓRIA
Nos primórdios de sua formação a localidade era apenas um Distrito da cidade de Santo Antonio do Monte, só sendo elevada à condição de município em dezembro de 1938.
Seu nome tem origem em várias interpretações, e mesmo os anais oficiais de município não determinaram a exatidão de sua história.
Para uns o nome foi aposto pelo primeiro coronel que viveu na cidade, que conseguia ver a imagem da lua “prateada” refletida na lagoa que por lá existe.
Mas outra versão dá conta que seu nome foi colocado por frades franciscanos que perambulavam pela região fazendo suas pregações, e que por vezes paravam em volta dessa mesma lagoa. Segundo essa versão, ao contemplarem miríades de reflexos do sol, cintilando como se fossem pequenas moedas de prata, deram o nome atual da lagoa, consequentemente, da cidade.
A CIDADE
Localizada no centro-oeste de Minas Gerais e tendo como referência o Rio São Francisco, tem sua economia voltada a agropecuária, com vários laticínios bem como com a produção de açúcar.
A indústria alimentícia, notadamente com a empresa Embaré, é responsável pelo emprego de grande parte da população, seguida pela usina de álcool e açúcar e uma indústria farmacêutica.
Embora encravada no meio das Minas Gerais, sua população beira aos 50mil habitantes que se dividem igualitariamente entre os setores urbanos e rurais.
A sede do município é bem escalonada, com grandes ruas e avenidas e uma estrutura comercial forte, o que é percebido no conjunto arquitetônico moderno e com alguns prédios de vários andares.
O TURISMO
O turismo local parece ir bem, obrigado. São muitos atrativos naturais que podem ensejar ao aventureiro atividades ecoturísticas em toda região.
No centro urbano o entorno da lagoa que deu nome à cidade chama a atenção por sua beleza, com grande calçadão urbanizado que é cartão postal da cidade.
Lá poderemos conferir, com certeza, os motivos mencionados para o nome da cidade e, quiçá com alguma imaginação, criar outros para tal nomenclatura.
Vários roteiros para caminhadas, cavalgadas ou MTB de curta ou longa distância são mapeadas nas adjacências da cidade, e são exploradas amiúde por moradores e turistas. As principais são praticadas nas regiões do Catingueiro, Jacaré e Martins Guimarães.
Mas nem só de poeira vive o turista. O rapel em cachoeiras e paredões, assim como a canoagem, podem ser praticadas no município e lugares para isso é que não faltam por lá.
O motociclista de aventura também poderá desfrutar de bons trajetos para o trail em trilhas nessas mesmas localidades indicadas.
Agora, se o aventureiro não estiver a fim de qualquer atividade que demande esforço físico, ou para aqueles que são dados aos blefes e são “marrentos”, Lagoa da Prata é considerada a capital nacional do truco, com campeonatos regulares com os melhores “blefadores”, digo, jogadores, do país. Truuuuuuco marreco!!!!!
NOSSA VISITA
Estivemos no município depois de uma grande viagem por cidades mineiras e decidimos atravessar mais uma vez o Rio São Francisco, dessa vem na direção Leste, vindo da cidade de Luz.
Na época de nossa viagem seguíamos em direção da cidade pela MG-429, mas quando já estávamos nas portas de Lagoa da Prata não pudemos cruzar o Rio São Francisco pela ponte de concreto, que estava interditada.
A solução para todos os viajantes era derivar mais ao lado para uma ponte ferroviária antiga, precariamente improvisada para a passagem de veículos automotores, com piso de madeira que se podia ver o leito do rio.
Embora não tivesse chovido naqueles dias e a região estivesse seca, a pontinha estreita tinha excesso de lama não só sobre ela, que estava absurdamente lisa, mas por uns 30m de ambos os lados de suas margens.
Mais ainda. A pequena e desajeitada ponte ficava após uma curva e só era possível passar um veículo de cada vez, se não fossem grandes.
Um dos principais desafios da desnecessária empreitada, já que não vimos motivos para a ponte de concreto estar interditada, era que não se podia ver a aproximação de veículos do outro lado e tínhamos que arriscar dar marcha à ré em caso positivo.
De onde teria vindo a água para formar tanta lama? Nem ideia. Talvez por carros pipas para assentar a poeira, mas, se foi isso exagerou e muito. Aproveitando do trocadilho, não seria em vão que o padroeiro da cidade fosse São Carlos de “Barromeu”.
Cruzamos a ponte com extremado cuidado pois um escorregão podia nos jogar lá do alto para o rio, já que as proteções laterais eram quase inexistentes e feitas para trens.
Do outro lado, como que para proteger todos os transeuntes que por ali se aventuravam, uma bonita estátua de São Francisco de Assis, em tamanho natural, dava-nos boas-vindas à Lagoa da Prata.
Daquele ponto até a retomada da pista asfaltada o cuidado ainda era necessário. O piso de terra vermelha dura, com um caldo de lama sobre ela exalava cheiro de escorregões, mais ainda pelo peso da moto e a baixa velocidade.
VEJA COMO FOI A TRAVESSIA DA PONTE
EM LAGOA DA PRATA
Terminada essa via crucis inesperada retomamos por alguns minutos a rodovia asfaltada e, em pouco tempo, já estávamos na região urbana da cidade, seguindo em direção de seu centro comercial.
Como estava na hora do almoço aproveitamos para tomar nossa refeição por lá, na beira da calçada como é costume local.
Arroz, tutu de feijão, torresmo, couve refogada e costelinha de porco não faltaram, mas comemos com moderação, afinal, muita estrada ainda teríamos que rodar naquele dia.
Satisfeitos com a refeição e depois de jogar um pouco de conversa fora com pessoas interessadas em nossa aventura, deixamos o local e fomos conhecer a bonita Igreja Matriz de São Carlos Barromeu. Construída em formato de cruz, está sediada numa praça arborizada.
Seu interior é bastante claro e ornamentado com cores claras, em tons pasteis, com imagens de anjos desenhadas sobre um altar também singelo. Uma cortina branca servia de fundo ao altar-mor.
O tempo urgia e nos fez deixar para trás a igreja e irmos conhecer um pouco mais da cidade e de sua famosa lagoa, com uma orla bem estruturada, formando uma praia de magnífica beleza. E não é que em Minas tem praia mesmo!!??
O contratempo ficou por conta da falta das imagens da referida lagoa, perdida em nossos equipamentos no momento da edição, razão pela qual a imagem que apresentamos da lagoa ao longo da matéria faz parte do site oficial da cidade.
E assim deixamos Lagoa da Prata por volta das 14h, seguindo nosso trajeto pelas belas terras mineiras.
VÍDEO TOUR EM LAGOA DA PRATA
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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sou filho de Euclides Duarte, e queria encontrar nossos parente, se alguém conhe-los fale conosco desde já obrigado.
Valeu pelo comentário. Meu sobrenome também é Duarte (Marcos Duarte), mas nunca morei em Lagoa da Prata. kkkkkkk