Letícia de Lima Silva é a nossa primeira entrevistada de 2015 e foi por nós abordada na cidade matogrossense de Três Lagoas. Aliás, todos por lá são muito bons de prosa e acessíveis aos visitantes. Os motociclistas não fogem a regra.
Num final de tarde escaldante encontramos Letícia, que saia do seu trabalho e corria para sua motocicleta, estacionada em frente a loja de calçado onde trabalha como vendedora, quase ao lado do Relógio Central da cidade, quando estávamos fazendo a matéria sobre a cidade de Três Lagoas
Pedimos sua atenção e ela foi pronta, decidida. Confidenciou-nos que pilota motocicletas há mais ou menos 8 anos, porém nunca saiu de Três Lagoas pilotando. Sempre que viaja vai de carro.
Seu contato com a motocicleta, entretanto, é diário, pois é com ela que vai ao trabalho, às compras, à escola, à igreja e em todo lugar onde precisa ir. “Não tenho como sair de casa sem a moto, só tenho ela”, confirmou para nós.
Pelo menos Letícia começou certo no mundo das duas rodas. Tão logo fez o financiamento de sua primeira moto tomou a iniciativa de se habilitar, já que no seu íntimo sabia que “não poderia andar sem habilitação”.
Quando perguntamos como é andar numa cidade repleta de motos e bicicletas por todos os lados a resposta foi pronta: “Andar em Três Lagoas é tranquilo, já estou acostumada, embora tenha um alto índice de acidentes”.
Essa afirmação de Letícia se deve ao que escuta pelas rádios locais e jornais, já que todo dia pessoas se esborracham pelo chão com suas motos.
Nossa entrevistada acha mais fácil andar de motocicleta do que de carro “é mais tranquilo, não tenho problemas com os carros, mas sim com os pedestres e ciclistas…”, mas não conclui o raciocínio.
Segundo Letícia nunca caiu pilotando uma motocicleta, mas já aconteceu quando estava na garupa. Confessa que o pequeno acidente, sem mais implicações, se deu por causa da quantidade de da terra na pista. “A moto escorregou”.
Letícia nos informou, ainda (embora nem precisasse), que não costuma usar equipamentos de segurança. “acho muito caro um capacete bom”. Complementa dizendo que o capacete que usa veio de presente quando comprou a moto.
Quando perguntamos sobre a viseira do capacete que usava, praticamente opaco de tão amarela e riscado, abriu um sorriso e disse: “É. Realmente está feia, acho que se a polícia pegar dá uma multinha”.
Mas no que se refere ao policiamento de rua na cidade, diz que os policiais “não estão pegando no pé com as viseiras, só com os chinelos (no caso das motos) e com o cinto de segurança (nos carros).
Mas pelo que percebemos Letícia não tem tanta certeza se realmente usar a viseira do capacete abaixada é obrigatório. Por via das dúvidas dá um suspiro e remata: “eu acho que sim”.
Salvo o pequeno incidente como garupa, Letícia diz nunca ter sofrido um acidente pilotando sua motocicleta, já que procura sempre andar devagar e com atenção a sinalização e aos demais veículos.
E isso de se sair bem no trânsito para ela é de suma importância. Embora não seja casada ela tem um filho pequeno que a espera todas as tardes e ela não pode faltar. Bonito isso.
Sua moto atual é uma Cub, uma Biz 125cc da qual não se separa por nada: “prefiro minha ‘bizinnha’. É minha segunda moto e é fácil de pilotar, leve e ainda tem um bagageiro que ajuda muito”.
De nossa parte só resta agradecer a Letícia por ter conversado conosco e passado, de forma simples e sincera, como é pilotar numa cidade onde as motocicletas são praticamente a extensão dos pés de seus moradores.
Esperamos que Letícia se aprimore na arte de pilotar e quem sabe, algum dia, poderemos ver nossa entrevistada curtindo sua pequena máquina em outras localidades.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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