O lugar é um dos mais lindos de Morretes: Estrada de Itupava, em frente a Ponte Velha e nas margens do Rio Nhundiaquara. Quer mais? Nos pés do Complexo do Marumbi. Simplesmente deslumbrante.
Estamos falando da Pousada Itupava, um recando encravado num dos “caminhos” mais tradicionais de Morretes, cujo nome também serviu à essa Pousada que nos hospedamos em nosso Projeto “De vulcan no Marumbi“.
Sua área total tem perto de um alqueire, dividido em duas partes pela estrada de terra que nos leva à vários lugares magníficos. A sede principal tem três pavimentos e é lá que vamos encontrar sua administração.
Outras cabanas, chalés e casas estão espalhadas pelo bosque muito bem cuidado. Algumas delas são construídas em madeiras e outras em alvenaria, de forma a agradar a todos os hóspedes
Uma das características desse lugar é o aproveitamento sistemático e inteligente de garrafas descartáveis de plástico ou vidro, que lá servem para conter as encostas do riacho que parte da propriedade, bem como para construir “pedras” e cascatas.
Isso mesmo. Ibraim, com mais de 80 anos de idade e ex-alpinista do Olimpo; bem como sua esposa de idade aproximada, cuidam quase que sozinhos e com bastante esmero do lugar. É ele o autor das façanhas das garrafas.
Com um emaranhado de Pets de refrigerantes e garrafas de cerveja descartáveis, monta uma estrutura interna que depois é coberto de argamassa de cimento, formando “pedras” de vários tipos e tamanhos, que se confundem com as naturais.
A fachada principal da pousada conta com uma cascata imensa, toda feita com essa técnica que, além de embelezar bastante o lugar, refresca o ambiente nos tempos de calor.
Visitamos Morretes em dias frios e chuvosos e fomos conduzidos pelo casal de proprietários para a “suíte principal”, como chamam eles. Na verdade era uma das suítes “de fundo”, mas que tem a vista mais linda que se possa esperar de Morretes: O Marumbi. É Deslumbrante ver o Complexo de montanhas exatamente a nossa frente, bem como os trilhos da Estrada de ferro Serra Verde Express, emoldurados pela floresta e pelas venezianas da nossa sacada.
Depois de providenciarmos, como sempre, a organização das tralhas e dos equipamentos eletrônicos, ligamos o aquecedor do quarto e tratamos de tomar um banho daqueles. Bem o merecíamos.
Só depois, já no final da tarde, saímos em busca do centro da cidade para cuidarmos dos nossos estômagos no Terra Nossa. A pousada, embora tenha um delicioso café da manhã, não serve refeições aos hóspedes.
A pousada costuma organizar belos passeios de bóia cross, que dispensamos por causa do frio, já que dispõe de todo o equipamento necessário para isso. Uma perua leva os candidatos quilômetros acima e estes são aguardados de volta, exatamente na porta da pousada.
Embora tenhamos ficados no prédio sede, não deixamos de visitar todas as dependências do lugar, e pudemos constatar o trabalho dedicado de seus proprietários, levando pessoalmente café da manhã em todos os chalés e cabanas.
Passamos algumas noites nesse admirável empreendimento familiar mas a volta se fez necessária. Deixamos a Pousada Itupava numa segunda-feira pela manhã. A princípio estava apenas frio, mas a chuva começou quando ligamos as motos.
Que fazer então? Para quem gosta da estrada nem há tanto problema assim. Desfizemos um pouco do que tínhamos preparados, colocamos nossas capas de chuva, e seguimos de volta para São Paulo, evidentemente pela Estrada da Graciosa.
Indo à Morretes não deixe de conhecer a Pousada Itupava, mesmo que não pretenda pernoitar por la. Passar alguns momentos agradáveis com seus proprietários já nos eleva o ânimo, graças a disposição de ambos ao trabalho.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte e Bruna Scavacini
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