Estando em Morretes faça como os morretenses, já que por lá não há quem não aprecie o famoso Barreado. Feito de forma tradicional ou requintado com as mais diversas guarnições, é sempre de dar água na boca.
Em nosso projeto De Vulcan no Marumbi, fomos em busca do melhor lugar para saborear essa iguaria típica de região: Encontramos o Restaurante Terra Nossa, que converge tudo que é de melhor por lá.
Num imenso prédio de dois andares, com jardins voltados para a entrada principal do centro velho de Morretes, ao lado da linda escola Municipal Miguel Schleder, está sediada uma das melhores casas gastronômicas da cidade, comandada pela família Robassa.
Luís Dilson, Maristela e seus três filhos redobram-se em várias atividades e não medem esforços para atender o cliente da melhor maneira possível. Entre as mesas do grande salão interno e o espaço avarandado, estão sempre a servir.
O Barreado normalmente é feito de carne bovina (lombo, paleta e peito); seu tempero é de toucinho, bacon, cebola, louro-verde, cominho e pimenta. Tudo isso fica cozinhando numa panela vedada por angu de farinha de mandioca (uma espécie de barro comestível) por 24 horas, tempo necessário para que a carne se desmanche.
Saborear o Barreado envolve todo um ritual, por isso é bom saber desses detalhes para não fazer feio por lá: Prepara-se um pirão com a farinha de mandioca e para verificar se está no ponto, vira-se o prato de cabeça para baixo. O pirão não deve desgrudar do prato. Então coloca-se um pouco de caldo por cima e degusta com a banana.
Para completar a tradição a laranja ou mexerica está aguardando ao lado, auxiliando na digestão. Outra solução é o licor de banana ou a cachaça de Morretes. Pronto, você já pode dizer que conhece Morretes.
A mesa já nos aguardava com muitas frutas. Como entrada: pãezinhos com patê de berinjela. A seguir trouxeram-nos o caldo de camarão com pupunha, maionese de aipim, arroz, filé de peixe e camarão a milanesa, e farinha de mandioca, finíssima como deve ser para o barreado.
Completando tudo isso uma cumbuca de barro “pelando” de quente, com o barreado dentro. Depois de tantas horas de fogo a carne simplesmente desmancha. O segredo é mistura-la muito quente com a farinha para que o barreado dê certo.
Tudo isso é feito na hora, na mesa, pelo próprio cliente. A boa notícia? Pode comer a vontade. Sempre que sua mesa ficar vazia eles repõem tudo. Faz parte da tradição da casa: “comer até não aguentar mais”.
Abusamos do Terra Nossa em todos os dias de nossa estadia. Quando não era no almoço era no jantar. Naquelas noites frias e úmidas da região, uma bela massa acompanhada de um bom vinho não pode ser deixado de lado. Depois? Uma boa noite de sono na Pousada Itupava.
Com as motos sempre bem seguras no estacionamento do Terra Nossa, curtimos a pé toda a região central da cidade, visitando o casario colonial ao lado do Nhundiaquara; as ruazinhas estreitas em paralelepípedos; e a feirinha de produtos da terra.
Viajando para Morretes, não deixe de conhecer o Terra Nossa, mas certifique-se antes do cardápio e faça sua reserva com antecipação. Nos feriados e finais de semana é um pouco difícil disputar uma mesa por lá.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte e Bruna Scavacini
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