Até quando viveremos esse clima de guerra, de abusos e de desrespeito em nossas estradas? Como se isso não bastasse, muitos dos que perdem a vida nas estradas estavam corretos, tendo sido vítima dos primeiros.
Recentemente vimos nas redes sociais um vídeo com um sujeito nervoso, gesticulando e xingando todos os “motoqueiros” e seus familiares, prometendo comemorar com a morte de algum deles no trânsito, etc...
No dia seguinte também vimos esse mesmo sujeito num outro vídeo, desta vez chorando de arrependimento pelo que disse, não só pelo medo de alguma represália, mas por sinceridade das “bobagens” que tinha falado.
Esse é o top da intolerância no trânsito e não estamos aqui para defender os “motoqueiros”, os “motociclistas” os “bikers”, os “motoneteiros”, os “trikers”, os motoristas, os ciclistas ou mesmo os pedestres.
Nosso trânsito é caótico, mas no oriente médio também o é, muito mais que por aqui. O diferencial? O predominante respeito, sangue frio, educação e, principalmente conscientização são decisivos nessas horas.
Ninguém aqui desconhece a fúria de um “motoboy” no trânsito em qualquer hora do dia; a voracidade de muitos “jaspions” nas auto-estradas; e, ainda, a violência ou arrogância de alguns membros de MCs.
Mas todos esses pilotos tem suas famílias, que não podem responder por suas atitudes. Muitos são casados e tem filhos, netos, cônjuges, etc; outros tem pais e parentes que também lhe são caros. Não raro um desses pilotam.
No entanto é preciso ponderamos essas situações e o protagonista do referido vídeo realmente abusou das ofensas e da forma que foram pronunciadas. Resultado: Corre sério risco de vida. E mais: nem mesmo a família tem escapado das ameaças.
Com quase toda a certeza ele estava muito “indignado” com alguma situação que envolveu a ele próprio e algum condutor de motocicleta na capital federal. As ofensas foram fortes.
Que fazer para solucionar o problema? Esse assunto é dos mais sérios e as possíveis investidas vingativas contra o rapaz podem ensejar, por outro lado, novas investidas por parte daqueles que continuam odiando as motos e seus condutores.
Onde iremos parar então? Estamos cansados de tentarmos passar ao mundo que nós, os usuários de motocicletas, não somos seres alheios a humanidade; que somos pessoas como as outras; que nossa opção pelo veículo não nos tornam marginais, etc.
Mas a repercussão negativa por boa parte dos “ofendidos” das duas rodas pode gerar uma indireta situação insustentável para todos nós, que temos a motocicleta por nosso veículo predileto.
Se somos realmente o que dizemos que somos, uma pretensa vingança chancelaria tudo que o sujeito falou no primeiro vídeo. Será mesmo que nunca erramos? Será que nunca “fechamos” algum automóvel na rua? Será que nunca abusamos das calçadas, canteiros, estacionamentos, etc?
A maior prova de que o rapaz estava errado em suas assertivas é mostrar à ele exatamente o contrário do que pensa a nosso respeito. Quem sabe convidá-lo para alguns encontros ou passeios com motociclistas, etc.
A harmonia do trânsito vem justamente disso: transformar aqueles que se acham nossos “inimigos” em amigos. O perdão é a mais elevada das nossas virtudes.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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Esses dias um bitrem me fechou, eu estava de moto, jogou a carreta em cima de mim na esquerda sem dar ceta nem nada, depois parou no farol, eu jesticulei com o braço, ele desceu da carreta com um porrete na mão pra me bater, tive q cortar o sinal…..um cara desse nem podia estar no comando de uma carreta dessas…