28/07/2018
Um passeio mágico num dos mais belos e conservados parques de todo o mundo: O Parque Nacional da Serra do Cipó, em Minas Gerais.
A Serra do Cipó faz parte da Serra do Espinhaço e é ponto obrigatório para os aventureiros de plantão que se enxameiam por terras mineiras, e fica a menos de 90km de Belo Horizonte.
Dividida ao meio pela MG-010, o Parque é administrado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), nele contendo uma das maiores diversidades de flora e fauna do mundo.
O Parque também faz parte do Caminho dos Diamantes, trecho da Estrada Real que ligava Diamantina a Ouro Preto, no tempo do Brasil colônia.
A Serra do Cipó concentra muitas cachoeiras, trilhas e sítios arqueológicos que podem ser visitadas durante o ano todo. As mais famosas são a Cachoeira Grande e o Véu de Noiva, a primeira delas bem próximo da portaria, ao lado da MG-010.
DISTRITO SERRA DO CIPÓ
A pequena comunidade fixada ao lado das cachoeiras formadas pelo Rio Cipó tem uma boa infraestrutura para o visitante. Com vários pontos para refeições e pousadas das mais diversas, o turista pode ter conforto bem próximo do Parque e das cachoeiras.
Como tem se alastrado por lá vários “condomínios”, esperamos que haja maior fiscalização do poder público para que tais maravilhas não se degradem pela mão do homem.
O Parque tem dois acessos pouco antes do Distrito de Serra do Cipó, exatamente ao lado do Rio Cipó, quando esse cruza com a MG-010: Uma pela margem direita e a outra pela margem esquerda do rio.
Atualmente não está sendo cobrado ingresso para adentrar no parque, mas é bom examinar com cuidado esses e outros itens no site oficial do ICMBio, antes de se aventurar pelo Cipó. http://www.icmbio.gov.br/parnaserradocipo/
Como nosso tempo era curto não pudemos exagerar na visita e ficamos nas proximidades da portaria norte, indo somente até a Cachoeira Grande.
Como o espetáculo era imperdível, já estamos arrumando meios para ficarmos alguns dias na região e explorar o lugar como se deve.
Deixando para trás tanta beleza seguimos nossa jornada rumo a Diamantina, percorrendo ainda por muito tempo a Serra do Cipó.
JUQUINNHA
Retomando nosso rumo pela MG-010 morro acima, logo vamos encontrar no trecho de serra o asfalto substituído pelos mini blocos de cimento intertravados.
Vários mirantes nos permitem uma visão magnífica de toda região, sempre coberta de um verde viçoso que teima em nascer entre as rochas do “Espinhaço”.
Já no alto da serra o aventureiro fatalmente parará seu veículo junto a um desses mirantes e, se não suspeitar ou não tiver conhecimento prévio, perderá uma visita ao monumento Juquinha, uma imagem feita em cimento com 3m de altura e entranhado no meio do mato, sem mais e sem menos.
E assim deveria ser mesmo, pois a estátua em tamanho gigante foi feita em homenagem a Juquinha, na verdade José Patrício, eremita que vivia naquela mata como se fosse um bicho e que morreu em 1983.
Sabe-se que ele morava entre as rochas da serra e ficou famoso pela sua gentileza. Sempre trazia aos turistas flores colhidas na serra e recebia em troca alimentos ou outras ajudas quaisquer.
Como todo eremita que se preze, Juquinha também foi alvo de muitas lendas, dentre elas que ele comia escorpiões e que já tinha sido picado por cobras por mais de 100 vezes.
Contam, ainda, que ele era portador de doença que fez as pessoas acreditarem que tinha morrido, mas que acabou acordando dentro do caixão, em seu próprio velório.
Da mesma forma que aconteceu com Chico Taquara, em São Thomé das Letras, à Juquinha também foi creditado os títulos de mago, alienígena, etc.
Sempre encontrado na beira da estrada, Juquinha encantou a muita gente e a estátua dele foi feita por uma artista plástica que o conheceu pessoalmente, quando morou na região.
Embora o monumento seja de difícil visualização por quem está na estrada, é certo que muitas pessoas descem até ela para recordar do eremita; para colher imagens; ou por mera curiosidade. O pior é saber que ainda tem aqueles que vão até lá para picha-la e deteriora-la. Uma pena.
ASSISTA AO VÍDEO DESSE PERCURSO
Com o tempo passando depressa num paraíso daqueles, não demoramos muito por lá e colocamos nossa motocicleta mais uma vez na estrada, rumo ao desafio final daquele dia.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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Olá Boa noite !! Adoroo os vidéos de vcs ! obgda por deixar a História pra gente tbm bom a gente saber
Olá Ana Maria. É um grande prazer saber que alguém gosta de nosso trabalho. Agradecemos por acompanhar nossas matérias, onde sempre apresentamos um vídeo e muitas fotos, que podem ser vistas no link que colocamos em todas as nossas publicações.