21/04/2018
Uma visita nas ruínas do aqueduto feito de pedras nos idos 1792 é um passeio quase que obrigatório aos aventureiros que viajam por essa região das Minas Gerais. Aproveite para conhecer uma das grandes maravilhas da Estrada Real, encravada no sopé da Serra do Caraça.
Neste passeio fomos conhecer as ruínas do Bicame de Pedra, nas cercanias da cidade de Catas Altas e aos pés da Serra do Caraça. Nos dias de hoje restam menos de 200 metros desse legado da nossa história.
A construção fica a 12km da cidade de Catas Altas e é considerado uma das 21 maravilhas da Estrada Real.
Partimos de Catas Altas em direção de Santa Bárbara e Barão de Cocais, rodando 7km até pegarmos um atalho de terra batida por mais 5km. É bom redobrar o cuidado nesse último percurso, já que há trafego intenso de caminhões de mineradoras no local.
O monumento é ínfima parte da construção original que ainda se destaca em pé, de um aqueduto construído por volta de 1792 com pedras sobrepostas. A muralha tem uma altura máxima de 5m e uma largura aproximada de 1,2m.
O objetivo era captar água das nascentes que brotam da Serra do Caraça para transporta-la até a localidade de Brumado.
ASSISTA AO VÍDEO
Aos desavisados é bom lembrar que a finalidade de tal obra de arquitetura não era minimizar a sede da população, mas para fazer a lavagem de minérios nas minas onde o ouro era extraído.
No trecho principal da construção nota-se uma pequena passagem feita caprichosamente com pedras em arco, sustentadas entre si pelo próprio peso.
Com o projeto de preservação dessa construção histórica é possível que o visitante tenha que parar uns cem metros longe da “grande muralha” de pedras e caminhar a pé até ela.
Embora seja uma obra de rara beleza, há poucas informações sobre sua construção e uso, e nem mesmo a Secretaria de Cultura de Catas Altas, onde está sediado o monumento, soube acrescentar informações àquelas básicas encontradas na internet.
Quando lá estivemos o local estava ermo, o que nos permitiu trafegar com nossa motocicleta pelo arco da muralha de pedra e até mesmo nos atrevendo a subir até seu topo, por uma escada de pedra embutida na construção original.
O cuidado aí também deve ser redobrado, principalmente se o aventureiro tentar subir no alto da muralha sozinho. Há uma grande distância entre os degraus (com um deles quebrado) e não há corrimão.
Lá do alto é possível ver todo o maciço do Caraça no seu tom verde azulado, contrastando com o céu azul claro. Mas também é possível ver o vai-e-vem dos caminhões das mineradoras que fuçam o solo de toda a região, muitas vezes passando ligeiro rente a muralha.
Ficamos por lá algum tempo apreciando tudo aquilo, embevecido com a grandeza da natureza que o homem, como pequena formiga, vai destruindo minuto a minuto.
Ao amigo leitor fica o convite para que não deixe de visitar mais esse marco histórico, não só como acréscimo de cultura pessoal, mas para mostrar que estamos de olho naquilo que muitos querem destruir.
Gostou da matéria? faça um comentário e envie-a aos seus amigos.
Não gostou? envie-nos suas críticas ou sugestões, estaremos prontos para atende-los.
CLIQUE AQUI PARA VER MAIS FOTOS
CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
conheça também:
Fontes:
Prefeitura Municipal de Catas Altas
Secretaria Municipal de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer
CAT=Centro de Atendimento ao Turista = Jean Phillipi
Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais
Senac Minas Gerais – Descubra Minas
Histórias de nossas histórias
Ótimo artigo sobre o Bicame de Pedra.
Agradecemos a divulgação.