12/12/2019
Piquete é a cidade da vez em nosso City Tour. Encravada no sopé da Serra da Mantiqueira, na microrregião de Guaratinguetá, tem aproximadamente 15mil habitantes e é rota paulista da Estrada Real.
COMO CHEGAR
Para o aventureiro que partir da capital paulista, quase todo o percurso será pela Via Dutra (ou Carvalho Pinto para quem preferir), num percurso de 190km até a cidade de Lorena, e depois por mais 17km até Piquete. Ao todo serão 207km de boas estradas.
O carioca que partir da cidade do Rio de Janeiro também rodará pela Via Dutra (BR-116), porém em sentido inverso. O primeiro percurso será igualmente até a cidade de Lorena, num trajeto de 250km. Daí em diante serão mais 17km como narrado acima.
Já o mineiro que partir de Belô terá um caminho bem maior para percorrer (510km). A princípio rodará pela Rod. Fernão Dias, por cerca de 390km, até chegar na cidade de Pouso Alegre, e só a partir daí deverá derivar pela BR-459 para chegar até Piquete, num percurso de 120km.
RUMO À PIQUETE
Para quem partir de outras localidades o melhor à fazer será mesmo consultar um bom guia rodoviário, levando em consideração as capitais acima.
HISTÓRIA
O início das atividades populacionais da cidade se deu em novembro de 1764, com a chegada de bandeirantes na região em busca de ouro e pedras preciosas.
A localidade, por estar na rota dos tropeiros que iam e vinham para as “Gerais”, foi se despontando de pouco a pouco, fornecendo pouso para tropeiros e viajantes que passavam por lá.
A princípio Piquete era pouco mais que um bairro, tendo sido elevada à condição de vila apenas em 1891; e à condição de cidade emancipada, em 1915.
Foi justamente em 1906, com a instalação de uma fábrica de explosivos e a inauguração da estação ferroviária, que a cidade teve seu progresso alavancado.
TURISMO
Para os adeptos dos esportes de aventura, principalmente para os praticantes de Trekking, escaladas, camping selvagem e outras aventuras entre montanhas, vales e cachoeiras, o Pico dos Marins, com 2.420m de altitude é referência nacional.
Mas, se o Pico dos Marins é o ponto culminante da Serra da Mantiqueira, outros picos menores, que também estão nos limites da cidade, não deixam por menos.
São eles: Pico dos Marins, 2420,7m; Pico do Ataque, 2030m; Pico Alto Lavrinhas, 1946m; Pico do Cabrito, 1817m; Pico Focinho do Cão,1767m; e Pico Meia Lua, 1720m
Mas não só o aventureiro radical encontrará afazeres por lá. Para aqueles que buscam descanso e tranquilidade, o que não faltará será: ar puro, trilhas, banhos de cachoeiras e piscinas naturais, caminhadas e visitas históricas às fazendas da região, quiçá experimentando boa comida tropeira.
A CIDADE
A pequena cidade pode ser vista do alto, por quem chega à ela partindo de Itajubá, como foi nosso caso. Alguns mirantes oficiais e muitos outros improvisados descortinam a cidade ao longe, para impressionar nossas retinas.
O suntuoso Pórtico de entrada para a cidade, ostentando a tradicional placa da Estrada Real, faceia a BR-459 dando boas-vindas aos viajantes e convidando-os à se demorarem por lá, conhecendo um pouco de sua beleza e de sua história.
Suas ruas mais tradicionais são todas calçadas em paralelepípedos e as demais em blocos sextavados de cimento, mantendo a originalidade dos velhos tempos.
O casario de seus primeiros tempos quase não existe mais, porém, o ar de nostalgia dos primeiros anos do século 20 predominam em cada rua, em cada esquina.
Um pequeno riacho corta a cidade de forma longitudinal, dividindo-a em dois flancos.
RODANDO EM PIQUETE
Do lado “além rio” vamos encontrar a bonita e bem conservada estação de trem, que foi o estopim do progresso local.
Já “do lado de cá” do riacho vamos encontrar o centro histórico da cidade, com seu acanhado comércio, suas ruas calmas e suas casas singelas.
MATRIZ DE SÃO MIGUEL
A igreja Matriz de São Miguel Arcanjo destaca-se na arquitetura local e pode ser vista do alto da serra, antes mesmo de chegarmos na cidade.
Construída recentemente, tem suas linhas simétricas trabalhadas em concreto armado e com muitos vitrais, o que confere muita luminosidade à sua nave principal.
A forma predominante da construção lembra uma barraca canadense, mantendo a torre principal destacada do templo.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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