29/09/2018
De volta ao Estado do Paraná, para mais uma matéria da coluna City Tour, desta vez a cidade escolhida foi a inusitada Porto Amazonas e você vai perceber rapidinho esse motivo. Vamos ver?
COMO CHEGAR
Porto Amazonas está praticamente encostada com a capital paranaense, dela distando menos de 80km, que podem ser percorridos inicialmente pela BR-376, em direção de Campo Largo, e depois pela BR-277 e PR-427, até lá.
Já para quem parte de São Paulo o melhor caminho é mesmo a BR-116 até Curitiba e o resto do percurso como descrito acima. O total a ser percorrido nesse caso será de 520km.
HISTÓRIA
A cidade teve sua origem no local onde fora antigamente o curral Caiacanga, nas margens do Rio Iguaçu, que era uma rota hidroviária natural aberta para o oeste do Estado.
Porto de Nossa Conceição do Caiacanga foi o primitivo nome do município e era considerado, na época, o primeiro local propício para um porto, junto às margens direita do Rio Iguaçu e após suas últimas cachoeiras.
A navegação por lá iniciou-se em 1891 com o coronel Amazonas Marcondes, que conseguiu com o imperador D. Pedro II autorização para estabelecer uma Cia. de Navegação até União da Vitória, na divisa com Santa Catarina.
O primeiro navio a singrar aquelas águas pela nova companhia, foi o Vapor Cruzeiro que, em dezembro de 1882 demorou dois dias e meio para completar o percurso.
Porto Amazonas foi elevado a categoria de cidade emancipada somente em 10/10/1947, desmembrada da cidade vizinha de Palmeira, da qual foi Distrito por muito tempo.
No entanto, as mudanças mais profundas na cidade ocorreram nos derradeiros anos do século 19, e primeiros anos do século 20, com a implantação da Ferrovia no município.
A princípio retardada por causa da proclamação da república no Brasil, ainda no final daquele século seus trilhos se estendiam até Porto Amazonas, trazendo o ápice do progresso nos anos 1940/1950, porém, encerrando suas atividades nos anos 70.
A CIDADE
Não há como não se surpreender quando se chega ao centro da cidade e se depara com uma réplica de um “Barco a Vapor” de cimento armado em plena praça pública, “navegando” num ínfimo espaço de um chafariz.
Mais perplexo, ainda, fica o visitante quando descobre que aquela obra arquitetônica inusitada nada mais é do que a sede da administração pública local (Prefeitura), construída em 1986 para homenagear as atividades que deram origem ao município.
Para melhor poder observar o exótico edifício, tivemos que contorna-lo algumas vezes, pois parecia-nos incrível ser verdade o que víamos, ou estávamos distorcendo nosso senso de observação.
Predominam em Porto Amazonas os edifícios térreos, com raras exceções para os assobradados. O comércio local é bastante acanhado, suprido em suas necessidades mais específicas pelas cidades vizinhas de Palmeira e Lapa.
Há uma nítida divisão do centro urbano em duas áreas distintas e, ao que pudemos perceber, tratam-se das partes mais antigas e mais novas de lá.
Cuidamos de visitar um pouco de cada uma dessas áreas e não descuidamos de visitar o famoso Porto de “Caiacanga”, ou “portinho” como é chamado pelos porto-amazonenses. O local atrai não só turistas, mas é um dos points de Porto Amazonas.
Com uma estrutura extremamente frágil e simples, pessoas vão até lá para pescarem, fazerem pic-nic e até para atividades musicais como shows, etc. Um barzinho improvisado serve aos fregueses refrigerantes, cervejas, aperitivos e salgadinhos industrializados. O que tiver a mais nessa relação é luxo.
Paramos nossa motocicleta a beira das poucas águas do Rio que no final do seu percurso desencadeará uma das paisagens mais lindas do mundo: “As cataratas de foz do Iguaçu”, na fronteira com o Paraguai e a Argentina.
Ficamos ali por algum tempo, bebericando um refrigerante e olhando sossegadamente as águas do Iguaçu deslizarem-se tranquilamente a nossa frente, imaginando todo seu percurso, desde seu nascedouro, na área urbana de Curitiba, até seu encontro com as águas do Rio Paraná.
De volta a cidade adentramos numa graciosa pracinha sem nome, que nos atrevemos de chama-la de “Praça do Moinho”. Está localizada em lugar totalmente ermo, sem qualquer indicativo de sua existência, embora seja de rara beleza e conservação.
Num dos cantos dessa pracinha descobrimos um caminho “secreto” sob uma das vias da cidade, que nos levou-nos a um outro bairro ainda sem pavimentação, frustrando-nos a expectativa pelo desconhecido.
Rodando depois disso pelas ruas calmas e tranquilas da cidade, pudemos reparar a simplicidade das atividades laborais dos munícipes, tanto que que a própria funerária tem suas atividades práticas literalmente na beira da calçada.
O tempo urgia e depois dessa visita deixamos Porto Amazonas em direção de Curitiba, para dali retornarmos à capital paulista.
VÍDEO PASSEIO EM PORTO AMAZONAS
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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