21/06/2021
A pequena e atraente Sengés, na divisa entre os estados do Paraná com São Paulo e na altura da cidade paulista de Itararé, é a matéria especial desta edição do City Tour. Vamos ver?
HISTÓRIA
Localizada no antigo Caminho de Sorocaba, por onde circulava gado e outros produtos entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, foi fundada em meados do século 18.
Seus fundadores pioneiros vieram em busca das riquezas naturais da região, formando lavoras de subsistência até a formação do povoado e as primeiras casas de comércio.
O comecinho do século 20 foi de crucial importância para a localidade, já que lá foi instalada uma estação da Estrada de Ferro que faria o mesmo percurso dos tropeiros de então, afluindo para lá novas levas de moradores.
Esse período foi chamado por lá de “ciclo da madeira”, onde imensas reservas de araucária, árvore símbolo do estado, foram exploradas à exaustão, devastando-se os pinheirais já que a legislação da época assim permitia.
RODANDO EM SENGÉS
Pertencendo ainda ao município de Jaguariaíva, do qual só se emancipou em março de 1934, teve seu nome originado do engenheiro Gastão Sengés, que construiu aquele trecho da Ferrovia São Paulo-Rio Grande. Sua população atual beira aos 20mil habitantes, distribuídos entre as áreas urbana e rural da cidade.
A CIDADE
Sengés é cortada ao meio pela PR-151, estando o centro administrativo no lado sul da rodovia e outros bairros do lado oposto.
Da mesma forma a cidade é cortada ao meio, mas de forma transversal e sinuosa, pelo Rio Jaguaricatú (rio das onças em língua Tupi).
Por falar em rios, esses não faltam e estão em abundância na área territorial da cidade, responsáveis pelo clima agradável e um sem-número de desafios radicais aos aventureiros de plantão.
São eles: Rio Jaguaricatú, Rio Jaguariaíva, Rio Itararé, Rio Cajuru e Ribeirão da Égua Morta, Rio Pelame, Rio Funil, Rio dos Bugres, Rio Tucunduva, Rio Lajeado Grande, Rio Claro, Rio do Mosquito e Rio Alegre.
A economia do município continua girando em torno da agricultura e mais recentemente da indústria madeireira, com um polo de exportação de lâminas e compensados que traz benefícios e um ar carregado para os moradores.
Como o centro urbano de Sengés fica em área relativamente baixa, ao nível do Rio Jaguaricatú, em tempos de poucos ventos fica toda impregnada pela fumaça da empresa madeireira, que fica na parte alta da cidade, fumegando dia e noite.
A situação chega a ser tão crítica, pelo menos para nós que passamos pela região várias vezes durante o ano, que a visibilidade e a irritação em nossos olhos são constantes nessas épocas, sem contar que a fumaça enegrece o dia, dependendo da orientação dos ventos.
A realidade dessa afirmação pode ser reconhecida até pelos satélites, conforme mostra essa imagem do Google Earth.
Se precisar abastecer seu veículo o único posto de combustíveis existente na cidade fica nas margens da rodovia. Não há postos na região urbana, pelo menos até nossa última viagem, no mês de fevereiro de 2021.
IGREJA MATRIZ
A majestosa Igreja Matriz de Cristo Rei Redentor do Homem, toda em estilo ultramoderno e torre central em forma de agulha, foi inaugurada em 1983.
A denominação “torre central” deve ser entendida ao pé da letra, literalmente, posto que o templo tem o formato de uma tenda e a torre fica exatamente no centro de tudo.
Cheia de belos vitrais, tem a capacidade para 600 pessoas sentadas e é ponto turístico bastante visitado na cidade.
TURISMO
Atrações naturais é o que não faltam por lá. Encerrada em região do cânion que parte de Itapeva, em São Paulo e vai até Ponta Grossa, no Paraná, desfiladeiros, corredeiras e cachoeiras existem em abundância.
A mais conhecida e famosa é a do Corisco, que tem a maior queda d’água da região, com 106 metros.
Ela se precipita a partir de uma grande planície, jorrando suas águas num poço do rio Itararé, na divisa entre São Paulo e Paraná.
Não há acesso para a cachoeira, já que está em área particular, mas há um bonito mirante de onde se pode contemplar toda sua beleza.
Para se chegar até o mirante é necessário consultar agencias especializadas em aventuras ou a secretaria de turismo de Sengés.
Muitas outras cachoeiras são destaques por lá, como a da “Erva doce”, “dos veadinhos”, “do sobradinho, “do postinho” etc.
Outro ponto de destaque é o cânion do Rio Jaguaricatú. Formado por grandes paredões areníticos, com alturas que variam ente oitenta e cem metros, o complexo natural chega a se unir ao cânion de Guartelá, formando uma cadeia de grandes paredões.
COMO CHEGAR
Para o aventureiro que partir de Curitiba o percurso será de 270km, iniciando pela BR-376, até Ponta Grossa, seguindo então pela PR-151, até a cidade.
Para os visitantes que partirem da capital paulista o percurso será de 360km, que poderá ser feito pela Rod. Raposo Tavares, até Itapetininga, seguindo então pela BR-373, até Capão Bonito e o restante pela SP-258.
Para turistas de outras localidades o ideal é a orientação a partir de um bom guia rodoviário, já que são muitos os caminhos para se chegar em Sengés.
Se você já conhece a região, tem alguma crítica ou sugestão para fazer, envie-nos um comentário a respeito. Será muito útil para nós.
Todas as fotos da matéria podem ser vistas aqui CLIQUE AQUI
EDITORIAL
PORTAL AVENTURAS é um veículo de comunicação de aventureiros e aventuras de todos os tipos, no ar,
no mar e na terra, abordando os assuntos com seriedade e profissionalismo.
Jornalista responsável: Marcos Duarte – MTB 77539/SP
Contato: contato_pdm@portaldmoto.com.br
Whats app: (11) 9-9562-7935 ACESSE TAMBÉM