08/03/2019
Rodar entre os paredões da Serra do Corvo Branco talvez seja a aventura que todos desejam fazer, mas que poucos tem coragem de enfrentar, por causa de suas curvas fechadas, seus precipícios imensos e seus perigos constantes.
COMO CHEGAR
Como mencionado na matéria que fizemos na Serra do Rio do Rastro, a primeira escolha do visitante será por onde deseja chegar até ela. Se “por cima” ou se “por baixo”.
Descendo a serra
O aventureiro que quiser descer a serra deve o fazer pela cidade de Urubici/SC. Para isso, se partir de Porto Alegre terá como melhor opção a BR-116, até a cidade de Lages/SC, num percurso aproximado de 350km, e depois rumo a Urubici pelas BR-282 e SC-110, por mais 110km.
Para aquele que partir de Florianópolis a melhor opção será seguir pela BR-101 até Palhoça, e dali derivar montanha acima pela BR-282, até imediações de Bom Retiro. Depois é só seguir pela SC-110. Serão ao todo 175km.
Estando em Urubici não tem como errar. O aventureiro deverá seguir pelo trecho urbano da SC-370 e rodar cerca de 27km até a “garganta” da Serra do Corvo Branco.
Subindo a serra
Para quem partir de Porto Alegre rodará 370km para chegar em Grão Pará, no sopé da serra. O trecho inicial mais indicado é pela Freeway (BR-290). Serão 100km até a cidade de Osório e mais 220km pela BR-101, até a cidade catarinense de Tubarão.
Dali até Grão Pará serão mais 50km, metade deles à ser rodados pela SC-370, até Gravatal, e a outra metade pela BR-475, passando por Braço do Norte.
Já o catarinense que parta de Florianópolis terá várias opções de trajetos. O mais rápido, embora mais longo (190km), poderá ser feito pela BR-101, até a cidade de Tubarão, e o resto como narrado anteriormente.
Mas poderá também seguir serra acima a partir da cidade de Palhoça, devendo então rodar pela BR-282, até Santo Amaro da Imperatriz, e depois pela SC-435, passando por José Bonifácio, Rio Fortuna e Braço do Norte. O total à ser percorrido nessa hipótese será de 158km.
Para os demais aventureiros que desejem chegar à Grão Pará a melhor opção será seguir viagem levando em conta as duas capitais mencionadas.
A SERRA
A Serra do Corvo Branco faz parte da Serra Geral, que abrange as Serras Catarinense e Gaúcha. Vem desde o Paraguai e avança até o Uruguai e a Argentina, conforme narramos na matéria sobre o Morro da Igreja.
Pelo meio dessa serra passa a rodovia SC-370 (antiga SC-439), num trecho de aproximadamente 60km entre as cidades de Urubici, a 915m acima do nível do mar, e Grão Pará, a 110m de altitude, contornando todo o Parque Nacional de São Joaquim.
O ponto mais procurado da serra, e que foi o objeto da nossa aventura, está todo dentro do território da cidade de Grão Pará, numa diferença de altitude de 805m entre a cabeceira e o sopé da serra.
Seu nome origina-se da ave de rapina chamada Urubu-rei, de pelagem branca, que muitos conhecem vulgarmente por corvo em várias partes do país. É a rota mais antiga de ligação entre o litoral catarinense e o interior do estado.
O ponto mais característico e que atrai milhares de turistas em todas as épocas do ano é a “garganta” cortada na rocha, com paredões de 90m de cada lado.
Segundo consta, o corte seccionou uma rocha arenítica com inclinação leste-oeste, parte do aquífero Guarani, razão pela qual um de seus lados é úmido e o outro seco.
Nesse ponto há o mirante mais alto do Corvo Branco, logo após a “garganta”, onde é possível ver todo o trajeto a ser percorrido serra abaixo, com possibilidade de vista do mar em dias claros, se olharmos na direção da cidade de Laguna/SC.
Esse trecho de descida/subida da serra já foi descrito como “o mais temível do Brasil”, título esse que ainda poderá ser usado pelo menos até que as obras de recuperação terminem, já que estão paradas há muito tempo.
RUMO AO CORVO BRANCO
Chegar na “garganta” do Corvo Branco pela parte alta é uma aventura a parte e deve ser bastante considerada, principalmente pelos aventureiros de primeira viagem, aqueles que ainda não dominam com perfeição sua motocicleta ou automóvel.
É de aproximadamente 27km a distância que liga a “garganta” do Corvo Branco até a cidade de Urubici e muitos aproveitam o trajeto para também conhecerem o Morro da Igreja e a Pedra Furada, como nós mesmos o fizemos.
No entanto, antes de concluir toda essa empreitada é bom o aventureiro ter plena consciência do trajeto a ser singrado e de suas reais habilidades no comando da máquina, não se empolgando demais para mostrar um “machismo” sem propósito que poderá custar-lhe até a vida.
Bom senso, prudência, paciência, técnica, conhecimentos da máquina e falta de pressa são requisitos mais que necessários para que não haja dissabores na empreitada.
Se você ainda não domina sua máquina como deveria, não queira “fazer bonito” para os companheiros de viagem. Não vale a pena.
Partimos do Morro da Igreja para descer a Serra do Corvo Branco por volta das 15:30h, sob o rigoroso inverno do mês de agosto. O sol já ia alto nessa época do ano, mas tocávamos nossa Transalp 700 com bastante entusiasmo no asfalto primoroso da SC-370.
Alguns km rodados e percebemos um irmão motociclista no lado oposto da pista, com a moto parada e lendo o manual de instruções. Não pensamos duas vezes e demos meia volta imediatamente, mesmo que tivéssemos que abortar a viagem pelo Corvo Branco naquele dia.
O rapaz estava desolado na sua impecável GS-800F, pois não sabia como tirar o pneu dianteiro que estava furado. Tentamos ajudar mas ele nos contou que seus companheiros de viagem já tinham ido até Urubici buscar um borracheiro!!!
Estranhamos, pois certamente poderiam levar o pneu danificado e voltar com ele restaurado em pouco tempo. Mas percebemos que ninguém ali saberia fazer isso.
Por essa razão que reforçamos o conselho para que usem o bom senso, sempre.
Dispensados pelo motociclista, que aguardaria com ares de felicidade seus companheiros, seguimos nosso roteiro original imprimindo mais velocidade na moto, para compensar o tempo parado.
Mais alguns kms à frente a impecável SC-370 simplesmente desapareceu, transformada numa estradinha de sítio que subia e descia entre buracos, cascalhos e muita poeira.
Esse é o primeiro martírio para os que desejam conhecer o Corvo Branco com veículos baixos ou com motocicletas speed ou custom. Porém, com as devidas cautelas pode-se chegar até a “garganta” com qualquer tipo de veículo.
Comprovando tudo isso encontramos nesse terrão um “komboio” com várias peruas Kombi novas e antigas do grupo SÓ TRALHAS, subindo a serra desde Grão Pará e mostrando que tudo é possível, quando se conhece o equipamento que tem e sabe usá-lo.
Apesar da pressa em transpor o Corvo Branco sob a luz do dia, tivemos que parar nossa motocicleta no meio do nada para fotografar a lua cheia em nossa frente, contrastando com o céu de um azul fantástico.
Rodando entre as curvas daqui, os buracos dali e as subidas de acolá, encontramos vários motociclistas em sentido contrário, retornando da “garganta” do Corvo Branco.
A primeira imagem dessa “garganta” marca forte e pode ser vista depois da última curva em terra brava. Trata-se da imensa rocha partida ao meio, com 90m de paredões em cada um dos lados e asfaltada somente nesse lugar.
Um vendedor ambulante de refrigerantes e salgadinhos fez com que pudéssemos avaliar a quantidade de pessoas que costumavam ir até aquele ponto, a esmagadora maioria apenas para tirar uma foto (ou selfie) e retornar.
Entramos na jogada e fomos fotografar e sermos fotografados com muitos motociclistas que ali estavam, mas que retornariam sem descer a serra, depois da posarem para a foto testemunha de suas façanhas pelo Corvo Branco.
Conversando com Adilson, o vendedor ambulante, ele nos disse que o movimento é intenso o dia todo nos finais de semana, mas que pouquíssimos se aventuram a descer ou subir o Corvo Branco, a não ser os moradores das duas cidades que são ligadas pela serra e que fazem isso constantemente, ou alguns grupos de carros e motos, de vez em quando.
Se é verdade que estando em Roma devemos fazer o mesmo que os romanos, estando no Corvo Branco tínhamos que fazer como os turistas. E tome foto na “garganta”… e tome foto no mirante.
Depois de muita conversa com os visitantes daquele lugar inusitado, deixamos definitivamente o alto da Serra para deslizar montanha abaixo. No início dessa empreitada fomos acompanhados apenas por um corajoso e solitário ciclista, mas que disparou na frente minutos depois.
RUMO A “GARGANTA” DO CORVO BRANCO
DESCENDO A SERRA
Se as paisagens cênicas da Serra do Rio dos Rastro impressionam, quer por sua exuberância natural, quer pelos feitos pela mão do homem com seus muitos mirantes e monumentos, ou, quer ainda, pela segurança, iluminação noturna e infraestrutura para o turista, no Corvo Branco não há nada disso. Exatamente nada.
Nem asfalto, nem mureta de proteção, nem guard-rail, nem iluminação e, em alguns lugares, quase nem mesmo pista, já que tínhamos que nos espremer em meia faixa entre o abismo e os paredões rochosos.
Mesmo com a réstia de luz do fim do dia que ainda iluminava o céu azul, a descida da serra foi bastante escura, já que essa luz do fim do dia não chegava nas fendas das montanhas por onde descíamos.
Depois de desviarmos de um sem número de pessoas e motociclistas que estavam ali só para tirarem fotos para a posteridade, começamos nossa jornada morro abaixo, mantendo a moto sempre em baixa velocidade e com o uso do freio do motor, para complementar.
“DESÇA SEMPRE ENGRENADO”
Descemos os primeiros 200m com marcha reduzida engatada para nos precavermos de eventuais veículos que subissem a serra, já que para vencerem a forte subida eles vem a todo vapor.
E não é que a providencia foi salutar? Logo na segunda curva de 180 graus à direita subia forte uma Pick Up, dando uma amenizada apenas na curva onde estávamos.
Como tínhamos que “abrir” bastante nas curvas para completa-la com segurança, dado ao porte de nossa motocicleta e a carga que transportava, a preocupação era fazer a manobra com segurança.
Assim, a baixa velocidade imprimida na motocicleta, associada a marcha reduzida, foi fator decisivo nesse trecho mais terrível do Corvo Branco.
Se a pista estava ruim, a Lei de Murphy reza que poderia ser pior e realmente o foi. A 200m da “garganta” as proteções laterais (guard-rails) da pista sumiram, e aos 400m foi a vez do asfalto desaparecer, reaparecendo em alguns momentos por pouquíssimos metros, mas totalmente deteriorado.
“DESÇA SEMPRE ENGRENADO”
Nossos faróis iluminavam os paredões ao lado da pista, quando voltados à eles, mas sua luz sumia no lado oposto, ante a grandiosidade da paisagem que se desenrolava ao nosso lado.
Cada vez que passamos por esse trecho questionamos o motivo dele não ser interditado de vez, pelo menos até que se reforme convenientemente, já que é motivo de muitos riscos aos aventureiros que por lá passam.
No entanto, lembramos também que esse trecho é rota principal para o escoamento de leite, hortaliças e frutas da região, sendo usada por agricultores e pecuaristas diariamente, embora em veículos menores, já que não é permitido (nem possível) o trânsito de grandes caminhões na serra.
Continuamos a descer a SC-370 no seu trecho mais crítico, mas com o olhar enlevado com tanta beleza natural. Nem as pedras soltas do caminho, nem os precipícios medonhos, momento a momento, e nem mesmo o estreitamento da pista nos tiravam desse enlevo.
“DESÇA SEMPRE ENGRENADO”
Com o fim do dia bem próximo não tivemos tempo para uma parada mais demorada na serra. Desta vez estávamos com o tempo realmente curto e não poderíamos subi-la e desce-la de novo no dia seguinte, como fizemos no Rio do Rastro, dado a outros compromissos assumidos.
Já estávamos no lucro ao poder descer o Corvo Branco naquele dia, vez que chuvas fortes tinham varrido aquela região durante a semana, o que quase sempre causa desmoronamentos e interdição da estrada.
Aliás, essa era nossa maior preocupação na viagem, uma vez que desmoronamentos não avisam com antecedência e, depois de longas chuvas, barreiras podem cair a qualquer momento. Que não fosse sobre nossas cabeças.
Outro lucro de nosso trajeto foi a falta de neblina, que inviabilizaria a visão privilegiada que tínhamos até na hora do crepúsculo, o que não ocorreu no Rio do Rastro, quando descemos a serra quase sem ver nada a frente.
“DESÇA SEMPRE ENGRENADO”
Para aqueles que quiserem domar o Corvo Branco, bom lembrar que a pista é séria, técnica, perigosa, movimentada e cru.
Como não há mirantes ou área de escape, a não ser se cairmos pelos precipícios, parar a motocicleta ou automóvel para “curtir” sua beleza pode ser extremamente perigoso para si ou para outros usuários da via. Fique atento e aja com sabedoria.
Para quem tiver tempo, disposição, algum preparo físico e como deixar seu veículo seguro, há na cabeceira da pista, bem próximo a “garganta”, uma trilha curta na mata que nos leva literalmente ao topo da serra. Não era decididamente nossa intenção nesta viagem.
“DESÇA SEMPRE ENGRENADO”
Uma dica importante aos aventureiros é tentar percorrer esse trecho no período da manhã ou, no máximo, até as 14h, quando o sol consegue preencher de luz cada fresta da montanha, valorizando ainda mais o visual.
Já se a ideia for curtir a luz das estrelas no alto da serra, cuidado triplicado é esperado do aventureiro, principalmente dependendo do veículo que use, para não causar acidentes consigo mesmo ou com outros.
Para nós, motociclistas e ciclistas, principalmente os que tenham motos de baixa cilindrada, a façanha é mais simples, já que existem alguns raríssimos espaços onde é possível colocar a bike ou moto, se esta não for pesada.
Em todos os casos é preciso lembrar que lá faz muito frio durante a noite e, esquecer de um agasalho apropriado será enfrentar riscos desnecessários.
“DESÇA SEMPRE ENGRENADO”
Contornamos todas as curvas da Serra do Corvo Branco em pouco menos de 20 minutos, e mesmo no sopé da serra ainda estávamos sobre uma pista de terra batida, cascalho e com marcas das obras de recuperação paradas.
O sol já não podia ser visto e o céu perdera o azul brilhante de momentos atrás, transformando numa penumbra quase violácea antes de concluirmos nossa viagem.
A meio caminho entre o sopé da serra e a cidade de Grão Pará pudemos dar uma parada extra no Distrito de Aiurê, uma joia encravada na serra e que você vai poder conferir na matéria que fizemos na cidade.
A esperança era encontrarmos um hotel ou pousada em Grão Pará e seguirmos viagem somente no dia seguinte, mas infelizmente não nos informaram um único local para isso na cidade.
Depois de um passeio rápido por Grão Pará seguimos nossa jornada, o que você vai poder acompanhar nas matérias que compõem esta viagem pelo Corvo Branco.
RECOMENDAÇÕES
Ficou com vontade de encarar o Corvo? Então tomamos a liberdade de sugerir algumas recomendações que podem ser úteis, principalmente se você não está tão afeito assim a esses tipos de aventura.
“DESÇA SEMPRE ENGRENADO”
Freios
Carros, motos, pick-ups e bicicletas tem no freio um dos acessórios mais importantes para se cruzar o Corvo Branco, tanto faz para se você irá subir ou descer a serra; revise-os.
Motor
O estado do motor influenciará e muito no desempenho da viagem, pois também ajudará na manutenção da baixa velocidade na descida e na tração correta, na subida. Mantenha-o em ordem.
No caso dos bikers é bom lembrar que o motor é o próprio ciclista, que deverá estar preparado para o que der e vier
Velocidade
Não importa sua pressa, o Corvo Branco não permite velocidade e o desrespeito a essa regra fatalmente trará sérios prejuízos para você e/ou a outras pessoas que não tem nada com isso.
Não há espaços para correr e não há tração na pista, sempre coberta de pedras soltas e cascalhos miúdos, que impedem uma frenagem eficiente.
Não arrisque sua vida e, principalmente, não arrisque a vida de outros transeuntes que não tem nada a ver com sua imprudência.
Câmbio
Para evitar um desgaste prematuro dos freios, ou mesmo sua danificação e quebra por superaquecimento, use sempre o freio do motor no seu veículo, dosando a descida em marchas curtas como a primeira e a segunda marcha. Isso vale para a subida também.
“DESÇA SEMPRE ENGRENADO”
Preparo físico
Não desdenhe esse item. O “Corvo Branco” não é igual ao pico do Jaraguá, a ida para Petrópolis ou outros lugares congêneres. Esteja preparado até para um pernoite na mata fechada e cheia de perigos, se seu veículo enguiçar.
Alimentação
Antes de cruzar o Corvo Branco não abuse da alimentação em hipótese alguma, e não esqueça de levar consigo uma garrafa com água. Poderá ser mais útil do que você possa imaginar.
Muitas outras recomendações poderíamos sugerir aqui, mas isso você conseguirá com amigos mais experientes e com aqueles que já enfrentaram o Corvo Branco. De resto uma boa aventura para todos os que desejarem curtir a rodovia ainda proclamada como a “mais temida do país”.
ACOMPANHE PASSO A PASSO A DESCIDA DO CORVO BRANCO
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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Parabéns pelo relato!
Possivelmente o mais completo que já vi sobre a Serra do Corvo Branco em si, explanando de modo bem completo acerca dos riscos de quem se aventura a fazer o trajeto e das opções afim de mitigar esse risco.
Muito bom!
Valeu pelo comentário Marcos. Nosso objetivo sempre foi o de apresentar relatos que contribuam com as viagens aventureiras, feitas com qualquer veículo que se pretenda utilizar. Ficamos felizes com o elogio e esperamos continuar correspondendo com as aspirações de nossos leitores.
Excelentes observações, estou buscando um trajeto legal para fazer com a patroa, saindo aqui de Campinas-SP até Porto Alegre-RS e essa serra me interessa bastante. Uma duvida q fiquei é com relação ao estado da estrada, pois teu relato é de 2019, sabe dizer se as condições melhoraram um pouco?
Valeu pelo comentário Rafael. Moramos quase vizinhos, pois a nossa sede é na cidade de Itu/SP. As condições do Corvo Branco parece inalterada pelos relatos que tive neste ano, quando passei lá perto. As mudanças foram mais na área próxima a Grão Pará, mas na serra, propriamente dito, dizem estar idêntico, o que na verdade dá mais emoção, pode ter certeza. Veja pelo vídeo da matéria.