Não há qualquer dúvida que motociclistas de verdade tem o maior prazer em pilotar suas máquinas. Também não temos a menor dúvida que uma queda de moto traz um prejuízo muito grande ao nosso bolso e, por muitas vezes, machucados, fraturas e até a perda de nossa vida, que não tem dinheiro que pague.
A moto, em si, não é perigosa. O motociclista, esse sim, pode ser uma fonte constante de perigo para si mesmo e para os outros, sejam eles outros motociclistas, pedestres ou motoristas.
Um “braço duro” no guidão, por exemplo, por mais cuidado que tenha ao conduzir sua motocicleta, mantendo velocidades baixas e constantes; andando com toda a vestimenta de proteção possível; utilizando todos os recursos tecnológicos que sua máquina oferece, pode causar sérios acidentes no trânsito.
Quando nos propomos a comprar uma motocicleta, que não seja pelo “status” que ela pode nos dar ou pela economia de combustível que teremos. Nem todos nós temos habilidades para tudo nesta vida e precisamos realmente saber se só desejamos “chamar atenção” ou “economizar” ao comprar uma motocicleta; ou curti-la com todo o prazer que ela pode nos dar.
Se for só pelo status ou economia saiba que você não só coloca sua vida em risco como a de tantas outras pessoas a sua volta. Para quem não sabe, moto não para em pé sozinha e depende da destreza, agilidade e equilíbrio do piloto. Não é como num automóvel que nos fechamos dentro, longe das intempéries e de certa forma protegidos de algum perigo.
Quanto mais velhos formos para tentarmos aprender a pilotar, tanto pior. Equilibrar uma bicicleta na praia, na pracinha perto de casa ou para ir ao mercadinho nada tem a ver com conduzir um veículo com um peso que pode variar entre 90 e 400kg, numa velocidade razoável e no meio do trânsito cada vez mais caótico.
O “braço duro” costuma ser instável ao pilotar, oscilando muito na condução de sua moto e não passa segurança aos outros usuários das vias públicas, que nunca sabem se sua real intenção é dobrar uma esquina, parar num semáforo, mudar de faixa de rodagem, etc, muitas vezes causando caos ou sérios acidentes.
No outro extremo dos “braços duros” temos os “vida loka” e os “apressadinhos” que, da mesma forma que os primeiros, põem a própria vida em risco e dos que estão ao seu lado. Com uma pilotagem extremamente ofensiva não se importam em cruzar sinais fechados, ziguezaguear entre veículos, usar de alta velocidade nos corredores, respeitar calçadas, jardins e contramão e, nas estradas, estão sempre acima da velocidade permitida.
Se os acidentes acontecessem só com eles não nos importaríamos tanto, afinal são bem crescidinhos ou devem ter recursos financeiros suficientes para esmerilharem motos caríssimas, aventurando-se no trânsito ou em rodovias a mais de 200 km/h.
Como esses apressadinhos nunca combinam com os demais usuários das rodovias que vão “brincar no meio do trânsito a uma velocidade absurda”, todos os finais de semana, sem exceção, temos algum deles sendo conduzidos por “rabecão” no final do dia, enquanto suas motos ficam espalhadas pelas estradas, quando não atingem fatalmente quem “não queria estar brincando com ele”
Não sejamos mais meras estatísticas. Vamos dar uma maneirada na forma de nossa pilotagem e deixar os “SAMUS” socorrerem os doentes que realmente necessitam e os BOMBEIROS somente apagarem incêndios e cuidarem das catástrofes naturais.
Portal D. Moto conclama a todos os motociclistas à uma trégua pela VIDA.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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