Garuva, cidade catarinense inserida no “Caminho dos Príncipes” e a meio caminho entre Joinville e Curitiba, é nossa atração nesta matéria especial. Vamos conhece-la melhor?
HISTÓRIA
O início da colonização da região se deu por volta do ano de 1841, quando um grupo de imigrantes franceses lá se estabeleceu com o objetivo de criar um centro comercial destinado à exportação, já que estavam nas proximidades do mar.
Bom frisar que nessa época o governo brasileiro do Segundo Império, incentivou essas imigrações, não só para povoar o Brasil, mas para contribuir com as dificuldades que essas pessoas viviam na Europa naqueles tempos.
A ideia inicial deles era a produção de alimentos e a incrementação da pecuária bovina para consumo próprio e para vendas, assim como para construírem e venderem máquinas e equipamentos a vapor, tão em voga além mar já que recentemente inventados.
Agregados, viveram inicialmente numa comunidade denominada “falansteriana”, onde acreditavam que a sociedade ideal seria a que aglomerasse um grupo de famílias com vários profissionais, oficinas, hospedaria, entre outros.
Nesse sentido, esboçaram a ideia de que todos trabalhariam em função do grupo; as refeições seriam em comum; e os produtos e equipamentos não seriam comprados e vendidos entre eles, mas sim usados segundo as necessidades de cada um, como se fosse uma grande família.
Evidentemente esse modelo não vingou por muito tempo e, entre desacordos dos imigrantes com o governo brasileiro, deixaram a localidade e foram viver em outros estados da federação.
Nova investida para a colonização da região se deu nas primeiras décadas do século 20, sendo que os primeiros moradores lá se fixaram com a família em 1914.
RODANDO EM GARUVA
A partir dessa época a localidade se estabilizou, apesar dos percalços que sempre ocorrem com as crises econômicas, etc., culminando com a emancipação da cidade em 20 de dezembro de 1963.
A CIDADE
A área urbana de Garuva está sediada quase que totalmente do lado leste da Rodovia BR-101, quase nada existindo do lado oposto da dita rodovia.
Como sempre ocorre em Santa Catarina, as vias públicas, os edifícios comerciais e até os oficiais, assim como as residências das mais modestas às mais sofisticadas, primam pela limpeza, organização e, principalmente, beleza.
A Avenida Paraná, a principal da cidade, nada mais é do que o trecho urbano da rodovia SC-417, exatamente na confluência com a BR-116, trecho esse que esconde toda a beleza da cidade, dado ao grande afluxo de veículos de grande porte que por lá transitam.
Cerca de 19,5 mil pessoas habitam atualmente no município, que tem um altíssimo índice de alfabetização (98%), e se distribuem entre as áreas urbana e rural.
A parte urbana é composta de poucas e simétricas ruas, quase todas largas, planas e bem pavimentadas.
O centro comercial, embora diversificado, é bem acanhado e dedicado principalmente ao transeunte das rodovias, dependendo de Joinville e Curitiba para maior variedade.
O CAMINHO DOS PRÍNCIPES
A região denominada turisticamente como “Caminho dos Príncipes” tem origem em 1853, quando glebas de terras da região onde hoje situam as cidades de Garuva e Joinville, foram incluídas no dote de casamento do príncipe de Joinville com a princesa Francisca Carolina, irmã de D. Pedro II.
No entanto, na região predomina muito mais que a cultura portuguesa. A cultura alemã predomina na maioria dos municípios, ainda que com nuances dos italianos, suíços, húngaros, tchecos, ucranianos, noruegueses, poloneses e japoneses.
IGREJA MATRIZ
Dedicada a São João Batista, a atual igreja teve sua construção iniciada no ano de 1997 e ocupa toda uma quadra nas proximidades da Avenida Celso Ramos, sendo certo que a praça em frente, por sua vez, ocupa duas quadras inteiras.
Suas linhas arquitetônicas são sóbrias e modernas, tanto na parte externa quando na nave principal e altar.
Por falar em altar, o desta igreja é bem compacto e harmonioso, tendo sido construído artesanalmente em madeira na cidade de Munique, Alemanha, nas oficinas da Casa Mayer &Cia.
A pintura em tons escuros contrasta com ornamentos dourados e é encimado por três nichos: o do centro com a imagem de Jesus vivo, e os laterais ocupados por São João Batista e Maria.
Segundo fontes da igreja, esse altar-mor existe há mais de 100 anos, tendo atravessado o Atlântico e cumprido sua missão na Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça, em São Francisco do Sul-SC, depois vindo para Garuva, onde está há aproximadamente 75 anos.
COMO CHEGAR
Para os aventureiros que partirem de Florianópolis o caminho poderá ser feito apenas pela BR-101, num trajeto sul/norte de aproximadamente 215km.
A mesma rodovia servirá para aqueles que partirem de Curitiba, porém, no sentido norte/sul, num trajeto de pouco mais de 90km, sugestivo para um bom bate-e-volta.
Já para os paulistas da capital o percurso é um pouco mais longo, mesmo assim poderá ser feito inicialmente pela BR-116, até Curitiba, seguindo então pela BR-101 até Garuva, num percurso total de aproximadamente 500km.
Para visitantes provenientes de outras localidades, é fato que não haverá dificuldade alguma para a localização da cidade, bastando um bom guia rodoviário e atenção, para não passar pela cidade sem a perceber.
Se você já conhece a região, tem alguma crítica ou sugestão para fazer, envie-nos um comentário a respeito. Será muito útil para nós.
EDITORIAL
PORTAL AVENTURAS é um veículo de comunicação de aventureiros e aventuras de todos os tipos, no ar, no mar e na terra, abordando os assuntos com seriedade e profissionalismo.
Jornalista responsável: Marcos Duarte – MTB 77539/SP
Contato: contato_pdm@portaldmoto.com.br
Whats app: (11) 9-9562-7935 ACESSE TAMBÉM