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Home Turismo CITY TOUR

GUARAQUEÇABA/PR

Marcos Duarte by Marcos Duarte
22 de julho de 2025
in CITY TOUR, CULTURAL, Guia de passeios, Turismo
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GUARAQUEÇABA/PR
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Nesta edição especial de aniversário de 11 anos, trouxemos para você um passeio inédito pela paradisíaca Guaraqueçaba, um dos municípios mais belos e icônicos do Brasil, escondido numa das maiores reservas naturais do planeta: O Lagamar, no Paraná.


HISTÓRIA


Vista aéra da cidade, em primeiro plano a Ponta de Morretes

A cidade é considerada uma das primeiras ocupações portuguesas existentes no Paraná, estimada com sendo no ano de 1545, em área de habitação primitiva de índios Tupiniquins e Carijós.

Sua localização, encravada nas encostas da Serra do Mar e na Baía de Laranjeiras, que funde com a de Paranaguá formando o Lagamar, privilegiou a preservação do meio ambiente a patamares excepcionais, proporcionando atrativos turísticos incomuns aos adeptos do turismo ecológico e ambiental.

Desmembrada de Paranaguá, Guaraqueçaba foi instalada como cidade em outubro de 1947 e hoje conta com uma população estimada em 7.430 pessoas, apurada no censo de 2022.

Etimologicamente falando, seu nome origina-se num vocabulário tupi: “o lugar onde os guarás dormem”.

Guaraqueçaba (em lingua indígena: “O lugar onde os Guarás dormem”)

A definição do ano de 1545 como de sua primeira ocupação também ficou registrada nos livros do aventureiro alemão Hans Staden, que se encontrava na expedição espanhola que foi arrematada para tal região naquele ano, devido a uma grande tempestade.

Na época Hans reportou que ao atracarem surpreenderam com portugueses dividindo harmonicamente o mesmo território com as tribos indígenas locais, os quais teriam se espantado com a bravura daqueles navegadores que ali chegavam, dado as dificuldades de seguirem até aquele lugar com as caravelas de então.

Ainda que possamos diminuir um pouco os arroubos verbais do aventureiro, principalmente ao exortar suas próprias façanhas em livros, o contexto e a prática que sentimos nós mesmos na pele, quando fizemos igual percurso num minúsculo barco de fibra, mostrou-nos que a dificuldade para se chegar até Guaraqueçaba persiste até os dias atuais, o que torna o local um perfeito exemplo da antiga Pindorama: O Brasil antes de Cabral.

Embarcação entre a Ilha do Mel e a Ilha Superagui – rumo ao mar aberto.

E nem se digam por aí que também nós, do Portal Aventuras, aumentamos nossos relatos sobre tais dificuldades, pois o vídeo que apresentamos servirá de prova inequívoca, prova essa que Hans Staden não teve. E tome “Gopro” na cabeça.

Em continuação, soubemos que a base da povoação mais moderna foi lançada em 1838, quando da construção de uma pequena igreja nas proximidades do Morro de Quitumbê, consagrada a Bom Jesus dos Perdões.


VÍDEO: NO RUMO DE GUARAQUEÇABA


A CIDADE


A cidade em si é bem pequena e margeia a Baía das Laranjeiras voltada para o oeste, deixando para trás o mar aberto numa linha imaginária de mais de 25 km.

A maioria de suas ruas são bem largas e planas, com exceção das do centro histórico e do “Costão”, e apresentam pavimentação predominante em blocos de cimento intertravados, o que garante a hidratação constante do solo. Há de se notar, contudo, que boa parte da cidade ainda é em terra (areia) batida.

Uma de suas ruas (Rua Ramos Figueira), entretanto, é bem icônica e procurada por todos os visitantes de lá, uma vez que contorna boa parte da orla em trecho urbano entre o Lagamar e o Morro do Quitumbê. Por outro lado, é a rua mais estreita e perigosa, principalmente se o aventureiro for “braço duro” no volante ou no guidão.

Rua Ramos Figueira (Costão)

E é justamente no curso dessa rua que se estendem algumas das pousadas mais disputadas da cidade, que dispõem de uma vista magnífica de toda a baía, bem na base do “Quitumbê”.

O ponto alto do município está na Praça Willian Michaud, lugar que abriga o pequeno Porto Turístico com seus trapiches, o comércio especializado no turismo, os hotéis, os restaurantes, bem como os atrativos triviais de interesse do visitante.

Praça Willian Michaud

Rodar por suas ruas, com exceção da Ramos Figueira (Rua do Costão), é bem tranquilo e seguro, não só dado ao fato de serem praticamente planas e bem sinalizadas, mas pelo lugar aprazível em que estão inseridas.


IGREJA MATRIZ


A igreja Matriz do Bom Jesus dos Perdões foi construída no início do século 19, na base sul do Morro do Quitumbê e com vistas para a Baía de Laranjeiras, e está sediada a uma quadra da Praça Principal.

Igreja Matriz de Bom Jesus dos Perdões

Projetada em estilo colonial e com grossas paredes de pedras, soubemos que seu interior destaca o altar em forma de embarcação, cuja base é um peixe esculpido em madeira, dado a vocação pesqueira da região.

A igreja estava em reforma durante nossa visita, mas, segundo consta, as demais edificações do município foram pouco a pouco sendo construídas em sua volta, no que se formou o antigo Povoado, hoje cidade de Guaraqueçaba.

A procissão mais grandiosa da Igreja local é em homenagem ao Bom Jesus e costuma ser marítima, com os barcos contornando a cidade em seus trechos principais e com almoço tradicional logo após ao cortejo.

Com o templo fechado para restauração, as missas regulares estavam sendo realizadas em outro lugar.


TURISMO ECOLÓGICO


Quem pretende ir para Guaraqueçaba por terra ou água, pode imaginar que a cidade seria apenas uma pequena vila de pescadores esquecida no meio do nada, ou que de bonita teria apenas uma boa recepção aos turistas que lá chegam, e alguns lugares de interesse para que se divirtam.


SOBREVOANDO GUARAQUEÇABA


No entanto, Guaraqueçaba é o nono maior município do Paraná em território, com mais de dois mil quilômetros quadrados de extensão, e é seguramente o mais preservado de todos, razão pela qual é um verdadeiro paraíso de matas quase intocadas aos adeptos do turismo ecológico e ambiental, que por lá se aventuram com interesse e segurança.

A cidade é tão fértil que tem em suas terras várias áreas de proteção ambiental, que carecem de uma administração pública consciente por parte de seus administradores. Dentre elas estão O Parque Nacional do Superagui, a Reserva Biológica do Bom Jesus, a Reserva Natural Salto Morato e a Estação Ecológica de Guaraqueçaba.


Parque Nacional do Superagui

O Parque Nacional do Superagui localiza-se no litoral norte do Paraná, abrangendo a Ilha de Superagui, a Ilha das Peças, as Ilhas Pinheiro e Pinheirinho e o Canal do Varadouro que une essas ilhas, todas inteiramente no município de Guaraqueçaba, e a menos de 200 quilômetros de Curitiba.

Saiba mais sobre esse paraíso ecológico na matéria especial que fizemos por lá. (clique aqui ou na imagem)


Reserva Natural Salto Morato

É uma Reserva Particular do Patrimônio Natural Federal (RPPN), criada e mantida pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

A rica biodiversidade da Reserva atrai pesquisadores que têm a sua disposição um centro de pesquisa e alojamentos especiais.

Ao todo foram mais de 90 estudos realizados em Salto Morato, que promoveram a descoberta e descrição de três novas espécies (dois peixes e um anfíbio).

Estivemos lá e também trouxemos para você uma matéria especial. (clique aqui ou na imagem)


 

Estação Ecológica de Guaraqueçaba

Segundo consta em seu site oficial, a Estação é uma unidade de conservação de proteção integral de domínio público, formada por manguezais, restingas e ilhas litorâneas, com objetivos da preservação da natureza, pesquisas científicas e educação ambiental.

A Estação maneja esses recursos numa área de aproximadamente 6 mil hectares, inserida na área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba.

Sua formação é composta por oito áreas distintas, incluindo “manguezais situados a oeste da Baía dos Pinheiros; Ilha das Laranjeiras; Ilhas do Rabelo; Ilha do Pavoçá; Ilha do Sambaqui; manguezais ao norte da Baía de Guaraqueçaba; manguezais situados a oeste da Enseada do Benito; Ilha das Bananas (sul da Baía das Laranjeiras) e Ilha da Galheta”

Mais informações de como visitar ou mesmo participar de experiências ecológicas podem ser colhidas no site oficial da instituição.  


Reserva Biológica do Bom Jesus

A reserva biológica estende pelas cidades de Guaraqueçaba, Antonina e Paranaguá, e tem como objetivos específicos a preservação dos ecossistemas de Mata Atlântica, em especial as subformações da floresta ombrófila densa e formações pioneiras, a fauna associada, assim como a rede hidrográfica local.

Lagamar no entorno de Paranaguá

Foi criada a partir da área da antiga Fazenda Bom Jesus, de propriedade do Banco Bamerindus que, quando da falência, repassou o espólio para a SPU para que fosse criada pelo Ibama (época) uma unidade de conservação.

O acesso da reserva se faz pela rodovia PR-407, entre Paranaguá e Pontal do Paraná, ou por barco, no entanto não é permitida a visitação de turistas, (saiba mais)


TURISMO DE LAZER


Ponta do Morretes

A região de Guaraqueçaba possui vários atrativos turísticos, assim como uma boa infraestrutura de pousadas e restaurantes compatíveis com a demanda. A própria cidade de Guaraqueçaba é um atrativo a parte e recebe visitantes o ano todo.

Ponta do Morretes. Vista panorâmica da Baía de Laranjeiras

Um dos locais mais procurados para visitação é a Ponta do Morretes, no centro da cidade e junto de sua orla, onde é possível ter uma vista magnífica de toda a Baía de Laranjeiras, principalmente nos finais de tarde. Com sorte, nessas oportunidades o observador poderá ter a companhia de botos que costumam dar um show à parte nas águas da baía.

O lugar também serve de base para “pescadores de terra firme”, que costumam lançar suas iscas e varas da murada que ornamenta do lugar, não importando da hora do dia ou da noite para tais façanhas.


Casario

O casario histórico não tem amostras bem conservadas na cidade, com exceção da própria Igreja de Bom Jesus. Mesmo assim podemos ver indícios de algumas das construções mais antigas em forma de ruínas, ou já modificadas para as necessidades hodiernas, como esse casarão ao lado do antigo mercado que já foi restaurado.

Vale a pena um passeio pela Praça Principal, pois nela vamos descobrindo algumas das curiosidades de outrora escondidas aqui e ali, como a antiga bica d´água embaixo do “puxadinho” dos restaurantes, ou mesmo uma fonte natural com peixes e tartarugas, dentro de um desses estabelecimentos.

Primeira bica d´água de Guaraqueçaba

Passeios a pé são comuns na cidade, não só pelo pequeno trecho para ser caminhado pelo interessado, mas pela praticidade de descobrir alguma parte escondida da história do município, ainda que sejam em fotos antigas pregadas nos estabelecimentos comerciais, que mostram a Guaraqueçaba do passado.


Quitumbê

O Mirante do Morro do Quitumbê oferece uma vista privilegiada da Baía de Larajeiras, e é outro atrativo disputado por muita gente que visita Guaraqueçaba.

Morro do Quitumbê

A trilha de acesso ao pico do morro fica ao lado da Igreja da Matriz do Bom Jesus dos Perdões e não é muito longa nem de difícil acesso, mas é preciso lembrar que na ida é só subida.

Vista da Baía de Laranjeiras a partir do Mirante do Morro do Quitumbê.

Lá do alto e nos dias claros e limpos é possível ver ao longe o Porto de Paranaguá; o Morro das Pacas, em Superagui; a Ilha do Mel; o Salto Morato e algumas aldeias indígenas, bem como a vista panorâmica de boa parte da cidade.


Barcos

Passeios e locomoções inesquecíveis com barcos, em sua maioria voadeiras, por todo o Lagamar, quer em busca das praias desertas e de trilhas inesquecíveis, ou ainda das belezas das Ilha das Peças, Ilha Rasa e de tantas outras que abrigam muitas comunidades de pescadores, são os interesses que mais movimentam os portinhos da região, diuturnamente.

Barco regular entre Guaraqueçaba e Paranaguá

Por falar em barcos, lembramos que cidade mais próxima de Gruaraqueçaba, por terra, é Antonina, num percurso de 100 km (oitenta deles em terra batida), sendo fácil perceber o motivo que faz o próprio guaraqueçabano preferir viajar por água.

Mais ainda. Apenas no município de Guaraqueçaba pudemos conferir dezenas de comunidades localizadas em ilhas, o que faz do barco a única opção de transporte para absolutamente tudo.

Imaginem se acrescentarmos à essas outras tantas comunidades ribeirinhas que interagem simbioticamente em todo o Lagamar, incluindo as de Antonina, Paranaguá, Ilha do Mel e Pontal do Paraná, ou mesmo de Cananéia, Iguape, Ilha Comprida e Ilha do Cardoso, essas já no Estado de São Paulo?

Dezenas de comunidades ribeirinhas ao longo do Lagamar

Sem tocarmos no fator segurança, que pode ser perfeitamente questionado por quem lê esta matéria, principalmente nos dias e noites de chuvas fortes ou mar revolto, esse meio de transporte é bem prático no geral e sem rotina, já que cada viajem é uma aventura, dado a magnífica paisagem que se descortina nova, todos os dias em nosso redor.

Manobrando o drone com um nativo, na Ilha das Peças

Nesta viagem que apresentamos para você, tivemos a oportunidade de navegarmos quase 400 km entre idas e vindas pelas ilhas da região, e seus relatos estão sendo contados em matérias especiais que fizemos em Guaraqueçaba, e que podem ser acessadas no final desta página.


O Guará Vermelho

Guardadas as devidas proporções, ir para Guaraqueçaba e não ver um guará vermelho, é o mesmo que ir para Roma e não ver o papa. Aliás, nesse quesito nem é preciso esperarmos muito, pois essas aves estão sempre ao nosso lado e fazem parte do cotidiano da cidade. 

Fluxo de canoas entre comunidades da cidade

Mas, para que tivéssemos um contato mais estreito com a rica fauna do lugar, nos achegamos num dos inúmeros portinhos espalhados pela cidade e pelos pequenos rios e riachos que convergem para o Lagamar, a procura de alguma embarcação silenciosa para navegarmos para perto de tudo que procurávamos.

Não foi difícil encontrar o barco nem o barqueiro, já que esse meio de transporte também é comum entre os moradores da periferia, para chegarem ao centro da cidade, etc.

Feito os acertos lá estávamos numa das muitas canoas típicas da região, sondando os pequenos riachos no entorno da cidade sob o comando ritimado e silencioso dos remos.

Bom saberem que mesmo de onde partimos já podíamos colher imagens impressionantes, mas queríamos mais e seguimos por muito tempo na empreitada.

revoada de guarás vermelhos

Como não entendemos nada de pássaros ou aves, fixamos a busca no guará vermelho: impossível não reconhecê-lo entre tantas outras aves do lugar. De qualquer maneira, sempre contávamos com ajuda do barqueiro que ia nos orientando a cada tempo.

O trajeto escolhido incluía muitas áreas de mangues, sendo que esses pequenos cursos d´água, segundo as informações que obtivemos, as vezes secam por completo, impedindo a navegação e, em outros momentos, sobem alto fazendo fluir melhor esse meio de transporte.

Guará vermelho

Em nossa jornada estávamos num meio termo: nem muito seco, nem muito cheio. O cadenceado da navegação lenta nos permitia ver de perto revoadas de guarás vermelhos sobre nossas cabeças,  para logo mais a frente descerem na lama para se alimentarem. Nem davam importância para nossa humilde presença.

Outras tantas espécies também disputavam dessa alimentação, mas sinceramente não saberíamos detalhar quais seriam, por absoluto desconhecimento.

Guará vermelho se alimentando

Passamos algumas horas nesse vai e vem pelos brejos do entorno da cidade, e nos deliciamos com as centenas de imagens que lá colhemos, muitas das quais aqui apresentamos para você.


Hospedagem

Boas acomodações não faltam em Guaraqueçaca e o gosto vai depender do interesse e do objetivo de cada aventureiro.

Dois hotéis disputam parede a parede o interesse do visitante e ambos ficam na Praça Principal, bem em frente da Concha Acústica e do único posto de combustíveis da cidade.

Hoteis de Guaraqueçaba

Outras inúmeras pousadas estão espalhadas pelo município e suas ilhas e atraem os turistas, também dependendo de seus objetivos e bolsos, lembrando sempre que a hospedagem na região nada tem de comum com as feitas em cidades maiores, já que a rusticidade e vocação ecológica/ambiental de Guaraqueçaba não costuma favorecer aqueles que desejem hotéis mais “estrelados”.

Pensando nisso, os que prefiram mais conforto e cuidados especiais não estarão totalmente desprovidos de estadia, já que algumas pousadas proporcionam ao turista mais abastado uma estadia elegante e serviços extras com traslados em lanchas especiais, etc.

Porém, a maioria das hospedagens de Guaraqueçaba e de suas ilhas são direcionadas para um turista especial: aquele que vem curtir a natureza em sua plenitude; aquele que deseja viver cada momento da vida num lugar aprazível e cheio de novidades; aquele que não depende de luxo, mas que gosta do bom e do tranquilo; aquele que vê em cada destino, como Guaraqueçaba, um pedaço do paraíso que precisa ser explorado, centímetro por centímetro.

Pousada na Ilha das Peças

Se pesquisarmos adequadamente, vamos encontrar em Guaraqueçaba, em Superagui, na Ilha da Peças, na Ilha Rasa, em Bertioga e em tantas outras comunidades na beira do Lagamar, pousadas das mais díspares possíveis, todas elas oferecendo um simples e excelente atendimento, quase sempre feito pelo próprio dono/a, e um atendimento dedicado em toda a estadia.

Foi assim que encontramos e montamos base para nosso trabalho de pesquisa jornalística, por vários dias consecutivos, na Pousada “Raios de Sol”, instalada num prédio de dois pavimentos em alvenaria reforçada e bem organizada, a duas quadras da Praça Principal e atrás de uma escola pública do município

Pousada Raios de Sol, nossa base em Guaraqueçaba

O atendimento foi maravilhoso feito pela sua proprietária, Ruth, que além de tudo nos ajudou em sugestões e na organização de várias atividades que tivemos em Guaraqueçaba.

Os apartamentos são simples, mas devidamente limpos e arejados, e o café da manhã supriu todas as nossas necessidades.

Apesar de não termos nos hospedados em alta temporada, a Ruth nos proporcionou o café matutino muitas vezes muito antes do horário tradicional, para que não perdêssemos nossas embarcações nas primeiras horas da luz do dia.


Artesanato local

Mais surpresos ficamos quando soubemos que nossa anfitriã, Ruth, estava envolvida e ajudava a comandar uma Associação de Artesãos do local denominada “Arte Nossa – artesanato caiçara” e fomos conhecer.

Arte Nossa – artesanato caiçara

A princípio ficamos meio desconfiados, pois normalmente esses lugares costumam estar sediados num galpão rústico, e servem apenas para exposição e vendas de objetos feitos por artistas locais, que nem sempre estão presentes e quase nunca os conhecemos. Nada que toda cidade turística não tenha.

Mesmo assim fomos ver e tudo lá surpreendeu, mais ainda por estarmos acompanhados por um artista plástico naif, que fazia parte de nossa equipe, com certeza mais afeito com essas “coisas de artes”.

arte local

Mais que um mero galpão, a Associação ocupava uma enorme construção em dois pisos distintos, mesclando em sua primorosa aquiterura vidros e tijolos aparentes, assim como telhado de cerâmica de multiplas águas, suportado por madeiramento rústico e bem elaborado. O conjunto ocupava simultaneamente duas ruas em terreno triangular e era cercado com um gracioso jardim.

Já tínhamos passado em frente do lugar durante nossa estadia em Guaraqueçaba, mas o desdenhamos como se fosse alguma cantina de luxo que só costuma abrir nas grandes temporadas, ou algum salão de festas incrementado, usado apenas para ocasiões especiais.

Logo na entrada pudemos perceber que o lugar transpirava arte. Objetos de rara beleza estavam expostos em mesas próprias, quando não em paredes, biombos ou cavaletes especiais, demonstrando muita criatividade e glamour, até na disposição geral. 

Já lá dentro confirmamos que o lugar não era uma simples “loja”, mas um lugar dedicado integralmente às artes, com teares rústicos, bancadas giratórias de oleiros, câmaras de secagem e de banhos diversos, mesas de trabalho e prateleiras próprias para materiais brutos ou já em fase de acabamento, etc.

Ali artistas vão para criarem livremente; para interagirem entre si para o bem da Associação e do trabalho realizado; e até mesmo para vendas de seus preciosos objetos, que quase sempre lembram os assuntos caiçaras coitidiano do local.

Mas não se iludam. A Associação não é uma “loja ou fábrica de lembrancinhas” da cidade, como normalmente vemos nas estâncias turísticas nas quais passamos.

É realmente um ateliê de arte que apresenta peças únicas e de muito bom gosto, que podem compor o acervo de qualquer colecionador, assim como é dirigida e recheada por verdadeiros artistas. 

O porém, ao nosso ver. foi a localização um pouco fora de mão da área “vip” da cidade, que seria próximo da Praça Principal e dos trapiches, mas de qualquer forma fica também na beira do Lagamar e exatamente ao lado da mais imponente construção civil de Guaraqueçaba: O Formar Metal Clube – um complexo de lazer do Sindicato dos Metalúrgicos, com alojamentos, piscinas e grande área de lazer.

Da mesma forma, do outro lado da calçada temos nada menos que a sede social do Centro Marista Irmão Panini, ligado ao ao Colégio Marista Arquidiocesano e com  finalidades identicas do Formar Metal Clube. Vale a pena uma visita demorada.


Alimentação

Se hospedagem é sempre um problema para quem viaja, a boa e regular alimentação também não fica atrás e é a segunda preocupação do viajante, vá ele para onde for.

Boulevard gastronômico de Guaraqueçaba

Viajar para Guaraqueçaba não torna a assertiva diferente e a preocupação ainda redobra, principalmente sabendo que a cidade é pequena e sua vocação é o ecoturismo, nada tendo a ver com grandes trattorias, cantinas, bistrôs, pizzarias, churrascarias, etc, ainda que tenha bons lugares para tal finalidade.

Ficar apenas nos petiscos do point principal não seria a solução mais adequada, e pelo menos as refeições ordinárias do dia deveriam ser feitas com regularidade. Nisso tomamos cuidados extras, pesquisando bastante antes de irmos.

Contudo, Guaraqueçaba recebeu de nós uma nota favorável no quesito alimentação, já que praticamente todos os “points” contavam com cardápio variado e a preços justos para os triviais, mas reservando glamour gastronômico para os que desejassem.

A dificuldade foi repetir o feito na refeição da tarde, já que a maioria deles ficam fechados nos dias de semana.

Antigo Mercado Municipal de Guaraqueçaba

Em nossa jornada fomos informados que no antigo Mercado Municipal era servida diariamente refeição caseira e com bom custo-benefício, e no terceiro dia de nossa estadia resolvemos experimentar e não deu outra: aprovado. Mais ainda pelo preço bem menor que nos restaurantes tradicionais e, de quebra, almoçávamos no deck das embarcações, vendo o ir e vir dos barcos, minuto a minuto.

A sobremesa buscávamos em outro box do mesmo Mercado, quer tomando um delicioso sorvete , quer curtindo outras guloseimas de darem água na boca.

Mas nem tudo foram flores no quesito refeição da tarde, já que não tínhamos a mesma facilidade de obtê-la da forma que fazíamos no almoço, o que exigiu em todos os dias um lanche reforçado, normalmente no Supermercado Pague Menos, na avenida principal da cidade.

Lanchonete no interior do supermercado

Mas não estranhe: Vá ao mercado, passe pelos caixas e siga rente a eles pela a esquerda até o fim. Lá você encontrará o recinto com cores fortes e música alta que nos faz lembrar os tempos de “Dancing Days”.

O lanche é bom e caprichado, mas cuidado com a sobremesa, embora gostosas e vistosas, eles costumam exagerar no tamanho e vai sobrar bastante. O preço é muito bom e achamos que valeu bem a pena. Mas, de preferência, “levem os próprios palitos” quando forem. (Quem for saberá o motivo… kkk)


RODANDO EM GUARAQUEÇABA


NOSSA VIAGEM


Trajeto

Saímos de São Paulo pela madrugada e fomos direto para as imediações de Curitiba, com o objetivo de percorrermos antes a Estrada da Graciosa Original, que parte da região de Atuba, na capital paranaense. A matéria completa pode ser conferida aqui.

Estrada da Graciosa (trecho original)

Já no pé da “Graciosa” tomamos o rumo de Antonina pela Rod. PR-408, mas derivamos à esquerda antes mesmo de chegar na cidade, seguindo então pela PR-305 em direção de Cacatu, bairro de Antonina, para derivar finalmente à direita pela PR-405, essa em terra até Guaraqueçaba e num trecho único de quase 80 km.

Optamos por não entrar na cidade pela rota normal, preferindo chegar ao centro pela rua que margeia o “Costão”, para curtirmos desde logo um dos pontos mais icônicos de Guaraqueçaba.

Rua Ramos Figueira (rente ao Costão)

Como o dia já ia alto, mal passamos pela Praça Principal e nos dirigimos direto para a pousada Raios de Sol, que nos acolheria pelos próximos dias como nossa base de trabalho para essas matérias que estamos apresentando.

Os dias seguintes foram utilizados em aventuras aquáticas pelo Lagamar e suas ilhas, além de trajetos em terra pelas áreas rurais do município.


Trilha do Telégrafo.

Em viagens anteriores por Cananéia/SP, em especial para o distrito do Ariri, estivemos várias vezes na cabeceira da Trilha do Telégrafo, deixando de cruza-la por inteiro até Guaraqueçaba pelas condições de nossos veículos (moto ou carro), incompatíveis com o trecho acidentado do trecho de ligação entre as duas cidades.

mapo mostrando o minúsculo trecho da Trilha do Telégrafo que ainda não passamos

Desta feita, agora em Guaraqueçaba, fizemos o roteiro inverso pela mesma trilha, galgando a área rural da cidade até o ponto onde também não mais poderíamos seguir pelos mesmos motivos que em Cananéia, estancando mais uma vez nas imediações da divisa de São Paulo com o Paraná.

Comunidades no entorno da Trilha do Telégrafo

Assim, quase completamos todo o percurso da Trilha do Telégrafo, só deixando de percorrer cerca de 6 km que une os dois pontos da trilha, intransitável para nós com os nossos veículos, mas trivial para os adeptos do motocross, das gaiolas, das bikes e dos trekkings.

Para chegarmos até o ponto extremo desejado, deixamos a cidade pela mesma rodovia por onde chegamos (PR-405) e derivamos à direita um pouco antes da ponte que cruza o Rio Ipiranga. Daí em diante seguimos em direção das Comunidades Utinga e Rio Verde, até bem depois do Quilombo Batuva, num percurso de aproximadamente 30 km.

Ponto final da Trilha do Telégrafo (trecho intransitável para nós a frente)

No trajeto aproveitamos para conhecer as comunidades locais, muitas vezes precisando cruzar o leito do “Rio Ipiranga” e de outros riachos da região, quer por pontes rústicas de madeira, quer pelos seus próprios leitos.

Para que você possa ter uma ideia exata do trecho rural que seguimos até o ponto da Trilha do Telégrafo que não mais conseguiríamos ir com nosso veículo, assista ao vídeo abaixo.


NA TRILHA DO TELÉGRAFO


COMO CHEGAR

O aventureiro que desejar conhecer e desfrutar as belezas naturais de Guaraqueçaba deve, em primeiro lugar, escolher um modo para chegar até lá: Por terra? Ou por água?

Outro meio mais rápido e cômodo seria um lance de helicóptero a partir de Paranaguá, mas o custo pode ser inviável para a maioria de nós mortais.


Por água

Os barcos regulares ou avulsos que partem em direção da cidade, principalmente a partir de Paranaguá, costumam ser uma boa opção para o visitante que não é afeito ao trânsito em terra batida, ou se o veículo escolhido não comportar tal tipo de via.

Porto do centro histórico de Paranaguá

Nesses casos o turista costuma deixar seu veículo estacionado em Paranaguá  e seguem ao destino em embarcações distintas.

Existe uma barca que parte de Paranaguá em direção de Guaraqueçaba duas vezes ao dia: Uma pela manhã e outra na tarde, mas o mais comum é o turista usar de voadeiras ou barcos menores para o percurso.

Muitas pousadas em Guaraqueçaba já deixam reservadas vagas em estacionamentos e barcos para o turista que prefere ir para a cidade pela via áquatica, mas é melhor se sertificar disso antes de viajar.

Voadeira coberta

O tempo de viagem por água é menor do que se feito por terra e seu custo é módico, mas há o incômodo de levar conosco a bagagem pretendida e ficaremos desprovidos de transporte pessoal no destino.

Voadeira quase descoberta (só lona contra o sol a pino)

Com essa opção o interessado que partir de Curitiba seguirá até a cidade de Paranaguá, preferencialmente pela BR-277, num percurso de aproximadamente 90 km. Lá deverá encontrar o lugar seguro para deixar seu veículo e se dirigir até a Praça de Eventos no Centro Histórico, junto ao Portinho do Rio Itiberê, jamais ao Porto de Paranaguá.

Transporte sem cobertura alguma (a mais comum por lá)

De resto é só aguardar sua embarcação para seguir até Guaraqueçaba, lembrando que não há qualquer tipo de cobertura ou proteção para aguarda-la em terra firme, enquanto ela não atraca.

Aos viajantes de outras localidades que pretendam usar dessa mesma opção, a sugestão é a busca do melhor roteiro num bom guia rodoviário, tendo como destino inicial a cidade de Paranaguá.


Por terra (quase literalmente)

Para o aventureiro que desejar chegar em Guaraqueçaba vindo por terra, haverá duas opções distintas:

Para quem sair de Curitiba pode escolher descer a serra pela BR-277, em direção de Paranaguá, mas derivar pela esquerda bem antes da cidade pela PR-408, rumo a Morretes e depois para Antonina.

A partir de então deve derivar mais uma vez para a esquerda, percorrendo a PR-340 até o bairro de Cacatu e entrando finalmente para a direita pela PR-405, que nos levará direto para Guaraqueçaba.

Esse percurso total será de aproximadamente 170 km, quase a metade deles feito em estrada de terra batida.

confluência da PR-305 com a PR-405 - daqui para frente só terra batida (80km)

Outra opção para o Curitibano é o acesso para a cidade pela Estrada da Graciosa Tradicional, feita pelo pórtico junto da BR-116.

Nesse caso o aventureiro seguirá pela BR até o Pórtico da Graciosa, num percurso de 38 km, devendo seguir então até as adjacências da cidade de Antonina, mas derivando antes dela pela PR-340 até o Bairro Cacatu, quando finalmente passará a rodar pela PR-405 até Guaraqueçaba.

O trajeto total será de aproximadamente 160 km, metade deles em terra batida.

PR-405 – Toda em terra batida

Já o aventureiro, que partir da Capital Paulista, com quase toda certeza preferirá a opção pela via térrea e o acesso pelo Portal da Graciosa, que fica rente a BR-116.

Por esse trajeto deverá descer a “Graciosa” até adjacências de Morretes e derivar antes para a esquerda, em direção de Antonina, e derivando mais uma vez para a esquerda pela PR-340, antes de entrar em Antonina

O cuidado deve existir no entroncamento a direita com a PR-405, logo nas imediações do Bairro de Cacatu. A estrada a partir daí será toda de terra até Guaraqueçaba.

Outra opção, essa bem radical

Fim de percurso para nós – início da Trilha do Telégrafo

O aventureiro raçudo, determinado, destemido e audacioso poderá chegar em Guaraqueçaba a partir da cidade de Cananéia/SP, pelo trecho ainda não construído da BR-101 (Se é que vai ser um dia – Tomara que não).

O percurso radical pode encurtar bem a distância, mas o trajeto inclui boa quilometragem em terra batida, e o mais a famoso e temerário trecho da Trilha do Telégrafo, que nos faz chegar exatamente em Guaraqueçaba, como narramos nesta matéria.

Para visitantes e aventureiros de outras localidades, o ideal é uma busca num bom guia rodoviário.


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EDITORIAL

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Jornalista responsável: Marcos Duarte – MTB  77539/SP

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Marcos Duarte

Jornalista, advogado, motociclista desde 1970 e editor do Portal Aventuras desde agosto de 2014, já foi colaborador da Revista Moto Adventure e do Portal Damas Aladas, trazendo notícias do mundo das aventuras nos mais diversos segmentos.

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