SUPERAGUI: PARQUE OU ILHA?
Superagui Ilha e Superagui Parque Nacional praticamente se confundem. Porém, o Parque abrange a totalidade da Ilha de Superagui, da Ilha das Peças, da Ilha Pinheiros, da Ilha Pinheirinhos e muito mais, compondo um dos mais importantes estuários do mundo. Vamos saber mais?
CONCEITO GERAL
Nesta matéria especial de aniversário vamos falar por várias vezes em Superagui: ora como ilha, ora como parque. Para que você não se perca, vamos deixar claro que estaremos visitando o Parque Nacional de Superagui, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), percorrendo várias de suas ilhas e comunidades ribeirinhas, que serão nominadas uma a uma, inclusive a Ilha de Superagui.

PARQUE NACIONAL DE SUPERAGUI
O Parque Nacional foi criado em 1989 numa área menor, e hoje ocupa cerca de 34.000 hectares, incluindo a totalidade das ilhas que mencionamos no título desta matéria e outras áreas de interesse que circundam essa região.

O Parque faz parte do complexo estuário que se estende desde Paranaguá, no Paraná, até Cananéia e Iguape, já em São Paulo, e é tido oficialmente como Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural da Humanidade, títulos esses concedidos pela UNESCO.
O complexo abriga algumas baías, praias desertas, restingas, manguezais e vasta formação da Floresta Atlântica, contendo muitas espécies raras ou em processo de extinção.
Oficialmente o Parque não tem uma estrutura organizada para receber o turista, mesmo assim nele existem algumas comunidades com pousadas, restaurantes, lanchonetes e campings rústicos, que atendem ao turista de viés ambiental.
Pelo menos esse é um tipo de turista que procura não comprometer o meio ambiente, mas que nem sempre conhece o ecossistema em que se encontra e pode acabar cometendo algumas “gafes ecológicas” tentando acertar.

Apesar da grande quantidade de vilas inseridas nas ilhas que compõem o Parque, algumas com energia elétrica, torres de telefonia e outras comodidades instaladas, não existe para elas um transporte aquático regular e o acesso dos ribeirinhos e dos turistas se dá exclusivamente por meio de barcos fretados ou particulares.
Dado a precariedade do transporte, de acomodações e alimentação nessas vilas ribeirinhas, a demanda turística sempre foi pequena, mas essa vocação tem sido incrementada depois da instalação da eletricidade em alguns desses povoados.

Só nas duas principais ilhas que formam o Parque (Ilha de Superagui e Ilha das Peças) são mais 40 quilômetros de praias arenosas desertas, além de manguezais bem conservados, dunas, lagoas, restingas, florestas, etc., tudo sob os cuidados e proteção do ICMBio.
NAVEGANDO NO LAGAMAR
Saímos de Guaraqueçaba com destino à Ilha de Superagui, mas antes passaríamos em outras localidades para conhecermos.

Para tal empreitada locamos a pequena voadeira do Isaías, pois desejávamos curtir de perto cada pedacinho daquela região.
A opção daquele momento foi seguirmos pela Baía de Lanjeiras em direção do mar aberto, navegando entre a Ilha do Mel e a Ilha das Peças, para que o barco pudesse chegar com segurança na Vila de Superagui, nosso destino final.
ILHA GUAPICU
A primeira comunidade ribeirinha que avistamos ao longe e em nossa esquerda, colada com a Ilha das Peças como se fosse uma só, foi Guapicu.

O barqueiro fez ligeira manobra e nos levou para as proximidades da Vila, que fica rente ao Lagamar, e lá pudemos ver pouco mais de 30 casas em madeira bem construídas e apresentáveis, com pequena igreja católica destacando entre elas.
Soubemos que o lugar é ponto turístico de interesse e tem um belo restaurante, que recebe turistas que vem com suas embarcações aos finais de semanas e em temporadas de férias.

Guapicu conta com luz elétrica e um belo trapiche em cimento, de forma a dar segurança e comodidade aos moradores e visitantes que chegam na Vila.
ILHA DAS PEÇAS
Retomamos o percurso que vínhamos fazendo até então e nos dirigimos para a Vila principal da Ilha das Peças, nossa próxima parada segundo o programa que fizemos.

A Vila dista cerca de 25 km de Guaraqueçaba pelo caminho que tomamos, e se encontra bem perto da Ilha do Mel.
A população efetiva da Ilha é de pouco menos de 400 pessoas, porém, ao que vimos é a mais desenvolvida dentre as ilhas de Guaraqueçaba, com imóveis de boa qualidade, muitos já mais distanciados da beira mar, chegando formar uma minúscula cidade.

No início da colonização a ilha foi usada muitas vezes por piratas, que nela ficavam a espreita de embarcações para saquearem.
A origem de seu nome não é unanimidade, uns achando que era pelo fato de ter sido usada como esconderijo de peças saqueadas pelos piratas, e outros entendendo que essas “peças” escondidas seriam escravos, que ficavam ali confinados até serem negociados no continente.

Como diferencial a ilha possui energia elétrica e água encanada tratada, tem escola estadual e municipal e até um supletivo de segundo grau.
São vários os estabelecimentos comerciais, pousadas, restaurantes, igrejas de várias denominações, posto de saúde, campo de futebol e até duas associações para mulheres, uma para moradores e outra para monitores de ecoturismo.

A receita da comunidade vem do turismo, da pesca e do cultivo de ostras e nem poderia ser diferente, pois o único acesso para a ilha é feito por barcos.
É justamente em frente da ilha, em frente do comércio, em frente da praia e até mesmo junto dos banhistas, que vamos encontrar muitos botos cinza, marca registrada do Lagamar e que podem ser vistos às dezenas por lá. O lugar é chamado de Baía dos Golfinhos.

O começo da tarde estava claro e límpido, o que nos permitiu sobrevoar a Vila com o drone e nos encantamos com as imagens panorâmicas da Vila e da Baía dos Golfinhos, com inúmeros barcos atracados em suas águas.

NAVEGANDO E SOBREVOANDO A ILHA DAS PEÇAS
NO RUMO DA ILHA DE SUPERAGUI
Como ainda não tínhamos chegado ao nosso destino, que era a Ilha de Superagui, deixamos a Ilha das Peças para trás e tratamos de colocar o barco na água.
O trajeto agora seria seguir em direção do mar aberto, entre a Ilha das Peças e a Ilha do Mel, para contornarmos logo adiante e chegarmos a salvo na Vila de Superagui, sem sermos surpreendidos pelas ondas fortes da região que certamente virariam nosso barco, se seguíssemos na transversal.

Foi nesse ponto de Hans Staden sentiu-se aterrorizado e mencionou isso em seu livro, conforme contamos na matéria especial que fizemos em Guaraqueçaba, da qual esta faz parte.
Esse foi o trecho mais tenso da viagem, pois realmente o pequeno barco de fibra, feito casca de ovo, batia forte nas ondas do mar, que lutava com o rio numa minúscula “pororoca paranaense”. Imaginem numa tempestade ou tempo ruim.

De longe podíamos ver as encostas da Ilha do Mel e das muralhas da Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres e, do outro lado, a Ilha de Superagui que ficava cada vez mais próxima.
ILHA DE SUPERAGUI
A maior ilha do Paraná, com 11 mil hectares de território (*), segue alongada transversalmente em relação aos polos norte/sul, iniciando ao sul nas imediações da Ilha do Mel e seguindo na direção nordeste até o Distrito de Ariri, já em Cananéia, entrelaçando no seu terço superior com a Ilha do Cardoso como no desenho yin-yang da filosofia chinesa.
(*) Decreto Federal 97.688/89
Ilha fabricada?
Na verdade essa colossal ilha foi “construída” pelas mãos dos homens. Explicamos. Já nas primeiras décadas do século 19, pescadores da região de Cananéia e Igupe, sediadas em São Paulo, e de Paranaguá e Antonina, no Paraná, foram pouco a pouco “varando” as veredas existentes na região, buscando fomentar um intercâmbio mais rápido entre as duas localidades, no que agilizaria muito a escoação da pesca.
Com essa empreitada foram, pouco a pouco, criando um canal artificial de ligação entre os dois Estados da Federação, que passou a servir não apenas para o ramo pesqueiro, mas para o transporte de passageiros e o comércio em geral.
Foi no início dos anos 1950 que obras governamentais oficiais começaram a dar forma àquela empreitada pioneira, adequando melhor o estreito canal de então e o transformando no imponente e atual Canal do Varadouro, inaugurado oficialmente em 1952,
Embora costumemos chamar toda e extensão de água do oeste da Ilha de Superagui, como sendo o “Canal do Varadouro”, o exato é afirmar que oficialmente o trecho aberto e que desuniu a porção de terra que hoje pertence a Ilha de Superagui, do continente, tem aproximadamente seis quilômetros de extensão.
Apesar do tamanho gigantesco, a ilha é habitada apenas por algumas pequenas comunidades que beiram o Lagamar, restando seu interior totalmente inabitado e em floresta nativa.

Essas comunidades são: Vila de Superagui; Barra de Ararapira; Saco do Morro; Barbados; Vila de Fátima e a Velha Ararapira.
Dessas comunidades apenas as duas primeiras têm contato direto com o mar aberto, sem contar que a comunidade Barbados tecnicamente é uma ilha autônoma, mas de tão grudada que está da Ilha de Superagui, que vamos aqui creditar como tal.
VELHA ARARAPIRA
É um dos primeiros povoados do Brasil e hoje está abandonado como uma “cidade fantasma”, já que as águas do mar invadiram suas terras, tornando impossível a vida na Vila e obrigando seus habitantes a mudarem para outras localidades.

Mencionamos sobre esse êxodo de pessoas por força da natureza, mas que também incluiu o aspecto político e desentendimentos entre São Paulo e Paraná, na matéria especial que publicamos sobre Cananéia. (veja aqui)
VILA DE SUPERAGUI
Quando mencionamos “ir para a Ilha de Superagui”, normalmente temos em mente ir até essa Vila que fica no extremo sul da Ilha de mesmo nome, porém, voltada para o interior da baía e não ao mar aberto, embora com acesso muito próximo.

Esse foi nosso destino nessa empreitada e, depois do perrengue em mar aberto com a pequena embarcação, finalmente atracamos ao lado do bonito trapiche em cimento armado, mas fomos informados que nem sempre isso é possível, por causa da altura da maré em vigor no momento da atracagem.
Como a tarde já avançada, resolvemos levantar nosso drone ali mesmo no trapiche, afinal, era o único local longe das areias que poderiam danificar o aparelho, além de ser plano e sossegado.
Para esse evento tivemos a colaboração de duas meninas da ilha, que não desgrudaram os olhos do que fazíamos.

Da mesma forma como fizemos momentos antes na Ilha das Peças, cujas belas imagens foram mostradas em vídeo, o faríamos agora em Superagui.
Levantamos o drone e o enviamos para o extremo norte da pequena praia, de forma a fazermos uma varredura aérea da Vila e das embarcações ancoradas ao longo de sua costa, algumas ainda em processo de restauranção antes da liberação para o período de pesca.

Conforme podemos ver nas imagens aéreas, a Vila é bem pequena e não tão incrementada como a Ilha das Peças, porém, também com infraestrutura oficial com água, eletricidade e torres de comunicação.
Percebemos que, igual acontece nas outras comunidades que visitamos, aqui também não há um remanejamento coordenado na delineação de ruas e logradouros públicos, sendo as habitações construídas de acordo com a vontade de seu morador, muitas casas renteando outras num verdadeiro labirinto de caminhos diversos.

Percebemos, entretanto, que na orla da praia existem muitos restaurantes e lanchonetes para atender ao turista, assim como muitas pousadas e alguns campings para aqueles que pretendam pernoitar ou permanecer por alguns dias.
Verificando mais a fundo, vimos que a ilha dispõe de um regular comércio que dá suporte não só ao morador, mas também ao visitante em suas conveniências, comércio esse que começa beira-mar, mas que adentra a Vila, longe da praia.
Voltando ao drone, percebemos que ele correspondeu as nossas expectativas e voou bem nessa primeira parte e, no fim da prainha se preparou para o retorno por cima das habitações costeiras, para mostrar para você o que realmente esperar numa eventual visita.
Preparou foi mesmo o que o drone fez e…. parou aí, quase em cima da padaria/confeitaria da Rosenilda.

Perdemos totalmente o contato com a aeronave, mas aguardamos paciente o retorno automático, como menciona o manual e… nada.
Finalmente constatamos: Perdemos realmente a nave! Ela foi para o saco! Lá se foi, também, nossa visita na ilha.
Corre daqui, corre de lá e seguíamos as informações dos ilhéus quanto ao possível paradeiro da maquininha voadora.
Entra por aqui, sai por acolá, se esgueira por uma trilha e lá estava a Rosenilda, dona da padaria do lugar, tentando nos ajudar e correndo conosco entre a vegetação para tentar descobrir onde foi que o drone desceu, para que nós o recuperássemos. Nada.
Deixando para trás a padaria, mas ainda em suas imediações, seguimos céleres pela Vila sempre acompanhado do Isaías, dono do barco que nos levou e persistiu na procura do aparelho. O “Bila”, morador da Vila, também entrou nessa busca frenética e foi o que mais ajudou durante todo o tempo que permanecemos em Superagui.
E tome procura. Segue aqui, vira mais a frente, entra no mato, molha a perna até os joelhos e… nada.

Nesse outro ponto apareceu a Karin, dona de uma boutique incrementada que também nos ajudou a entrar no mato em busca do drone, pois tinha precebido seu barulho pouco antes naquelas imediações.
Boutique Incrementada? Na ilha? Como assim?
Sim, isso mesmo. A Karin se mostrou outra amiga interessada no desfecho do desaparecimento do drone e deixou sua loja para nos ajudar.
Loja mesmo: com portas de vidro, piso em porcelanato, prateleiras e aparelhagem de loja fina, provador, bom estoque de produtos e jardim gramado com demarcação bonita.

Tudo isso tudo numa viela que mal passa uma pessoa?
Não temos como explicar, são “coisas da Ilha que nos encantaram”, tanto que até hoje mantemos contato com a Karin e com a Rosenilda, pessoas atenciosas e interessadas em ajudar.
Porém, desencantados com o resultado até então conquistado, deixamos o contato com elas para que, eventualmente e tendo notícias do aparelho, nos mandassem mensagem para um resgate futuro, mas sem muita esperança de encontra-lo em condições de reuso.
Resultado: Com a não localização do drone resolvemos retornar o mais breve possível para nossa base em Guaraqueçaba, e aguardar eventuais notícias pelo celular, afinal a tarde já se fazia alta e o retorno seria por água.
PERRENGUE EM SUPERAGUI
DE VOLTA AOS “RAIOS DE SOL”
Sem mais delongas e ainda com os pés e pernas molhadas até os joelhos, subimos na pequena embarcação e tomamos o rumo de Guaraqueçaba. Um bom banho e uma roupa quente nos aguardavam na Pousada Raios de Sol, que nos servia de base operacional em nossa viagem.

Dessa feita a volta não precisou ser feita pelo mesmo caminho pelo qual viemos. Com a maré mais alta o barco do Isaías já poderia voltar pelo Canal do Varadouro, entre a Ilha de Superagui e a Ilha das Peças.
Melhor para nós que poderíamos conhecer outras localidades no meio do caminho, sem falar na adrenalina extra navegando rapidamente entre os manguezais do Lagamar.
SACO DO MORRO
Pouco tempo depois de deixarmos a Vila de Superagui e passarmos pelo cemitério caiçara, com muro de entrada rente as águas do Lagamar, avistávamos a pequena comunidade do Saco do Morro, nas imediações do Rio Varadouro que verte do interior da grande ilha.

Saco do Morro é outra vila de moradia de pescadores nas margens do Lagamar e que também recebe turistas em seu restaurante e lanchonete. Embora pequenina de tudo, a comunidade ostenta graciosa igrejinha e um bom trapiche para recebimento de turistas.

O lugarejo pertence a Ilha de Superagui, aproximadamante a 8 km da Vila onde estávamos momentos antes.
BERTIOGA
Seguindo mais 3 km pelo Canal avistamos a bela e bem estruturada comunidade de Bertioga, essa inserida na Ilha das Peças, a esquerda de nosso trajeto de volta.

Percebemos que a localidade tem uma espécie de rua, com postes de eletrificação pública que seguem paralelamente a linha d´água, além de casas bem construídas, igrejas, restaurantes, pousadas e lanchonetes para receber bem ao turista.
A “área urbana” da comunidade, embora apenas renteando as margens do Lagamar, segue linearmente numa trecho de aproximadamente 2 km e tem quase uma centena de edificações.
BARBADOS
Como decidimos passar bem em frente da comunidade Bertioga, não pudemos ver de perto a comunidade de Barbados, que fica exatamente em frente de Bertioga, mas do outro lado do canal onde navegávamos.
Entre as duas comunidades de lados opostos do Canal, há uma distância em linha reta de mais de dois quilômetros..
ILHAS PINHEIRO E PINHEIRINHO
Também na mesma região e praticamente formando um triângulo imaginário com Bertioga e Barbados, com o ápice voltado para o norte, estão essas duas ilhas de interesse do turista, já que formam uma espécie de Santuário de Papagaios.
Essas duas ilhas compõem, junto com a Ilha das Peças, a Ilha de Superagui e o próprio Canal do Varadouro, que seguirá até Cananéia, o Parque Nacional de Superagui.

Soubemos que existem algumas habitações nas ilhas, mas essas ficavam do lado oposto de onde passávamos e não constituiam uma comunidade, por assim dizer, mas moradas isoladas de pescadores da região.
Segundo a administração do ICMBio: “…A Ilha dos Pinheiros, situada entre a Ilha das Peças e Superagui, na belíssima Baía dos Pinheiros, é o principal dormitório do papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), e no final da tarde é possível apreciar o espetáculo da revoada dos papagaios no retorno à Ilha, onde eles costumam pernoitar. Recomendamos manter uma distância respeitosa da Ilha e silêncio para não molestar os papagaios em seu local de descanso.” (saiba mais)
TIBICANGA
Passando por Bertioga e pelas Ilhas Pinheiro e Pinheirinho nossa embarcação passou a derivar para a esquerda, deixando de vez o até então largo Canal do Varadouro e contornando o “topo” da Ilha das Peças para seguir, posteriormente, por vários canais estreitos até a Baía de Laranjeiras.

Foi logo depois desse contorno que encontramos Tibicanga, que tecnicamente também é uma ilha autônoma, pois cercada de água por todos os lados, mas tão grudadinha com a Ilha das Peças que aqui mencionaremos como tal, da mesma maneira que fizemos com Guapicu.
Tibicanga é outra comunidade bem estruturada e uma das mais próximas da cidade sede de Guaraqueçaba e, como Bertioga, também ostenta uma espécie de rua interna paralela a linha d´água, com postes de eletricidade, casas muito bem feitas, escola, igreja e o comércio local, incluindo pousadas, restaurantes e lanchonetes para o turista.
Assim como vimos em Bertioga, percebemos que sua “area urbana” segue linearmente renteando o Lagamar, num trecho de aproximadamente 1 km, mas contando apenas com cerca de cinquenta edificações.
RIO DO FURADO
Olhando nos mapas do Google, sem o uso do satélite, não notamos qualquer meio para chegarmos em Guaraqueçaba por aquele caminho escolhido.

No entanto, numa olhada melhor pelas imagens dos satélites, podemos perceber uma grande ramificação de canais que vão varando o que parece a primeira vista ser terra firme, e abrindo caminho para chegarmos em Guaraqueçaba.

Assim sendo, a partir de Tibicanga adernamos aproximadamente noventa graus para direta e passamos a seguir pelo Rio do Furado, que na verdade é uma variedade de canais estreitos que ligam o lugar onde estávamos com a Baía de Laranjeiras, já nas proximidades da cidade de Guaraqueçaba.

Esse foi o trecho mais emocionante de nossa expedição daquele dia, trazendo um pouco de alegria e agitando nossa adrenalina, principalmente depois de voltarmos sem nosso drone.

Contornar esses canais no meio dos manguezais, com a rica fauna que gralhava na vegetação lindeira, nos lembrou muito os passeios com motocicletas, já que a embarcação também “deitava nas curvas do Furado”, possibilitando que renteássemos nossas mãos na água. Maravilhoso.

O crepúsculo já se fazia presente quando entramos na Baía de Laranjeiras e desembarcamos num dos trapiches do Porto de Guaraqueçaba, depois de mais um dia de aventuras no Lagamar.
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