Nossa aventura da vez foi aqui mesmo no estado de São Paulo, a menos de 170 km da capital. Torre de Pedra foi a cidade visitada e tem como atração principal um imenso monumento geomorfológico, chamado vulgarmente de Torre de Pedra. Vamos conhecer?
HISTÓRIA
A origem da cidade é bem recente, desmembrada em 30 de dezembro de 1991 da cidade de Porangaba, da qual dista pouco mais de 15 km e estando a completar 32 anos de existência.
Como em boa parte do interior paulista, a região onde está localizada a cidade teve seu desenvolvimento iniciado nos primeiros anos do século 20, sendo impulsionada mais recentemente na década de 60, com o incremento da construção da Rodovia Castelo Branco, que ligou a capital paulista ao interior do estado.
Seu nome deriva de uma elevação geomorfológica representada como um morro testemunho, em formato de uma grande torre pontuda, atingindo a altura de 75 metros.
Torre de Pedra tem uma população que beira aos 2.500 habitantes, boa parte deles vivendo em áreas rurais.
A CIDADE
Em suas divulgações usuais, Torre de Pedra se auto classifica como uma cidade com qualidade de vida, sossegada, cheia de experiências e hospitaleira, além de proporcionar ao visitante natureza preservada e aventura.
Visitando a localidade num final de semana pudemos reparar que todos realmente se conhecem e se colocam em suas respectivas posições sociais nesses enfrentamentos pessoais inevitáveis.
Ao contrário do que ocorre nos principais centros urbanos do país, por lá o grande agricultor, o comerciante bem sucedido e os detentores de imensos patrimônios não têm outra forma de se relacionarem, que não seja o contato próximo com as pessoas mais modestas, os peões, as donas de casas, os roceiros e por aí vai.
Mas cada um sabe naturalmente se colocar no seu respectivo lugar, ainda que num mesmo bar tomem cerveja o patrão e o empregado.
Assim ocorrendo, não é incomum vermos grandes agricultores vestidos no dia-a-dia com seu chapelão de aba larga, calça folgada e o canivete na bainha, sem dispensar o celular último tipo e/ou uma potente pick-up “mexida” para todo o conforto.
No entanto, exatamente nos finais de semana vamos ver, também, uma “romaria” das pessoas que vem dos sítios e dos bairros distantes para a rua principal da cidade, em busca de compras diversas, utilizando-se de seus recursos financeiros, muitas vezes recebidos no dia anterior, como é de costume.
As lojas mais movimentadas não são boutiques ou congêneres, quase inexistentes por lá, mas as lojas de agronegócios, os mercados, os bares e similares, criando até congestionamento na única via comercial, que abrange apenas dois quarteirões no centro da cidade.
O trânsito nesses momentos é bem agitado e o visitante, assim como os transeuntes locais, devem dividir espaço com tratores agrícolas, caminhonetes, carros, motos, cavalos, charretes, carroças e muitos animais soltos que vagam em busca de carinho e sustento.
Ao soar das doze badaladas diurna toda essa muvuca tende a desaparecer como por encanto: a dona de casa já estará preparando seu almoço, as crianças já estarão brincando em suas vilas e os homens já vão deixando os bares rumo às suas moradias para o repasto merecido e o sono vespertino. As ruas vão ficando cada vez mais vazias e pacatas a partir desse horário.
UM VÍDEO TOUR PELA CIDADE
Porém, é justamente durante todo o período de movimento que vamos encontrar a maioria dos visitantes que se achegam de carro ou de motocicletas, com o fito principal de visitarem o Monumento da Torre de Pedra, ajudando a incrementar o número de pessoas no burburinho das manhãs nos finais de semana torrepedrense.
Não adianta citarmos opções em termos de alimentação ao visitante e nem é nosso objetivo a propaganda comercial, mas o lugar mágico, imperdível ao forasteiro, é mesmo a Padaria da ZI, bem em frente da Praça de São Pedro.
E não é para menos, já que o empreendimento realmente surpreende e, mesmo em grandes cidades como São Paulo, Campinas, etc., é difícil de ver um ambiente tão bonito, agradável e com produtos de extrema qualidade e beleza, que enchem os nossos olhos e igualmente ao paladar, tudo a preço que para o visitante parece irrisório.
Fora da rua principal, pouco há para se conhecer no centro urbano de Torre de Pedra, formado por poucas ruas no entorno de suas muitas igrejas, lembrando que o catolicismo por lá é minoria, representando menos que 20% de seus moradores.
MONUMENTO TORRE DE PEDRA
Não há como negar. O que faz o visitante ir até a pequena cidade é a facilidade de seu acesso, a 3 km do km 167 da Rodovia Castelo Branco e a visita ao Monumento da Torre de Pedra, mais 3 km a partir da cidade.
O acesso ao monumento é bem simples e sinalizado, porém, boa parte dele (cerca de 2,5 km) é em terra batida ou cascalho, que facilita ao motorista, mas cria algum embaraço para os motociclistas não afeitos a rodarem nesses pavimentos.
O embaraço se torna maior se a visita for feita em dia de chuva ou pós chuvas, quando a pista fica mais escorregadia e perigosa para o visitante que não gostam ou preferem não lidar com tais adversidades.
Há, no entorno do Monumento, uma pequena área para estacionamento capaz de abrigar uma dezena de carros, porém, sem nenhuma infraestrutura ou mordomia.
Do estacionamento improvisado se tem uma visão privilegiada do lado oeste da formação, mas é possível ao visitante ir um pouco mais além.
Uma pequena “porteira” permite apenas a entrada de pessoas, sem veículo algum, dando acesso a uma pequena trilha ascendente de uns 700 metros de extensão (ida e volta), permitindo ao visitante ziguezaguear até o sopé do Monumento.
As recomendações na entrada são imperativas e devem ser seguidas a risca pelos visitantes, muito embora não exista qualquer fiscalização para isso. Por se tratar de área particular, evidentemente que o descumprimento dessas regras pode ocasionar o fechamento definitivo do acesso, prejudicando a muitos.
A primeira regra é que não é permitida a escalada na torre e não há autorização especial para isso, vez que o monumento está em estado de conservação que não permite tais proezas, principalmente por não se tratar de um monolito, ou uma torre em pedras graníticas, como poderia sugerir sua denominação.
MONUMENTO EM VÍDEO
Cientificamente falado a Torre é considerada um morro residual, tendo sido mantido em pé pelo processo de circundesnudação das suas bordas, já que está inserida numa área denominada Depressão Periférica Paulista, Bacia do Rio Paraná.
Em outras palavras, a água lavou e levou tudo em volta do morro (Torre de Pedra), deixando-a intacta, razão pela qual é chamada, cientificamente, de Morro Testemunho.
Por tais motivos a área não é passiva para escaladas, alpinismo, rapel e outras práticas esportivas, constituindo a atividade turística na do tipo “contemplativa”.
NOSSA VISITA
Estivemos na cidade pela segunda vez para a contemplação do Monumento Torre de Pedra. A primeira foi intentada a bordo de uma motocicleta Suzuki, B-KING 1340cc, que, naquela oportunidade, foi obrigada a percorrer o percurso com seu comando na letra “B”, já que a chuva tinha caído forte no dia anterior e o acesso era mais precário que o atual, com muitos trechos em terra pura, sem adição de cascalho que vemos na imagem.
Desta feita a aventura foi a bordo de uma Pajero TR-4 e num dia ensolarado do fim do mês de julho de 2023, permitindo-nos o uso de um drone para trazer ao leitor amigo, imagens maravilhosas não só do entorno do grande monumento, mas de um sobrevoo sobre a área onde está a famosa Torre.
Contudo, não é demais lembrar que esse monumento natural existente na cidade, nos remete ao icônico filme dirigido por Steven Spielberg em 1978, com o título de “Contatos Imediatos do 3º Grau“, cujas cenas finais ocorrem numa formação idêntica a encontrada em Torre de Pedra.
Nem foi a toa que nossa imaginação nos fez criar uma cena fictícia baseada no local que estávamos e a locação principal do filme em comento, onde a nave mãe alienígena pairava sobre a Torre de Pedra norte americana. Eis o resultado:
COMO CHEGAR
Para os aventureiros de toda parte não tem como errar para chegar na cidade de Torre de Pedra, e menos ainda para se chegar ao Monumento Torre de Pedra.
O acesso fica ao lado do km 167 de Rodovia Castelo Branco, em São Paulo.
Mesmo você, de outro estado da federação, não terá a menor dificuldade para localiza-la.
EDITORIAL
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Jornalista responsável: Marcos Duarte – MTB 77539/SP
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