19/03/2020
Moeda, em Minas Gerais, é a cidade da vez nesta edição do City Tour. Encravada literalmente na base da “Serra da Moeda”, a cidade tem muita história e beleza para mostrar. Vamos ver?
NOSSA VIAGEM
Aqui todo mundo tem o seu “vintém”, disso não duvide o leitor, ainda que não seja em notas graúdas, de Moeda em Moeda fazem seu “pé de meia” com muito suor.
Estivemos na cidade numa manhã ensolarada de domingo, atravessando a Serra da Moeda pela via vicinal que a liga até a BR-040, num percurso de 16km.
O sobe e desce entre vegetação exuberante do trajeto contrasta com as gigantescas mineradoras nas imediações, que seguem desde BH até Congonhas, contornando então o Parque Nacional da Serra do Gandarela e seguindo no rumo norte por Ouro Preto, Mariana, Barão de Cocais, João Molevade e Itabira, criando um rastro de destruição parecida com o que vimos no filme Avatar.
Alheia a tudo isso a população moedense vive em relativa paz e harmonia, fato que pudemos notar no curto espaço de tempo que lá estivemos, o suficiente para conhecermos pessoas e fazermos amigos.
Rodamos praticamente por todas as ruas de Moeda com nossa motocicleta, façanha essa nada difícil dado a acanhada área urbana de lá.
Detivemos mais tempo na graciosa estação ferroviária, essa um tanto apartada das ruas principais pelo projeto de sua instalação, mas que compõe perfeitamente o cenário paisagístico arquitetônico de seu centro histórico.
Contornando o “pontilhão” sob os trilhos da ferrovia, tivemos acesso à avenida principal com suas lojas e mercados, e também onde se instala a feira livre nos finais de semana, rente ao muro oposto da estação de trem.
Foi num dos points de lá que encontramos Carlos, motociclista da região com sua reluzente e bela GS800, e a família de Marcos, curtindo a cidade com a pequena Vitória, de 8 anos de idade.
Embora não tenhamos abusado da refeição como de praxe, pois teríamos muita estrada pela frente, ficamos um bom tempo jogando conversa fora com os novos amigos moedenses.
Entre um “causo” daqui e um “diz que diz” de lá, veio até nós o Sr. Augusto com os olhos brilhantes fixados em nossa motocicleta, reportando-se à sua juventude, aos seus feitos do passado e a vontade louca de poder rodar de motocicleta por aí, o que não lhe é mais plenamente possível.
Ficamos algum tempo em Moedas mas logo partimos para a cidade vizinha de Belo Vale, e de lá para Congonhas, ainda naquele dia. Mas antes de chegarmos ao destino, tínhamos a ideia de conhecer ao menos uma das cachoeiras de lá, que fica no mesmo trajeto.
A CIDADE
Rota do “Caminho Velho da Estrada Real”, a pequenina cidade, com pouco mais de 5mil habitantes, está a 60km ao sul de Belo Horizonte e é acessada pela BR-040.
Sua formação se deu com a presença constante de bandeirantes das expedições de Fernão Dias, bem como com a busca frenética pelas riquezas minerais e a captura de indígenas.
Seu nome não tem origem nas casas de fundição de moedas autorizadas pela Coroa Portuguesa em pleno Ciclo do Ouro nas Minas Gerais, mas na fundição clandestina de Inácio de Souza Ferreira: a Casa de Moeda Falsa do Paraopeba, desativada em 1731 a mando do ouvidor Diogo Cotrim.
Com a prodigiosa façanha o lugar passou a ser chamado de Serra da Moeda, nome que perdura até os dias atuais.
Antes na condição de Distrito de diversos municípios da região, só foi elevada à categoria de município emancipado em dezembro de 1953, contando hoje com 67 anos de existência.
O marco de prosperidade do município se deu com a chegada da Estrada de Ferro Central do Brasil, no ano de 1917, porém, a Estação Ferroviária ainda existente só foi erigida dois anos depois e hoje é utilizada como departamento da Prefeitura.
RODANDO EM MOEDA
TURISMO
Pelos encantos da região, por óbvio o turismo na Serra da Moeda é muito requisitado, principalmente por causa de suas várias cachoeiras.
A cachoeira do Paiolinho é, sem dúvida, uma das mais visitada por lá, ainda que localizada a 15km do centro.
Para chegar lá siga em direção de Belo Vale, acompanhando a via que contorna o Rio Paraopeba na direção leste, até o Distrito de Porto Alegre. Em frente da Igreja entre a esquerda e siga em frente, mas saiba que daí em diante boa parte do trajeto será feito em terra batida.
Nessa rota o aventureiro poderá chegar também na cachoeira do Limoeiro e em algumas outras da região. É só procurar.
NO RUMO DE BELO VALE
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EDITORIAL
O Portal D Moto é um site especializado em mototurismo, com publicações semanais.
Jornalista responsável: Marcos Duarte – MTB 77539/SP
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boa tarde DR marcos parabens esta ajudando nos conhecermos mais o nossos estados um grande abrs
Valeu Argeu. De qualquer forma é muito bom rodar por esse Brasil e América Latina, de motocicleta ou não, conhecendo gente e lugares.
Sua reportagem contribuiu para que o yutuber Felipe Neto ilustrasse e demonstrasse a cidade para seus seguidores e, o mais legal, comprometer-se a construir uma estátua de moeda para a cidade de Moeda/MG. 👏👏👏