30/11/2019
Nesta edição do City Tour apresentaremos ao leitor um roteiro pela cidade de Osório, no Rio Grande do Sul, também conhecida como “a cidade das lagoas” ou “a cidade dos bons ventos”.
COMO CHEGAR
Partindo de Porto Alegre o aventureiro percorrerá, pela BR-290 (Rod. Free Way), a distância de 100km para chegar em Osório
O catarinense que partir de Florianópolis também não terá qualquer dificuldade para chegar em Osório, viajando exclusivamente pela BR-101, neste casso rodando 360km.
Por sua vez, o uruguaio que partir de Montevidéu terá uma distância bem maior à percorrer para chegar na cidade (900km), porém, como Osório atrai sempre muita gente de fora, essa rota é sempre bem movimentada.
Para aventureiros que pretendam seguir viagem a partir de outras localidades, a melhor opção será consultar um bom guia de estradas, usando como referência as capitais mencionadas.
NO RUMO DE OSÓRIO
HISTÓRIA
A história do município, sem levarmos em conta os períodos pré-colonização, é relativamente recente.
Com o objetivo de proteger o território nacional, principalmente o sul do Brasil que era mais vulnerável, o segundo império brasileiro investiu na colonização dessas terras com imigrantes europeus.
A região passou a ser melhor conhecida no final do século 17, quando por ali se achegavam tropeiros paulistas e de outras regiões, em busca de gado.
Devido a grande concentração de lagos, lagoas e lagunas na região, a rota trilhada pelos tropeiros era conhecida como Estrada de Laguna.
O nome do povoado que deu origem ao município era Conceição do Arroio, nome esse que foi mudado por imposição do interventor federal Flores da Cunha, no ano de 1934, como forma de homenagear o marechal Manuel Luís Osório, supostamente nascido na cidade.
Por força do destino descobriu-se, mais tarde, que dito marechal nasceu na vizinha cidade de Tramandaí, onde hoje foi montado um parque histórico com o seu nome.
A CIDADE DAS LAGOAS
O epíteto de “cidade das lagoas” pode ser verificado facilmente, afinal são 23 lagoas de porte significativo por lá, muitas delas interligadas entre si.
A maior delas é a Lagoa dos Barros, que faz divisa com outros municípios da região. Tem mais de 90km2 de área e histórias de arrepiar.
Uma das lendas sobre essa lagoa dá conta de uma misteriosa cavalgada noturna, cujos equinos alvos como a neve surgem das trevas montados por ninfas transparentes, o que faz vir de suas águas um vento quente com os barulhos típicos de cascos galopando.
Outras lendas da região falam de fantasmas, ovnis e até de monstros navegando naquelas águas. Mas o que é certo, de verdade, é que poucas pessoas se atrevem a navegar por lá.
Há, ainda, quem acredite que existe uma cidade submersa sob as águas da lagoa, cuja cruz da igreja aparece quando a lagoa está baixa, sem falar da lenda sobre uma noiva que foi morta e jogada na Lagoa dos Barros, na noite de núpcias, e que aparece em suas margens aterrorizando os viajantes.
Se há verdade ou não nisso tudo é só estando por lá para decidirmos. De qualquer forma, a beleza dessas porções d´água por toda parte encanta muito ao visitante e ficamos extasiados com essa maravilha.
Mesmo com todas essas histórias é bom que se diga que a Lagoa dos Barros é excelente para o banho, já que suas águas não são poluídas e servem para o consumo humano há muito tempo.
As 23 principais lagoas da cidade são: do Armazém, dos Barros, Biguá, do Caconde, da Caieira, Emboaba, do Horácio, da Ilhota, do Inácio, dos Índios, do Lessa, do Marcelino, das Malvas, do Palmital, do Passo, do Peixoto, da Pinguela, das Pombas, do Rincão, Rincão da Cadeia, Rincão dos Veados, de Tramandaí e lagoa das Traíras.
A CIDADE DOS BONS VENTOS
Esse outro codinome da cidade também está literalmente desfraldado a frente de nossas vistas quando chegamos em Osório, devido aos incontáveis “cata-ventos” que geram energia elétrica por meio da energia eólica.
Contornando a Lagoa dos Barros, ou em outros lugares estratégicos do município, vamos encontrar nove parques eólicos, comportando ao todo 150 desses aerogeradores de energia elétrica.
A CIDADE DE OSÓRIO
O centro urbano não é dos maiores, porém é extremamente organizado e limpo. A quase totalidade de sua área urbana está localizada no lado sul da BR-101, restando o outro lado da pista exclusivamente para a área rural. É como se a estrada fosse a divisão natural entre ambas.
A Praça da Catedral de N. S. da Conceição se destaca na arquitetura quase plana predominante no município, que ostenta poucos edifícios de vários pavimentos e apenas alguns arranha-céus.
RODANDO EM OSÓRIO
O aspecto geral que o município nos apresenta é de uma cidade moderna e nem poderia deixar de ser, pois recebe muita gente de fora graças as suas universidades.
Sua população aproximada é de 50mil habitantes, divididos entre as áreas litorânea, rural e urbana.
BALNEÁRIO MARIÁPOLIS
O mais curioso de Osório é que ela, além de ser uma cidade com ares interioranos, tem seu “pezinho na praia”, num trecho aproximado de 2km de litoral entre as cidades gaúchas de Xangri-lá e Imbé, constituindo os balneários de Mariápolis e Atlântida Sul.
Só que não é tão fácil assim para o osoriense “pegar uma onda”, como possa parecer, já que entre a sede do município até a beira mar terá que amargar uma rodovia estreita e deserta, por 22km.
RODANDO NA PRAIA
Quem está desfrutando do balneário ou mesmo só transitando por lá, não tem a menor ideia se realmente está em território osoriense ou nas cidades vizinhas, já que não há seção de continuidade entre os municípios, tampouco placas indicativas ou outras diferenças perceptíveis.
NOSSA VIAGEM
Já tivemos a oportunidade de desfrutarmos da hospitalidade de Osório por várias vezes, todas elas quando tivemos o sul do país como nosso destino principal e, em algumas dessas vezes, acabamos pernoitando na cidade.
Nesta matéria apresentada podemos dizer que chegamos e saímos de Osório por duas vezes: Na primeira, em direção do sul, e, na segunda, de volta para São Paulo.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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