31/10/2022
Ribeirão Grande, município paulista integrante do Roteiro Turístico Brasileiro de Cavernas da Mata Atlântica, e porta de entrada do Parque Intervales, é a atração desta edição do City Tour.
HISTÓRIA
Tem-se que os primórdios da cidade se deram nas adjacências da “Casa Grande”, uma construção colonial feita em taipa de sopapo, uma espécie de argila socada com as mãos que, juntamente com a madeira, era usada para construção das paredes.
Hoje o histórico edifício abriga um Centro Cultural, no entanto em nossa viagem vimos o imóvel relegado a si mesmo, sem qualquer indício da utilidade a que foi designado.
O crescimento populacional de Ribeirão Grande se deu, em seu início, com a ida e vinda de tropeiros pela região e, posteriormente, com os ciclos econômicos da exploração do ouro, que se tornou frustrante, e os ciclos atuais da mineração, agricultura e turismo.
Até o ano de 1991 Ribeirão Grande era área pertencente a cidade de Capão Bonito.
A CIDADE
Nossa visita na cidade se deu neste mês de outubro de 2022, numa época difícil para seus moradores, vez que a cidade toda está “de pernas para cima”, engajada num auspicioso plano de melhoramento que, se bem feito, tornará Ribeirão Grande uma cidade muito mais linda.
Deixando de lado o ar de estarmos num grande canteiro de obras, pudemos observar que suas ruas são bem estreitas e a alvenaria de suas casas bastante simples.
Pudemos notar, também, inúmeras pontinhas de madeira pelo centro urbano que, depois de reformadas, certamente ensejará um charme extra para a cidade.
A topografia é tipicamente serrana, com bairros nas partes altas e baixas do município, sempre ligadas por vias íngremes e assimétricas. Mesmo o point mais requisitado da cidade, a Praça da Matriz, foi construída numa ladeira íngreme.
Mostrando-se ecologicamente correta, a maioria dos logradouros públicos são calçados com blocos de cimento, facilitando a infiltração de água no solo.
IGREJA MATRIZ
O destaque arquitetônico de Ribeirão Grande é sua imponente Igreja Matriz do Bom Jesus, assim denominada em homenagem a Catedral do Bom Jesus da cidade litorânea de Iguape, local de peregrinação dos ribeirão-grandenses.
A fachada do templo é disposta em quatro andares em formato piramidal, existindo um nicho central no terceiro pavimento, para a exposição de uma imagem do Bom Jesus em tamanho natural.
O último pavimento é a torre única central, destinado aos tradicionais sinos e, com espaço reservado para um relógio, ainda não instalado.
TURISMO
Andando pelas ruas da cidade deu par notar sua vocação aventureira. A cada minuto pudemos visualizar um veículo tipo 4×4 ou similar rodando para lá e para cá, ou encostadas no aguardo de seus ocupantes.
VÍDEO TOUR EM RIBEIRÃO GRANDE
PARQUE ESTADUAL INTERVALES
O parque é tido como Modelo de Unidade de Conservação e Patrimônio Natural da Humanidade e está inserido num dos maiores corredores ecológicos da Mata Atlântica do Estado de São Paulo, abrangendo, além de Ribeirão Grande, outras cidades como Guapiara, Sete Barras, Eldorado e Iporanga.
Criado em 1995, numa área com mais de 40.000 hectares, o Parque possui uma enorme riqueza de espécies da fauna e flora, muitas delas ameaçadas de extinção. É referência mundial no circuito de birdwatching, sendo um destino muito procurador por observadores de aves.
Oferece ao visitante vários roteiros como trilhas, cachoeiras e cavernas, alguns desses percursos podendo ser executados de forma autoguiadas, outros com uso de guias especializados.
Consulte o site do Parque antes de sua visita, assim você poderá desfrutar dele com a maior segurança (clique aqui)
A visita ao Parque Intervales pode ser agendada online através do site: https://intervales.ingressosparquespaulistas.com.br/
VOO LIVRE
As duas rampas do Pico Conchas foram inauguradas em 2014, com altitude aproximada de 880 metros. O lugar está localizado entre a Mata Atlântica e a Planície.
Algumas das atrações do Pico das Conchas são as competições de voo livre, acrobacias com os pilotos, voos duplos, Praça de Alimentação e muito rock, com apresentações de várias bandas regionais.
COMO CHEGAR
Para aventureiros que partirem da capital paulista o percurso mais prático é rodar pela Raposo Tavares, até a cidade de Itapetininga, e de lá seguir pela BR -373, até Capão Bonito. O ultimo trecho, de 10km, será feito pela SP-181. Ao todo serão 236km.
O paranaense de Curitiba, por sua vez, rodará cerca de 260km para chegar até a cidade, se optar pelo trecho da Serra do Rastro da Serpente, seguindo por Colombo, Bocaiuva do Sul, Tunas do Paraná, Adrianópolis, Apiaí, Guapiara e Capão Bonito.
Para visitantes de outras localidades a sugestão é a utilização de um bom guia rodoviário, com a certeza que não é esperado grandes dificuldades para a localização.
Se você já conhece a região, tem alguma crítica ou sugestão para fazer, envie-nos um comentário a respeito. Será muito útil para nós.
EDITORIAL
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Jornalista responsável: Marcos Duarte – MTB 77539/SP
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